terça-feira, 14 de outubro de 2025

"Os Campeonatos do Mundo são para as nações, não para as equipas" - UCI rejeita mudança revolucionária no ciclismo de estrada após polémica em 2025”


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

O que deveria ser uma celebração do crescimento explosivo das corridas de gravel acabou por transformar-se num intenso debate sobre o futuro da disciplina. O Campeonato do Mundo de Gravel 2025 ficou envolto em controvérsia quando a holandesa Yara Kastelijn perseguiu a compatriota Shirin van Anrooij nos quilómetros finais, abrindo caminho para a vitória de Lorena Wiebes (também neerlandesa) e, sem querer, lançando uma discussão profunda sobre o papel das seleções nacionais num formato que, cada vez mais, se apoia em estruturas comerciais.

O cenário foi inédito: sete das dez primeiras classificadas na corrida de elite feminina vestiam a camisola dos Países Baixos, mas não agiram como colegas de equipa. Em contraste, a checa Julia Kopecky, companheira de Wiebes na Team SD Worx-ProTime, acabou por ser o apoio mais eficaz na fase decisiva.

O episódio reacendeu o debate: deverão os Campeonatos do Mundo de gravel ser disputados com as cores das equipas comerciais em vez das camisolas nacionais?

 

A UCI mantém a tradição das nações

 

“São dores de crescimento de uma disciplina que evoluiu muito rapidamente”, afirmou Peter Van Den Abeele, dirigente da UCI, em declarações ao Sporza. “Vamos certamente discutir o tema durante a reunião de balanço do Mundial de Gravel. Mas os Campeonatos do Mundo são para as nações, não para as equipas comerciais.”

A situação neerlandesa foi singular. Quase 30 ciclistas holandesas alinharam na corrida de elite feminina, não por seleção direta, mas por qualificação individual ou wildcards. Ao contrário do que acontece no Campeonato do Mundo de Estrada, os selecionadores nacionais não escolhem as participantes.

Com tantas ciclistas sob a mesma bandeira, mas sem plano tático definido, a corrida tornou-se caótica, abrindo espaço à confusão e às críticas. “Cabe ao selecionador nacional definir a estratégia”, acrescentou Van Den Abeele. “A Itália veio com uma seleção nacional adequada e seguiu as ordens do treinador.”

 

O dilema neerlandês e o apelo à reforma

 

O selecionador holandês Laurens ten Dam reconheceu as limitações do sistema atual: “Não posso impor uma estratégia de corrida”, admitiu. “Tudo o que lhes disse foi para não trabalharem umas contra as outras, e para garantirem que uma holandesa ganhava.”

Ten Dam propôs uma solução intermédia: limitar cada país a dez atletas de elite, escolhidos pelo selecionador nacional. Os restantes poderiam competir nas categorias por idade, preservando o espírito aberto e participativo que distingue o gravel desde o seu início. “Compreenderia perfeitamente que, no futuro, o Mundial de Gravel fosse disputado com os equipamentos das equipas comerciais em vez das camisolas nacionais”, admitiu.

 

A posição da UCI: preservar o espírito aberto do gravel

 

Para a UCI, o principal desafio é equilibrar a elite competitiva com a essência inclusiva da modalidade. “Queremos definitivamente preservar o elemento de participação em massa”, sublinhou Van Den Abeele. “As estrelas a correr no mesmo pelotão que centenas de ciclistas amadores fazem parte do que torna estes Mundiais tão especiais.”

Por agora, essa visão parece afastar a hipótese de uma mudança radical para equipas comerciais. No entanto, as tensões entre o modelo tradicional dos Campeonatos do Mundo e a realidade comercial e profissional das corridas de gravel são cada vez mais evidentes.

Os acontecimentos de 2025 deixaram uma certeza: a discussão sobre o formato e a identidade do Mundial de Gravel está longe de terminar, e promete marcar o futuro da modalidade nos próximos anos.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/gravel/os-campeonatos-do-mundo-sao-para-as-nacoes-nao-para-as-equipas-uci-rejeita-mudanca-revolucionaria-no-ciclismo-de-estrada-apos-polemica-em-2025

“O Desafio Pogui veio para ficar: "1.189 ciclistas de 36 países, cerca de 40% deles estrangeiros"


Por: Carlos Silva

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O Desafio Pogi, novo evento de ciclismo realizado em Komenda, terra natal de Tadej Pogacar, promete afirmar-se como uma tradição anual. A primeira edição, disputada no último domingo, transformou-se numa verdadeira celebração do ciclismo e da popularidade global do campeão mundial esloveno, poucos dias depois da sua quinta vitória consecutiva na Il Lombardia.

