domingo, 23 de março de 2025

“Lance Armstrong culpa a UAE pela derrota de Tadej Pogacar na Milan-Sanremo: "Achei que a equipa não esteve no seu melhor hoje"


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A Milan-Sanremo foi o grande foco de atenção ao longo da última semana e, no fim de semana, confirmou-se como um enorme sucesso. Para além de um espetáculo de altíssimo nível, a corrida ficou marcada por um duelo memorável entre três lendas do ciclismo e por um facto histórico: pela primeira vez em quase 30 anos, a decisão surgiu na Cipressa, com um ataque de longa distância. A exibição de Tadej Pogacar foi particularmente elogiada, com Lance Armstrong a destacar a forma como a presença do esloveno transforma por completo qualquer corrida.

"Havia uma grande expectativa de que ele pudesse finalmente vencer a Milan-Sanremo e, para isso, precisava de uma grande equipa – que é exatamente o que tem", afirmou Armstrong no podcast The Move. "Ainda assim, achei que a UAE Team Emirates - XRG não esteve no seu melhor hoje".

A preparação para a corrida foi intensa, com meses de antecipação em torno de um possível ataque na Cipressa. A equipa levou um plantel de luxo para apoiar Pogacar e, na estrada, o plano esteve muito perto de funcionar na perfeição.

"Não era segredo. Já no ano passado disseram que queriam fazer a Cipressa em menos de nove minutos", recordou Johan Bruyneel. "Não sei qual foi o tempo exato, mas havia sempre a questão: mesmo que consigam, será que terão uma grande vantagem ou poderão ser apanhados entre a Cipressa e o Poggio? A verdade é que estes tipos já não correm segundo as regras tradicionais do ciclismo. Fazem as coisas à sua maneira e funciona".

A tendência para ataques de longa distância tem vindo a crescer no ciclismo moderno e, muitas vezes, revela-se eficaz. Pogacar já o demonstrou em várias ocasiões e, desta vez, apenas Mathieu van der Poel – um corredor de talento excecional – conseguiu segui-lo tanto na Cipressa como no Poggio. Caso o neerlandês não estivesse presente, o plano da UAE poderia ter resultado, garantindo ao esloveno o quarto Monumento diferente da carreira.

"Ter um corredor como Pogacar muda completamente as clássicas", continuou Bruyneel. "Com a sua força, a capacidade de atacar, recuperar e voltar a atacar, e a sua resiliência mental... Acrescenta um novo elemento a estas corridas. É uma abordagem totalmente diferente, algo que nenhuma outra clássica da primavera ou Monumento tem visto".

Apesar disso, Armstrong destacou que, no final do dia, quem mais o impressionou foi o próprio vencedor da corrida, Mathieu van der Poel. "Não sei se repararam, mas quando o Pogi atacou e o Ganna já estava a quebrar, o Van der Poel parecia estar completamente à vontade. Viram a cara dele? Parecia que tinha tudo sob controlo".

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/lance-armstrong-culpa-a-uae-pela-derrota-de-tadej-pogacar-na-milan-sanremo-achei-que-a-equipa-no-esteve-no-seu-melhor-hoje

“Antevisão - 1ª etapa da Volta à Catalunha: Será que Primoz Roglic vai conseguir vencer numa chegada explosiva e marcar posição na classificação geral?”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

De 24 a 30 de março, o pelotão do World Tour regressa a Espanha, mais concretamente à Catalunha, para uma das mais emocionantes e difíceis corridas por etapas do calendário. A Volta à Catalunha é sempre um grande teste para os trepadores, mas os outros ciclistas também terão as suas oportunidades. Fazemos a antevisão da 1ª etapa.

A corrida de sete dias começa mais uma vez em Sant Feliu de Guíxols, onde alguns sprinters e puncheurs lutarão pela vitória na mesma subida dos últimos anos. A etapa apresenta algumas subidas no início do dia, onde se pode formar uma forte fuga.

Antes de os ciclistas terminarem a corrida, encontram outra pequena colina a 7,8 quilómetros do fim, e depois a maior parte do caminho para a cidade é uma descida muito rápida e sinuosa.

Os últimos 750 metros têm então uma inclinação de 5%. Não é nada de mais, os sprinters chegarão certamente aqui, mas trata-se de um esforço de mais de um minuto que pode quebrar alguns dos homens mais rápidos. Um sprint é quase certo, mas alguns ciclistas não terão pernas para isso, enquanto alguns puncheurs e trepadores podem surpreender, porque estarão mais aptos para um sprint efetivo.


 

O Tempo

 

Temos vento de sul no início do dia, e depois algum de oeste, embora mais fraco durante a tarde. No entanto, isso não deverá fazer grande diferença... O que pode fazer é a chuva que deverá cair, especialmente nos quilómetros finais. Este será um final muito perigoso, porque a descida técnica para o último quilómetro levará a uma luta ainda mais tensa pelo posicionamento - entre as equipas da classificação geral e as equipas dos sprinters.

