No domingo, o segundo contrarrelógio desta edição liga Savignano sul Rubicone a Cesena em 35 quilómetros, em novo teste para os candidatos à vitória final antes do primeiro dia de descanso, na segunda-feira
Fonte: Lusa
O ciclista irlandês Ben Healy
(EF Education-Easy Post) venceu hoje a solo a oitava etapa da Volta a Itália, o
maior triunfo da carreira, num dia marcado pelo ataque do esloveno Primoz
Roglic (Jumbo-Visma) e da INEOS.
Healy, de 22 anos, cumpriu os
207 quilómetros entre Terni e Fossombrone em 4:44.24 horas, vencendo a solo
após um ataque de longe que o distanciou da fuga do dia, em que o canadiano
Derek Gee (Israel-Premier Tech) foi segundo e o italiano Filippo Zana
(Jayco-AlUla) terceiro, ambos a 1.49 minutos.
Nas contas da geral, Roglic
atacou os restantes favoritos e levou consigo os britânicos Tao Geoghegan Hart
e Geraint Thomas, ganhando 14 segundos a alguns dos outros candidatos, ainda
que o norueguês Andreas Leknessund (DSM) tenha segurado a camisola rosa, agora
com apenas oito segundos de vantagem para o belga Remco Evenpoel (Soudal
Quick-Step), segundo, e 38 para Roglic.
O português João Almeida (UAE
Emirates) segue em quarto, a 40 segundos.
No que toca à luta pela geral,
foi o I Cappuccini que decidiu nas duas passagens por esta contagem de
montanha, primeiro pelo bloco da INEOS, que impôs um ritmo alto na primeira
ocasião, a fazer lembrar os tempos em que ainda eram a Sky, e selecionaram o
pelotão – e reduziram a ajuda para Evenepoel, o ‘alvo a abater’ do pelotão.
Mais tarde, já a fuga tinha
garantido o triunfo – e Healy uma vantagem significativa para os restantes – e
‘Rogla’ decidiu atacar o campeão do mundo de fundo, humanizando-o com os dois
INEOS a reboque.
Os segundos ganhos são mais
simbólicos do que outra coisa, mas deram a primeira mostra de força ante um
belga, campeão da Volta a Espanha em 2022, que parecia invencível, ainda para
mais por parte do esloveno, com uma equipa alternativa após as principais
escolhas falharem por doença, e dos homens da INEOS, que hoje perdeu o italiano
Filippo Ganna devido a covid-19.
Mais à frente, Healy correu a
etapa como se de uma clássica se tratasse e selecionou os homens da fuga, com
muitos nomes ‘pesados’, a começar pelo francês Warren Barguil (Arkéa Samsic) ou
o letão Toms Skujins (Trek-Segafredo), lançando um ataque que ninguém conseguiu
seguir.
Foram cerca de 50 quilómetros
sozinho que confirmaram as credenciais que já tinha mostrado nas clássicas das
Ardenas, conseguindo um triunfo icónico aos 22 anos, na estreia em grandes
Voltas.
“Estou
muito feliz. Esta manhã pensei que seria uma boa etapa para ir para a fuga,
lutei para escapar e consegui”, declarou o irlandês, que
desde os primeiros quilómetros tentou e tentou e tentou até vingar a ‘sua’ fuga.
No domingo, o segundo
contrarrelógio desta edição liga Savignano sul Rubicone a Cesena em 35
quilómetros, em novo teste para os candidatos à vitória final antes do primeiro
dia de descanso, na segunda-feira.
Fonte: Sapo on-line