Ciclista português terminou a
prova no 27.º lugar
Por: Lusa
Foto: Bettiniphoto
O português Nelson Oliveira
(Movistar) fez, em declarações à Lusa, um balanço "bastante bom" da
Volta a Itália em bicicleta, que terminou no 27.º lugar final e que é a 14.ª
grande Volta que completa.
Depois de estrear-se em
'grandes' em 2011, na Vuelta, todos os anos Oliveira tem corrido pelo menos uma
das três maiores corridas (Itália, França e Espanha) e, hoje, fechou no 27.º
posto, o segundo melhor resultado final de sempre, depois do 21.º na Volta a
Espanha de 2015, edição em que também venceu uma etapa.
"No geral, foi bastante
bom. Tive um bom início, tentei estar na disputa da geral, até. Tentei ajudar o
[Marc] Soler, mas depois ele teve de abandonar, infelizmente, e trocámos as
opções e objetivos da equipa. Para mim, foi um Giro bastante interessante,
senti-me bem durante todo o Giro e estou contente com a minha prestação",
avalia o ciclista, em declarações à Lusa.
Na 21.ª e última etapa, o
contrarrelógio em Milão, a sua especialidade, correu abaixo do esperado, com um
40.º lugar final. "Não foi o 'crono' que esperava, esperava estar bastante
melhor", admite.
Ainda assim, depois de uma
'corsa rosa' "que se tornou dura", "as forças vão-se
acabando", e acabou por 'levantar o pé' nos últimos quilómetros, porque
"não valia a pena sofrer mais", ainda que tenha recuperado um posto
na geral.
O luso de 32 anos chegou a
estar em terceiro da geral e protagonizou várias lutas pela vitória em etapa,
por um lado, e pela camisola de líder, por outro, sobretudo nos primeiros dias,
sendo oitavo na quarta etapa e quarto na oitava, voltando ao oitavo posto na
14.ª tirada, no Monte Zoncolan.
Para já, e após uns dias de
descanso, vai voltar aos treinos e tem uma dúvida no calendário, entre a Volta
à Occitânia, a partir de 10 de junho, ou os Nacionais de estrada, de 18 a 20 do
mesmo mês. "Depois, é preparar os Jogos Olímpicos Tóquio2020, se for
convocado", atira.
O ano de 2021 tem sido de bons
resultados para o corredor, na sexta época na equipa espanhola, e, depois de
ter tido problemas com os treinos, devido à covid-19, recuperou as forças para
"uma excelente sucessão de resultados" e um bom Giro.
Foi segundo na Volta à
Comunidade Valenciana, o seu melhor resultado de sempre na geral de uma prova
por etapas, e nono na Volta às Astúrias, mas ainda espera mais, em ano de
Jogos.
"Com o devido descanso, e
as coisas bem feitas, penso que poderei melhorar bastante mais", afirma.
A 104.ª edição da Volta a
Itália em bicicleta terminou em Milão, com a vitória final do colombiano Egan
Bernal (INEOS) e João Almeida (Deceuninck-QuickStep) como melhor português, no
sexto lugar final.
Fonte: Record on-line