 

Os Favoritos

Este vai ser um final louco, sem dúvida. Com tantas subidas e descidas, as equipas da geral vão dar tudo por tudo para manter os seus ciclistas na frente nas estradas molhadas e nas subidas. Isto será fundamental não só para proteger as suas ambições na classificação geral, mas também para ganhar a etapa.


Dos candidatos à geral, existem alguns que podem, sem dúvida, vencer esta etapa. Foi isso que ocorreu em 2023, onde Primoz Roglic e Remco Evenepoel tiveram um confronto épico no sprint. Roglic é um ciclista que se conhece bem e sabe como vencer, e será o principal favorito para vencer a etapa. Juan Ayuso e Lennert van Eetvelt, para além de brilhantes trepadores e ciclistas que devem estar em boa forma, são também muito explosivos e devem, sem dúvida, estar também na luta pelas posições cimeiras da etapa. Egan Bernal no seu melhor também pode ser uma opção, mas há dúvidas sobre a sua condição física após a queda em Jaen.

Mas e se este for um dia que termina realmente num sprint? Também não foi o caso no ano passado, quando Nick Schultz surpreendeu na subida final para vencer à frente de Tadej Pogacar... Neste cenário, temos Kaden Groves como prinicipal favorito e com um bom bloco para entrar bem posicionado - embora Quinten Hermans possa ser uma segunda opção para a Alpecin. Sem dúvida, Groves é o sprinter mais forte da corrida, e ele acabou de terminar em quinto em Milano-Sanremo provando sua boa forma.

Temos alguns sprinters/puncheurs que têm um final forte e que gostam muito de subidas, como Ethan Hayter, Marijn van den Berg, Matthew Brennan, Axel Laurance, Nils Eekhoff, Corbin Strong, Ide Schelling e a dupla do Decathlon Dorian Godon e Andrea Vendrame, que podem lutar pela vitória aqui;

 

Previsão para a 1ª etapa da Volta à Catalunha 2025

 

*** Primoz Roglic, Lennert van Eetvelt

**Marijn van den Berg, Nils Eekhoff, Corbin Strong

*Juan Ayuso, Ethan Hayter, Matthew Brennan, Dorian Godon, Andrea Vendrame, Quinten Hermans, Ide Schelling, Axel Laurance

Escolha: Primoz Rogli

Cenário previsto: Penso que a luta pelo posicionamento será tão longa e difícil, que alguns sprinters estarão acabados quando chegarem ao sprint final. Muitos ciclistas de qualidade, mas nenhum que se destaque numa subida tão explosiva... Por isso, aposto na vitória de Primoz Roglic, tal como aconteceu há dois anos.

Poder visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/anteviso-1-etapa-da-volta-catalunha-ser-que-primoz-roglic-vai-conseguir-vencer-numa-chegada-explosiva-e-marcar-posio-na-classificao-geral

“Luca Giaimi vence Troféu Internacional da Arrábida”


Luca Giaimi venceu, este domingo, o Troféu Internacional da Arrábida. O jovem italiano da UAE Team Emirates Gen Z foi o mais forte numa chegada em que a vitória foi discutida num sprint entre um grupo de cinco fugitivos.

German Nicolás Tivani (Aviludo-Louletano-Loulé) foi segundo e Harrisson Wood (Anicolor-Tien21) completou o pódio de uma das mais emblemáticas clássicas do calendário nacional.

A história da corrida, essa, começou em Sesimbra. A Avenida da Liberdade foi o palco da partida do Troféu Internacional da Arrábida, às 11h40, com 115 corredores de 17 equipas diferentes a partirem para uma tirada de 173,8 quilómetros ao longo dos três municípios que integram a Serra da Arrábida: Sesimbra, Palmela e Setúbal. 


Na estrada, as movimentações começaram cedo, com várias tentativas de fuga logo após a partida real. No entanto, após várias tentativas pouco duradouras, foi só ao fim de 50 quilómetros que se formou a primeira fuga digna de registo. Laurent Gervais (Project Echelon) e Juan Pedro Lozano (Caja Rural-Alea) escaparam primeiro e, pouco depois, juntaram-se Diogo Narciso (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car), Hélder Gonçalves (Rádio Popular-Paredes-Boavista) e Bruno Silva (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua). 

A UAE Team Emirates Gen Z veio até à Arrábida para discutir a vitória e liderou a perseguição, diminuindo a diferença, primeiro, e partindo o pelotão em dois grandes grupos, depois. Daqui, resultou um primeiro grande grupo de 18 ciclistas que conseguiu juntar-se aos cinco fugitivos, formando um novo grupo de 23 corredores na frente de corrida, quando estavam percorridos cerca de 85 quilómetros. 


O grupo chegou a ter uma vantagem ligeiramente acima de um minuto, mas acabaria alcançado pouco depois do segundo Prémio de Montanha do dia (Machadas, quilómetro 125).

