sexta-feira, 27 de setembro de 2024

“Ciclismo suíço novamente de luto um ano depois da morte de Gino Mäder: Recorde os principais desastres na modalidade”


Na longa lista de fatalidades do ciclismo inscrevem-se os nomes de dois portugueses: Joaquim Agostinho, em 1984, e Bruno Neves, em 2008

 

Por: Lusa

DAVID PINTENS / Belga / AFP

O ciclismo suíço está novamente de luto, um ano depois da morte de Gino Mäder, com a jovem Muriel Furrer, de apenas 18 anos, a juntar-se a uma lista de fatalidades na modalidade que não para de aumentar.

“É com o coração pesado e com uma tristeza infinita que temos de despedir-nos hoje de Muriel Furrer. Perdemos uma jovem mulher afetuosa e maravilhosa, que tinha sempre um sorriso no rosto. Não há compreensão, apenas dor e tristeza”, lê-se nas redes sociais da Federação suíça de ciclismo.

Esta é a segunda morte trágica no ciclismo helvético em menos de 16 meses e a segunda na modalidade este ano.

Depois do falecimento de Gino Mäder em 16 de junho de 2023, na sequência de uma queda numa ravina durante uma descida na quinta etapa da Volta a Suíça, ter comocionado o pelotão, a União Ciclista Internacional e os organizadores das provas impuseram novas medidas de segurança, que mesmo assim não evitaram novas tragédias.

Em 06 de julho deste ano, o norueguês André Drege (Coop-Repsol), de 25 anos, morreu após sofrer uma violenta queda na quarta etapa da Volta à Áustria.

Esta época foi particularmente marcada por quedas graves, com nomes grandes do pelotão como o duplo campeão olímpico Remco Evenepoel, o duas vezes campeão do Tour Jonas Vingegaard, o australiano Jay Vine ou o belga Wout van Aert a passarem longas semanas afastados da estrada, embora sem consequências para o seu futuro profissional.

Na longa lista de fatalidades do ciclismo inscrevem-se os nomes de dois portugueses: Joaquim Agostinho, em 1984, e Bruno Neves, em 2008.

 

Principais acidentes mortais de corredores durante provas de ciclismo:

 

2024: A suíça Muriel Furrer, de 18 anos, morre um dia depois de sofrer uma queda na prova de fundo para juniores dos Mundiais de estrada.

2024: O norueguês André Drege morre após uma queda na quarta etapa da Volta à Áustria.

2023: O suíço Gino Mäder sofre uma queda na quinta etapa da Volta à Suíça e acaba por morrer na manhã seguinte no hospital.

2019: O belga Bjorg Lambrecht sofre um acidente na terceira etapa da Volta à Polónia, acabando por morrer durante a operação.

2018: O belga Michael Goolaerts sofre uma paragem cardiorrespiratória durante o Paris-Roubaix e morre nessa noite.

2016: O iraniano Bahman Golbarnezhad lesiona-se na cabeça numa queda nos Jogos Paralímpicos Rio2016, acabando por sofrer uma paragem cardíaca a caminho do hospital.

2016: O belga Antoine Demoitié cai durante a Gent-Wevelgem, acabando por ser atropelado por uma moto da organização.

2011: O belga Wouter Weylandt cai na descida do Passo del Bocco, a 25 quilómetros da chegada da terceira etapa da Volta a Itália.

2008: O português Bruno Neves sofre uma queda violenta durante a Clássica de Amarante. A autópsia viria a revelar uma paragem cardíaca.

2005: O italiano Alessio Galletti sucumbe a uma paragem cardiorrespiratória durante a Subida ao Naranco, em Espanha.

2003: O cazaque Andrey Kivilev cai na segunda etapa da Paris-Nice e morre na manhã seguinte.

1999: O espanhol Manuel Sanroma sofre uma queda mortal na ponta final da segunda etapa da Volta à Catalunha.

1995: Campeão olímpico em título, o italiano Fabio Casartelli cai na descida de Portet d’Aspet, na 15.ª etapa da Volta a França, morrendo algumas horas depois.

1988: O neerlandês Connie Meijer sofre um colapso durante um critério nos Países Baixos.