“Tivemos uma sorte incrível em ter alguém como o Tadej”, afirmou Tevž Ribič, líder do projeto, em declarações ao Siol.net. “Só o facto de mencionar o seu nome foi suficiente para que tudo arrancasse.”

 

Uma estreia com alcance mundial

 

O evento, realizado nas estradas que viram nascer o ciclista esloveno, reuniu 1.189 ciclistas de 36 países, cerca de 40% deles estrangeiros. O formato foi simples mas original: todos os participantes partiram juntos, enquanto Pogacar iniciou a prova alguns minutos depois, tentando alcançar o pelotão antes do topo da subida de 11 quilómetros até Krvavec.

Apesar de ter registado o tempo mais rápido do dia e ultrapassado 1.188 ciclistas, o esloveno foi batido pelo ciclista amador britânico Andrew Feather, especialista em subidas curtas e explosivas.

A ideia nasceu no início do ano pelas mãos de Simon Rožnik, diretor da agência desportiva Extrem, com o propósito de criar algo autêntico em torno da ligação de Pogacar à comunidade local. “Há já algum tempo que o Simon queria organizar algo especial para o Tadej e para a sua família”, explicou Ribič. “Quando apresentámos a ideia à família Pogacar, eles mostraram-se extremamente abertos. Foi aí que começámos a desenvolvê-la seriamente, em janeiro.”

O percurso escolhido, entre Komenda e Krvavec, tem um simbolismo profundo: foi ali que Pogacar conquistou a sua primeira vitória em competição e é uma das suas rotas de treino habituais. Ainda assim, o impacto do evento superou todas as expectativas. “Isto mostra a força internacional do nome do Tadej”, destacou Ribič. “Não foi uma corrida doméstica, tivemos ciclistas vindos de todo o mundo.”

 

Logística e ambiente à altura de um campeão

 

Organizar o Pogi Challenge foi o maior desafio logístico da equipa. Cerca de 150 pessoas estiveram envolvidas na produção do evento, entre voluntários e membros da equipa Pogi. As condições meteorológicas adversas quase ameaçaram a prova, com neve a cair de forma inesperada em altitude, mas o tempo acabou por abrir no dia da corrida.

“Acreditei que o sol iria aparecer e assim foi”, contou Ribič. “Krvavec é imprevisível. Durante a semana esteve sol e 20 graus, no fim de semana tudo mudou. Mas no final, não houve feridos nem incidentes, e tudo correu sem problemas. Não podíamos ter pedido mais.”

O espírito festivo prolongou-se para além da competição. A banda de rock eslovena Siddharta animou a chegada e as bermas da estrada encheram-se de adeptos a apoiar tanto profissionais como amadores.

 

Um futuro em construção

 

Com a estreia concluída com sucesso, os organizadores já pensam na continuidade do projeto. “Gostaríamos de o tornar num evento tradicional”, confirmou Ribič. “Queremos que o Tadej se sinta descontraído, que não seja uma corrida de contrarrelógio ou algo centrado em métricas de desempenho. Trata-se de uma celebração do ciclismo, tanto para os adeptos como para os ciclistas.”

O Desafio Pogi encerrou uma temporada histórica para Pogacar: o esloveno tornou-se o primeiro ciclista a terminar no pódio de todos os cinco monumentos no mesmo ano, defendendo ao mesmo tempo os títulos de campeão do mundo e de vencedor da Volta a França.

Mas para os organizadores, o sucesso da iniciativa transcende as vitórias do campeão. “Este evento é sobre a ligação entre o ciclismo e as pessoas. Queremos construir algo duradouro, significativo e aberto a todos. E isso começa aqui, em Komenda”, concluiu Ribič.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/o-desafio-pogui-veio-para-ficar-1189-ciclistas-de-36-paises-cerca-de-40-deles-estrangeiros

“Gémeos Oliveira descoordenam-se e causam queda coletiva na 1ª etapa da Volta a Guangxi”


Por: Ivan Silva

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Uma forte queda coletiva a 500 metros da meta marcou o desfecho da 1.ª etapa da Volta a Guangxi 2025, disputada em Fangchenggang ao longo de 149 quilómetros. O incidente ocorreu na reta final, quando o pelotão circulava a alta velocidade e os ciclistas se mexiam em busca da melhor posição para o sprint. Estes solavancos provocaram desequilíbrios e, em poucos segundos, uma queda em cadeia deixou muitos sprinters fora da luta pela vitória.