Ao quilómetro 140, um grupo de 11 corredores voltou a animar a corrida com uma fuga que rapidamente ganhou 20 segundos sobre o pelotão e que parecia ter argumentos para vingar. Entre muitas movimentações, incluindo ciclistas a descair e tentativas de perseguição, o grupo acabou reduzido a cinco elementos. 

Do grupo inicialmente formado por Afonso Silva (APHotels & Resorts-Tavira-SC Farense), Alexandre Montez (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car), Diogo Gonçalves (Feirense-Beeceler), Harrison Wood (Anicolor-Tien21), José María García (Illes Balears Arabay), Juan Pedro Lozano (Caja Rural-Alea), Keegan Swirbul (Efapel Cycling), Laurent Gervais e Kieran Haug (Project Echelon Racing), Luca Giami (UAE Team Emirates Gen Z) e Nicolás Tivani (Aviludo-Louletano-Loulé), resistiram apenas Giaimi, Haug, Swirbull, Tivani e Wood. 

Na chegada a Setúbal, o jovem italiano da UAE Team Emirates Gen Z foi o mais forte no sprint a cinco e cruzou a meta em primeiro lugar, ao fim de 3h54m55s. Luca Giaimi venceu ainda a classificação da juventude e a UAE liderou entre as várias equipas em prova. Destaque também para Keegan Swirbul, que venceu a classificação da montanha.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Taça de Portugal XCM Torres Vedras”


Filipe Francisco e Melissa Maia saem por cima na 1.ª Taça de Portugal XCM

 

Por: Rafael Simões

Filipe Francisco (CDASJ-Cycling’Team-Munícipio Albufeira) e Melissa Maia (Guilhabreu MTB Team) são os primeiros líderes da Taça de Portugal de XCM, depois de terem vencido este domingo a primeira prova pontuável da temporada, a II Maratona Torres Vedras.

Na elite feminina, Melissa Maia terminou o percurso de 90 quilómetros que começou e terminou no Parque Verde da Várzea em 03:50:45:966 horas, com quase sete minutos de vantagem face à segunda classificada, Mariyline Marques (Demos BTT).

A fechar o pódio ficou Alessia Teixeira, da Bombos S. Sebastião-LusoPrint-ElectroMinho, a nove minutos e meio da líder. Celina Carpinteiro, CDASJ-Cycling’Team-Munícipio Albufeira, e Leandra Gomes (SAERTEX Portugal-CRIAZinvent), fecham o top-5.


Na elite masculina, o triunfo de Filipe Francisco – em 03:43:39:384 horas – pautou-se por um maior equilíbrio: Diogo Graça (St.ª Maria Feira-Moreira-Bolflex-E.Leclerc) foi o segundo classificado, a 03:15:102 minutos de diferença, e Carlos Cruz (Guilhabreu MTB Team) ficou com a última vaga do pódio, ele que terminou a 03:48:361 do melhor tempo.

Andrew Henriques, colega de equipa de Filipe Francisco, foi quarto e André Rodrigues (BTT Gardunha-Fundão) quinto.

Ainda no masculino, mas nos masters, Rodrigo Gomes Gomes (BTT Seia) venceu em M30, Renato Ferreira (MR3Eeventus-Prozimbral) em M35, Ismael Graça (Clube de Ciclismo de Castelo Branco) em M40, Martinho Saragoça (BTT Gardunha-Fundão) em M45, Pedro Sousa (CDASJ-Cycling’Team-Munícipio Albufeira) em M50, António Passos (Rompe Trilhos-Ajpcar) em M55, Adelino Cruz (CDASJ-Cycling’Team-Munícipio Albufeira) em M60 e Rui Norte (ARLU BTT) em M65.

Nas masters femininas, Joana Barros (SPAC) foi a vencedora em M30, Raquel Santos (BTT Seia) em M40 e Karine Cousteau (Korpo Activo-Penacova) em M40, ela que foi a única participante desse escalão.

Já no paraciclismo C, Ricardo Mendes (SAERTEX Portugal-CRIAZinvent) triunfou em 03:03:27:576 horas, à frente de Roberto Soares (Bombos S. Sebastião-LusoPrint-ElectroMinho) e Duarte Velho (SPAC). No paraciclismo D, Tiago Craveiro (Grupo BTT de Manteigas) foi o único participante.

Por último, nas bicicletas elétricas foi Cátia Cristóvão (Team Correia) a sorrir no fim da prova feminina, com vantagem para Dina Morgado (Marítimo Sport Club) e Ana Santos (Róódinhas-Master Vantagem).

No masculino, João Martins (Mirachoro Hotels-Centro de Ciclismo de Portimão-Churrasqueira Guerreiro) foi o mais rápido do dia, à frente de Rafael Clino e António Correia (Team Correia).

Contas feitas, é a CDASJ-Cycling’Team-Munícipio Albufeira que termina o fim de semana como líder da classificação geral por equipas – a BTT Seia lidera nos masters.

A Taça de Portugal de XCM prossegue no fim de semana de 12 e 13 de abril, em Paredes de Coura.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

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