1987: O espanhol Vicente Mata é atropelado mortalmente por um carro durante o Troféu Luis Puig, em Espanha. O belga Michel Goffin entra em coma após uma queda no Tour de Haut-Var e morre seis dias mais tarde.

1986: Vítima de uma queda na primeira etapa da Volta a Itália, Emilio Ravasio morre duas semanas depois.

1984: O português Joaquim Agostinho atropela um cão e cai perto do final de uma etapa da Volta ao Algarve. Termina a etapa e morre 10 dias mais tarde, em Lisboa.

1976: Uma queda na primeira etapa da Volta a Itália foi fatal para o espanhol Juan Manuel Santisteban.

1972: O espanhol Manuel Galera perda a vida numa queda durante uma etapa da Volta à Andaluzia.

1970: Campeão do mundo em título, o belga Jean-Pierre Monsere não resiste ao embate frontal com um automóvel no Grande Prémio de Rétié.

1969: O francês José Samyn choca com um vendedor de programas durante uma quermesse em Zingem, na Bélgica.

1967: O britânico Tom Simpson, ex-campeão mundial de estrada, é vítima de paragem cardíaca na subida do Monte Ventoux, em etapa da Volta a França.

1956: Campeão do Mundo de estrada, o belga Stan Ockers morre na pista de Antuérpia.

1951: O italiano Serse Coppi, irmão de Fausto Coppi, cai a um quilómetro do final da Volta a Piemonte. Ainda termina a corrida, mas morre na noite seguinte.

1950: O francês Camille Danguillaume é atropelado por uma mota perto do final do Campeonato de França, em Montlhéry.

1937: André Raynaud, francês, campeão do mundo de meio-fundo, morre durante uma corrida em Antuérpia.

1935: O espanhol Armando Cepeda sofre uma queda mortal numa ravina a caminho de Bourg-d’Oisans numa etapa da Volta a França.

Fonte: Sapo on-line

“Seleção Nacional/António Morgado vigésimo em corrida que premiou os mais cerebrais”


Por: José Carlos Gomes

António Morgado foi hoje o vigésimo classificado na prova de fundo para sub-23 do Campeonato do Mundo de Estrada, em Zurique, Suíça, uma corrida em que os ciclistas que correram de forma mais fria levaram a melhor, com o alemão Niklas Behrens a conquistar o título.

Os 173,6 quilómetros que ligavam Uster a Zurique, sobretudo as quatro voltas e meia ao circuito em redor da cidade, convidavam a aproveitar a dureza para fazer a diferença. Vários corredores morderam o isco e tentaram destacar-se desde bem cedo.

Foi o caso de António Morgado. O português foi um dos mais ativos, desferindo múltiplos ataques ao longo de cerca 30 quilómetros. Entre os quilómetros 90 e 120, António Morgado esteve envolvido em diferentes iniciativas. Outro corredor muito ativo nesta fase foi o italiano Giulio Pellizzari. Ambos contribuíram para dinamitar completamente o pelotão e para endurecer fortemente a corrida.


Uma das movimentações em que participaram Morgado e Pellizzari foi anulada pelo trabalho da seleção da Suíça. Foi o prenúncio do ataque de Jan Christen. Isso sucedeu na penúltima passagem pela subida de Zürichbergstrasse, dentro da cidade de Zurique. Aí, António Morgado ainda tentou responder, pouco depois de ter sido alcançado, mas o corpo não correspondeu.

“Sentia-me mesmo com boas pernas e comecei a achar que poderia estar na discussão da corrida. Tentei surpreender de longe. No entanto, com a chuva, senti muito o frio. As pernas como que congelaram”, explica o corredor português.

Jan Christen isolou-se a pouco mais de 50 quilómetros da meta, chegou a ter quase um minuto de vantagem sobre os fugitivos. Mas também ele arriscou e não petiscou. Os corredores mais frios e cerebrais levaram a melhor.

“Numa corrida destas, o segredo está em guardar energia para os momentos decisivos. Aí consegue-se fazer a diferença. Com outra calma, o António poderia ter conseguido outra classificação”, reconhece o selecionador nacional, José Poeira.