A queda afetou grande parte do pelotão e perturbou completamente o lançamento do sprint. Paul Magnier, bem posicionado na frente, conseguiu evitar a queda e cruzou a meta em primeiro. Ao ver as imagens mais de perto verificamos que foi precisamente Rui Oliveira quem foi o primeiro ciclista a cair, aparentemente por ter batido na roda do Ivo Oliveira, que se preparava para o lançar para o sprint final, e que acabou por desencadear toda uma série de quedas em cadeia.

O cenário foi caótico, com ciclistas e bicicletas no chão enquanto outros tentavam desviar-se do embate. A reta de Fangchenggang, que se esperava fosse palco de um sprint limpo, transformou-se num final de etapa tumultuoso, condicionado pela queda e pelo esforço físico de muitos corredores.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/video-gemeos-oliveira-descoordenam-se-e-causam-queda-coletiva-na-1-etapa-da-volta-a-guangxi

“Resultados da 1ª etapa da Volta a Guangxi 2025: Paul Magnier vence pela 10ª vez no espaço de um mês. Rui Oliveira apanhado em queda coletiva”


Por: Ivan Silva

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A 1.ª etapa da Volta a Guangxi 2025, num percurso de 149 quilómetros com início e chegada em Fangchenggang, terminou com a vitória de Paul Magnier num sprint final marcado por uma queda que afetou vários ciclistas, entre os quais se destaca Rui Oliveira. Já Ivo Oliveira terminou o dia em 25º lugar.

O dia decorreu em terreno praticamente plano, com três passagens pela meta, onde o pelotão controlou todas as tentativas de fuga. A primeira escapada foi formada por Aurélien Paret-Peintre (Decathlon), Rémy Rochas (Groupama) e Julius Johansen (UAE), que chegaram a ter uma vantagem ligeira e garantiram as bonificações na primeira passagem. O grupo principal retomou o controlo a cerca de 110 quilómetros da meta.

Mais tarde, Mathis Le Berre (Arkéa) e Attila Valter (Visma) lançaram-se para a frente após a segunda passagem, conseguindo uma vantagem máxima de cerca de um minuto e meio. Mantiveram o esforço por vários quilómetros, mas a perseguição coordenada de Soudal Quick-Step, Red Bull - BORA e Picnic reduziu a diferença, neutralizando-os a 22 quilómetros do final.

A partir daí, o ritmo no pelotão manteve-se elevado. A Red Bull BORA assumiu a dianteira com Jordi Meeus, com Roger Adrià muito ativo no apoio. A Soudal Quick-Step trabalhou para Paul Magnier, enquanto outras equipas tentavam posicionar os seus sprinters para a chegada.

Nos últimos 15 quilómetros, a Red Bull - BORA impediu qualquer tentativa de fuga, enquanto os favoritos (Meeus, Magnier, Bittner, Kogut, Kanter e Penhoet) preparavam-se para o sprint decisivo.

Nos últimos cinco quilómetros, a tensão aumentou e a reta da meta tornou-se caótica, com uma queda que envolveu vários ciclistas. No meio do tumulto, Paul Magnier conseguiu manter a linha e cruzou a meta em primeiro, conquistando a vitória da etapa de abertura da Volta a Guangxi 2025.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/resultados-da-1-etapa-da-volta-a-guangxi-2025-paul-magnier-vence-pela-10-vez-no-espaco-de-um-mes-rui-oliveira-apanhado-em-queda-coletiva

“Afinal nem tudo correu bem em 2025 para Pogacar: desistência no Tour foi ponderada”


Esloveno confessou que a dada altura estava "saturado de tudo"

 

Por: Record

Foto: AP

Olhando para o número de vitórias, 20, e pela forma como as conquista, parece que a temporada de 2025 foi um mar de rosas para Tadej Pogacar. Mas, por mais que tenha tido sucesso, há momentos que foram de luta interna, de debilidade física e mental, ao ponto de ter confessado: "Cheguei a estar farto de tudo".

Estas revelações foram feitas por Pogacar num podcast 'Tour 202', por ocasião da sua presença numa corrida popular, no seu país, a Eslovénia, onde revelou o momento critico da temporada em pleno Tour.

