domingo, 14 de setembro de 2025

“Tia de João Almeida em Madrid no meio dos protestos: «Uma pena que os ciclistas não tenham o registo do pódio»”


Aida Gonçalves diz que "se compreende a importância de defender os direitos humanos," mas lembra que era merecido o sobrinho ter a consagração na capital, milhares protestam em Madrid contra o genocídio em Gaza e interrompem a Volta a Espanha

 

Por: Lusa

Foto: AP

A Volta a Espanha em bicicleta terminou hoje sem chegar à meta final de Madrid e sem a festa do pódio, mas com uma celebração de milhares de pessoas que ocuparam o circuito "para dar visibilidade ao genocídio em Gaza".

Pouco depois das 18:00 locais (17:00 em Lisboa), milhares de pessoas com bandeiras e outros símbolos da Palestina derrubaram as barreiras do circuito final da Vuelta, no centro de Madrid, e ocuparam as vias por onde deveriam passar os ciclistas na última etapa da prova, ao grito de "não é uma guerra, é um genocídio" e de "vamos parar esta Volta".

Quando nos ecrãs gigantes instalados em alguns pontos se viram os ciclistas a parar, a 56 quilómetros da meta, milhares de pessoas celebraram a suspensão da prova.

"É uma forma de dar visibilidade [ao genocídio em Gaza], de dizer ao mundo que sim, é possível. Uma pessoa sozinha em casa pode pensar que não há nada a fazer, mas aqui provamos que unidos é possível, que vale a pena protestar e sair à rua", disse à Lusa Maria Eugenia Galán, uma advogada de 38 anos de Madrid, entre os aplausos e muitos gritos de celebração, a meio do Passeio do Prado.

Uns metros mais acima, na praça de Cibeles, na zona que deveria ser a meta e a da festa do pódio, Aida Gonçalves, a tia do português João Almeida, que ficou em segundo lugar na prova, disse à Lusa que "se compreende a importância de defender os direitos humanos", mas é "uma pena" que os ciclistas não tenham direito ao "registo do pódio", que conquistaram depois de "trabalharem o ano inteiro".

"Era merecido" e uma forma de "Portugal ver que realmente ficou em segundo", um resultado histórico para um português, que só tinha sido alcançado uma vez, em 1974, por Joaquim Agostinho, realçou Aida Gonçalves, que considerou que sem os protestos pró-Palestina e contra a participação de uma equipa de Israel na Vuelta, o sobrinho João Almeida poderia até ter conseguido melhor.

Depois da invasão das vias por onde deveria passar o final da Vuelta, no centro de Madrid, seguiram-se cargas policiais e as autoridades usaram gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes.

Às 20:00 locais (19:00 em Lisboa), dezenas de pessoas continuavam a ocupar alguns pontos das ruas e avenidas da cidade e não havia registo de feridos ou danos por causa das manifestações e da resposta policial.

As manifestações pró-Palestina e contra a participação da equipa israelita Israel-Premier Tech na prova marcaram a edição deste ano da Vuelta, desde a primeira etapa.

Para hoje, dia da etapa final, as autoridades espanholas tinham mobilizado mais de 1.500 polícias, num dispositivo de segurança anunciado como o maior de sempre num evento desportivo em Madrid e o maior desde a cimeira da NATO que decorreu na capital espanhola, em junho de 2022.

Ainda assim, a polícia não conseguiu travar os manifestantes, que invadiram o circuito final da etapa e pararam o pelotão a 56 quilómetros da meta.

Fonte: Record on-line

"A partida foi um cenário de sonho..." - Mathieu van der Poel falha, mas promete continuar a perseguir o título mundial de BTT”


Por: Ivan Silva

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Mathieu van der Poel, atual campeão do mundo de ciclocrosse e gravel e ex-campeão do mundo de estrada, entrou este domingo em busca de um dos poucos títulos que lhe faltam na carreira: o título mundial de BTT. Aos 30 anos, o neerlandês tinha esperança de se intrometer na luta pelo título em Crans-Montana, mas acabou por terminar em 29º lugar, muito longe das posições de destaque.