O melhor exemplo disso foi o jovem prodígio alemão Niklas Behrens, antigo nadador que está apenas na segunda época como ciclista. Sempre bem colocado no grupo principal, acelerou na última volta ao circuito e conseguiu anular a vantagem de Christen.

Com o germânico apenas seguiu o eslovaco Martin Svrček. Ambos cortaram a meta ao fim de 3h57m24s (média de 43,875 km/h). A vitória foi para Niklas Behrens. O terceiro classificado, a 28 segundos, foi o belga Alec Segaert.

António Morgado chegaria na 20.ª posição, a 4m56s do vencedor. “Dei tudo o que podia, não tenho arrependimentos”, diz o ciclista. Daniel Lima chegou perto de António Morgado, depois de uma corrida em que também chegou a estar integrado numa das movimentações do companheiro de Seleção e em que esteve sempre no primeiro pelotão. Foi 22.º, a 5m05s.

Lucas Lopes, vítima de queda antes da primeira das cinco passagens pela meta, esforçou-se por terminar, apesar de não ter conseguido reentrar no pelotão principal. Foi o 63.º, a 15m43s, a mesma diferença registada por Gonçalo Tavares, 70.º Alexandre Montez caiu ainda antes de Lucas Lopes, o que provocou um atraso maior e mais precoce, levando-o ao abandono.

No sábado é a vez de Ana Caramelo e Daniela Campos competirem nos 154,1 quilómetros entre Uster e Zurique, que englobam quatro voltas e meia ao circuito de Zurique. A corrida feminina de elite terá uma classificação absoluta, para a qual concorrem as duas portuguesas. Da geral será extraída uma classificação de sub-23 para a qual é elegível Daniela Campos.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Federação de Triatlo de Portugal com recorde de quase quatro mil federados”


Sérgio Dias, presidente do organismo, acredita que o número vai continuar a crescer

 

Por: Lusa

Foto: Lusa/EPA

A Federação de Triatlo de Portugal (FTP) anunciou esta sexta-feira um novo recorde do número de atletas federados, num crescimento de cerca de 10% e num ano que o fixa em perto de quatro mil.

"O número de atletas licenciados na FTP bateu o recorde que resistia desde 2022. Neste momento, são 3.810 praticantes registados, dos seis aos 82 anos, quando faltam ainda cerca de dois meses para o final da época desportiva", revelou o organismo.

Segundo a FTP, este número "reflete a dinâmica que a modalidade que tem vindo a conquistar ao longo dos últimos anos", elogiando o trabalho dos clubes, treinadores e dirigentes, bem como do "impacto dos resultados" e exposição da seleção nos Jogos Olímpicos Paris'2024.

No maior evento desportivo do planeta, Vasco Vilaça foi quinto, Ricardo Batista sexto, Maria Tomé 11.ª e Melanie Santos 45.ª, enquanto o quarteto ficou em quinto nas estafetas mistas.

"E a dedicação de toda a família do triatlo que não se cansa de inovar, acrescentar valor à modalidade e querer sempre chegar a mais gente. Estamos todos de parabéns, ainda que, tendo em conta o número de pedidos de licenciamento que temos recebido, estamos certos de que este número vai continuar a crescer até ao final desta época", acrescentou Sérgio Dias, presidente da FTP.

Fonte: Record on-line

“Seleção Nacional/Telmo Pinão sétimo na prova de fundo de classe C2”


Por: José Carlos Gomes

Telmo Pinão foi hoje o sétimo classificado na prova de fundo de classe C2 do Campeonato do Mundo de Paraciclismo, uma corrida disputada no centro da cidade de Zurique, Suíça, com triunfo do francês Alexandre Leauté.

A corrida de 62,7 quilómetros, disputada em dez voltas a um circuito praticamente plano, ficou marcada pelo ritmo muito intenso e pela velocidade elevada. O francês Alexandre Leauté e o britânico Matthew Robertson destacaram-se dos demais e pedalaram na luta pela medalha de ouro.

O pelotão principal, no qual se manteve o português Telmo Pinão, manteve-se unido na perspetiva da batalha pela medalha de bronze.