"Depois da etapa do Mont Ventoux, comecei a sentir dores num joelho. No dia seguinte, na chegada a La Plagne, fazia um frio terrível e o meu corpo simplesmente se apagou", confessou Tadej Pogacar, que foi nesta etapa terceiro classificado, com o mesmo tempo de Jonas Vingegaard (Visma),  ambos a dois segundos de Thymen Arensman (INEOS), o vencedor.

Segundo o ciclista da Emirates, o seu organismo entrou em modo defensivo. "Retinha liquídos, estava em choque. Senti-me completamente fora, esgotado física e mentalmente". Situação que o levou a ponderar abandonar a corrida. "Estava saturado. Não me encontrava bem, nem de corpo nem de mente. Estava saturado de tudo", desabafou.

Para Tadej Pogacar, numa prova de três semanas é impossível estar bem do início ao fim. "Todos os que já disputaram uma Grande Volta sabem como é. No final da primeira semana já sentes cansaço e ainda faltam duas semanas".

A verdade é que depois da sua quarta vitória no Tour, Tadej Pogacar isolou-se, foi de férias, e só regressou à competição mês e meio depois. E o prolongado descanso fez-lhe bem. Muito bem mesmo. Ao corpo e à alma. Regressou revigorado, para arrasar no final da temporada, com quatro vitórias seguidas: Mundial, Europeu, Tre Valli Varesine e Volta à Lombardia.

Mas fica o alerta: mesmo um super atleta como Tadej Pogacar vencer não é tudo.

Fonte Record on-line

“Ciclista da Burgos BH ameaçado de morte e expulso de corrida chinesa”


Por: Carlos Silva

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A época de estrada aproxima-se do fim, mas a última semana da temporada está agora aberta à polémica. No recém-concluído Tour de Mentougou 2025, disputado na China, a Burgos Burpellet BH dominou a classificação geral, ao colocar três ciclistas no pódio, mas viu-se envolvida num incidente inesperado com a sua principal figura, Mario Aparicio.

O espanhol, que terminara em 7.º lugar na etapa de abertura, foi expulso da corrida após uma publicação na aplicação Strava considerada ofensiva pelos organizadores.

Aparicio partilhou uma imagem do Strava e dos dados da 1.ª etapa, acompanhada por um emoji de porco junto à bandeira nacional da China. A publicação gerou de imediato uma onda de indignação local, com críticas severas e ameaças de morte dirigidas ao ciclista.

Um jornal chinês citado pelo El Mundo interpretou o gesto como um insulto deliberado: “Foi um insulto à nossa nação. Além disso, os utilizadores verificaram que, em outras competições, o atleta espanhol publicou apenas a bandeira do país onde corria, sem emojis, o que demonstra uma intenção deliberada.”

 

Comunicado oficial do Tour de Mentougou

 

Perante a escalada da polémica, os organizadores da corrida emitiram um comunicado a confirmar a expulsão de Aparicio:

“A publicação nas suas redes sociais pessoais constitui um comentário inapropriado que mina o espírito do desporto, prejudica a imagem do evento e tem um impacto social negativo.

Depois de analisar o post do ciclista (que foi apagado na sequência da controvérsia), determinou-se que as suas ações violaram as regras da corrida e o código de ética desportiva.”

Em declarações ao El Mundo, a equipa espanhola lamentou o incidente e garantiu que tudo não passou de um mal-entendido.

“O Mario colocou o emoji do porco como uma piada para um colega de equipa que tinha ganho a etapa, algo sem malícia e sem qualquer relação com o povo chinês. Foi uma infeliz coincidência. As pessoas viram, tiraram-no do contexto e interpretaram-no mal, porque a bandeira da China aparecia ao lado.”

Segundo a formação castelhana, a reação nas redes sociais foi desproporcionada: “Começaram a surgir muitos comentários e insultos, até ameaças de morte, o que se tornou numa situação completamente louca.”

A equipa confirmou que o ciclista foi desqualificado e que a decisão se manteve apesar das tentativas de esclarecimento junto dos organizadores. “Falámos com eles para explicar o que realmente aconteceu e garantir que não havia qualquer intenção ofensiva. O Mario já deixou o país e o caso está encerrado.”

 

Uma vitória ofuscada

 

O incidente acabou por eclipsar a prestação desportiva da Burgos Burpellet BH, que terminou o Tour de Mentougou com uma tripla no pódio da classificação geral, um feito inédito para a equipa. No entanto, o episódio de Aparicio mancha o balanço final, transformando a celebração em tema de controvérsia internacional.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/ciclista-da-burgos-bh-ameacado-de-morte-e-expulso-de-corrida-chinesa

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