Ciclista argentino confessou
que a participação na Volta aos Emirados Árabes Unidos, na qual contraiu a
doença a par de outros colegas, tornou-se difícil pelo tempo em que ficaram
retidos naquele país.
O ciclista argentino Maximiliano
Richeze (UAE Emirates), que acusou positivo a covid-19 em fevereiro, explicou
que viveu "meses bastante complicados" desde esse momento, devido à
quarentena em Abu Dhabi e ao impacto da pandemia no desporto.
Numa entrevista à Eurosport
hoje transmitida, o veterano de 37 anos confessou que a participação na Volta
aos Emirados Árabes Unidos, na qual contraiu a doença a par de outros colegas,
se tornou difícil pelo tempo em que ficaram retidos naquele país.
"Entre o tempo de
quarentena e o que passámos no hospital, para que passasse, estivemos quase um
mês. Por sorte, estamos bem e já a voltar aos treinos", acrescentou.
O colega de Rui Costa, Ivo
Oliveira e Rui Oliveira na UAE Emirates explicou que suspeita ter contraído o
novo coronavírus após ter partilhado uma garrafa de refrigerante com o colega
colombiano Fernando Gaviria, também infetado.
"Se tivéssemos voltado a
casa naquela altura, tínhamos infetado muitas pessoas. Quando o Fernando
[Gaviria] deu positivo, sabia que me ia acontecer o mesmo. Mas passei-o de
forma muito leve, com alguns sintomas, claros, mas não tive febre, por exemplo.
Tive medo e incerteza, porque naquela altura não havia muita informação, mesmo
por parte dos médicos", contou.
Richeze admitiu ainda que
"em nenhum momento" acharam que a situação se tornaria mais grave,
mas com os membros da equipa recuperados, o objetivo, sobretudo para o
‘sprinter' que apoia, Gaviria, é "voltar forte".
Apesar de ter atravessado três
quarentenas até chegar em casa, revelou, Richeze vê o companheiro de equipa
como "um dos melhores velocistas do mundo" e confia que voltará ao
melhor nível.
"Agora, se fizer as
coisas bem, pode demonstrar, nos últimos meses, o grande corredor que é. Terá
de treinar a ‘top', porque leva quase dois meses de desvantagem em comparação
aos outros ciclistas", afirmou.
A nível global, segundo um
balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de
328 mil mortos e infetou mais de cinco milhões de pessoas em 196 países e
territórios.
Mais de 1,8 milhões de doentes
foram considerados curados.
Fonte: Sapo on-line