Na frente, Alexandre Leauté atacou para vencer isolado, ao fim de 1h29m27s (média de 42,057 km/h), deixando Matthew Robertson a 45 segundos. No grupo de Telmo Pinão, a luta foi pelo posicionamento para um sprint que poderia garantir um pódio.


“O Telmo começou o sprint muito atrás, o que lhe pode ter custado algumas posições. Mas é uma gestão difícil de fazer em corrida, porque também tinha de estar protegido do vento, sobretudo porque é um dos concorrentes só com uma perna”, explica o selecionador nacional, José Marques.

O paraciclista português, apesar de ter partido de trás, passou grande parte da concorrência, sendo o quinto do grupo de onze que discutiu o último lugar do pódio. O belga Ewoud Vromant ficou com a medalha de bronze e Telmo Pinão foi sétimo classificado na geral final, a 7m54s.

“Só Deus sabe o que passei. A corrida foi toda muito rápida e intensa, praticamente sem pontos de descanso. O esforço no sprint foi tão grande – dei 570 watts – que quando cortei a meta nem via bem, não sabia se já tinha passado a linha ou não”, ilustra Telmo Pinão.

A participação do paraciclismo português no Campeonato do Mundo, em Zurique, termina no próximo domingo. Nesse dia, às 8h45, Flávio Pacheco parte para os 57,8 quilómetros da prova de fundo de classe H4, que incluem uma volta ao circuito grande, por onde passam as provas de ciclismo, mais cinco voltas ao circuito urbano específico das corridas de paraciclismo.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Morreu Muriel Furrer, ciclista de 18 anos, após queda no Mundial de estrada para juniores”


Muriel Furrer caiu quinta-feira na prova de fundo, em Zurique, com o piso muito molhado no percurso suíço, sob forte chuva, que afetou também a corrida masculina

 

A ciclista suíça Muriel Furrer, de 18 anos, não sobreviveu aos ferimentos após queda no Mundial de estrada para juniores e morreu esta sexta-feira. Foi a própria União Ciclista Internacional (UCI) a comunicar a morte as jovem ciclista-

"Com o falecimento de Muriel Furrer, a comunidade internacional de ciclismo perde uma ciclista suíça que tinha um futuro brilhante pela frente. A ciclista, de 18 anos, sofreu uma forte queda ontem [quinta-feira], durante a prova de estrada, tendo sofrido um grave traumatismo craniano antes de ser transportada de helicóptero para o hospital em estado muito crítico. Muriel Furrer faleceu hoje, infelizmente, no Hospital Universitário de Zurique", pode ler-se nas redes sociais da UCI.

Muriel Furrer estava em "estado muito crítico" após uma queda durante a corrida de fundo para juniores dos Mundiais de estrada. A ciclista da Suíça foi hospitalizada e transportada de helicóptero, tendo sofrido uma lesão grave na cabeça, o que deixou a UCI "extremamente preocupada".

A jovem ciclista participou na quinta-feira na prova de fundo, em Zurique, com o piso muito molhado no percurso suíço, sob forte chuva, que afetou também a corrida masculina.

"Não há factos provados quanto às razões do acidente. As autoridades competentes estão a realizar uma investigação", acrescentou o organismo de cúpula do ciclismo mundial.

Fonte: Sapo on-line

Ficha Técnica

  • Titulo: Revista Notícias do Pedal
  • Diretor: José Manuel Cunha Morais
  • Subdiretor: Helena Ricardo Morais
  • Periodicidade: Diária
  • Registado: Entidade Reguladora para a Comunicação Social com o nº: 125457
  • Proprietário e Editor: José Manuel Cunha Morais
  • Morada: Rua do Meirinha, 6 Mogos, 2625-608 Vialonga
  • Redacção: José Morais
  • Fotografia e Vídeo: José Morais, Helena Morais
  • Assistência direção, área informática: Hugo Morais
  • Sede de Redacção: Rua do Meirinha, 6 Mogos, 2625-608 Vialonga
  • Contactos: Telefone / Fax: 219525458 - Email: josemanuelmorais@sapo.pt noticiasdopedal@gmail.com - geral.revistanoticiasdopedal.com