O ciclista português regressou esta segunda-feira da Volta à Itália
Foto: Photo by Luca Bettini /
AFP
O ciclista português João
Almeida destacou hoje, na chegada a Lisboa, a última semana que efetuou na
Volta a Itália em bicicleta, prova que terminou no sexto lugar, confirmando ser
“um voltista”.
“O maior balanço positivo que
faço é mesmo a última semana. Consegui fazer uma terceira semana muito forte e,
depois, consegui ganhar tempo a praticamente toda a gente. Confirmo, mais uma
vez, que sou um voltista. É aquilo em que eu me foco e quero ser”, afirmou aos
jornalistas, no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
A quinta posição, ocupada pelo
colombiano Daniel Martínez (INEOS), ficou a escassos milésimos de segundo do
ciclista que pedala pela Deceunick-QuickStep, mas “é ciclismo”, sublinhou,
embora esteja “muito contente” com a sua prestação na prova.
“Começámos com um plano e
seguimos sempre o plano. No final de contas, acho que podemos estar orgulhosos
do nosso trabalho e do nosso esforço”, expressou, após uma Volta a Itália que
durou 21 dias, num total de cerca de 90 horas de corrida.
O objetivo inicial assentava
no pódio e os quatro minutos de diferença que o separavam do topo “não é quase
nada”, apontando que “a terceira semana faz sempre diferenças bastante grandes”
na classificação geral: “Sabia que esses quatro minutos, possivelmente, já
dificultavam essa hipótese, mas, no final, correu bem na mesma.”
Vencer uma grande competição
de ciclismo seria “um sonho tornado realidade”, embora realce que “não é
fácil”, lembrando que há “grandes voltistas que demoram anos e anos a ganhar”,
como o colombiano Nairo Quintana, exemplificou o português, que prometeu
trabalhar para alcançar o patamar de Joaquim Agostinho ou Rui Costa.
“É sempre difícil chegar aos
calcanhares do Joaquim Agostinho e do Rui Costa, que tem um palmarés incrível,
ganhou muita corrida e de vários tipos. Faço todos os sacrifícios e esforço-me
bastante, também para inspirar pessoas a irem para o ciclismo”, disse.
Para o futuro a curto prazo,
para além de ter a expectativa de, “daqui a um ou dois meses”, poder revelar a
sua próxima equipa, após ter terminado o contrato com a formação belga, João
Almeida espera pela seleção para os Jogos Olímpicos, que, a acontecer, obrigará
a um reajuste do calendário, sobretudo na Volta a Espanha.
“Não depende só de mim, mas,
pessoalmente, gostava bastante de fazer [os Jogos Olímpicos]. É uma corrida
única. Já falei com alguns ciclistas que tiveram essa experiência, que me dizem
ser única na vida. Claramente gostava de realizar essa corrida”, contou,
entendendo que não é possível conciliar Tóquio2020 com Espanha.
A 104.ª edição da Volta a
Itália em bicicleta terminou em Milão, com a vitória final do colombiano Egan
Bernal (INEOS) e João Almeida (Deceuninck-QuickStep) como melhor português, no
sexto lugar final, a 7.24 minutos do vencedor.
Fonte: Sapo on-line
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