As suas hipóteses nunca eram as mais altas, mas estavam longe de ser nulas. Van der Poel regressara ao BTT em maio, na Taça do Mundo de Nové Mesto, mas sofreu uma queda que lhe causou uma fratura no pulso, mais um contratempo numa disciplina onde a sorte nem sempre o tem acompanhado. Em Les Gets, há poucas semanas, mostrara sinais de progresso ao terminar em sexto lugar, apenas 28 segundos atrás de Alan Hatherly, o sul-africano que se sagrou campeão do mundo este domingo.

Em Crans-Montana, o neerlandês chegou a sonhar com um grande resultado. Arrancou forte, esteve nos lugares da frente nas primeiras voltas, mas a partir da terceira de nove começou a sentir dificuldades. "Não estava a ter um bom dia. Não me tenho sentido bem há algum tempo", confessou à NOS. "A partida foi um cenário de sonho, mas depois disso foi uma corrida longa do ponto de vista mental. Mas o BTT é a única disciplina em que ainda é divertido andar por aí."

Sem conseguir acompanhar o ritmo dos líderes, Van der Poel perdeu minutos e acabou por concluir a corrida em 29º lugar. Ainda assim, as primeiras voltas e o desempenho recente em Les Gets confirmam que mantém qualidade suficiente para lutar pelo título nos próximos anos. O próprio garantiu que não vai desistir: "As minhas pernas estavam muito más, mas tentei divertir-me um pouco. Ainda tenho alguns anos pela frente, vamos continuar a tentar."

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/btt/a-partida-foi-um-cenario-de-sonho-mathieu-van-der-poel-falha-mas-promete-continuar-a-perseguir-o-titulo-mundial-de-btt

“Resultados do Trofeo Mateotti e do GP Fourmies: Isaac del Toro bate Rui Costa ao sprint. Paul Magnier vence a clássica francesa”


Por: Ivan Silva

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O domingo foi de grande intensidade para o ciclismo mundial, com a Volta a Espanha, o GP de Montréal, o Campeonato do Mundo de XCO e várias corridas em França e Itália. Entre estas últimas, destacou-se o Trofeo Matteotti, onde Isaac Del Toro voltou a brilhar, conquistando a sua quarta vitória em solo italiano no espaço de duas semanas.

O jovem talento mexicano confirmou a sua forma excecional ao triunfar numa corrida de perfil montanhoso, elevando para 84 o número de vitórias da Emirates em 2025, ficando a apenas uma do recorde da equipa numa só temporada.

Desta vez, Del Toro não precisou de vencer isolado. Integrado num reduzido grupo que discutiu o triunfo ao sprint, mostrou frieza e potência para bater Rui Costa e Pau Miquel na linha de meta, reforçando o seu estatuto de uma das grandes sensações do ano.

Com esta sequência de resultados, o ciclista mexicano não só consolida o seu impacto imediato no pelotão internacional, como mantém a Emirates em plena rota para uma época histórica.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/resultados-do-trofeo-mateotti-e-do-gp-fourmies-isaac-del-toro-bate-rui-costa-ao-sprint-paul-magnier-vence-a-classica-francesa

“"Pioneses e vidros" - Presidente da Câmara de Madrid em choque com a violência na etapa final da Vuelta”


Por: Ivan Silva

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A Volta a Espanha terminou de forma inédita e caótica. Em vez do tradicional sprint de grupo, festa e pódio final em Madrid, os ciclistas foram mandados parar numa estrada nos arredores da cidade, depois de milhares de manifestantes terem invadido o percurso e instaurado o caos. A situação rapidamente ganhou contornos políticos, com líderes partidários a tomarem posições públicas sobre os acontecimentos.

O presidente da Câmara Municipal de Madrid, José Luis Martínez-Almeida, descreveu à Marca a gravidade do que se passou. "Esta é uma das tardes mais tristes de que me lembro em Madrid. Devido à violência destas pessoas, os ciclistas tiveram de parar a corrida."

Segundo Martínez-Almeida, os protestos foram além do que mostraram as câmaras. Mais uma vez, os manifestantes espalharam pioneses e vidros nas estradas da capital, aumentando o risco para o pelotão. A invasão ocorreu pouco antes da entrada dos ciclistas na cidade, com barreiras derrubadas e a segurança incapaz de controlar a multidão. Sem condições para prosseguir, os corredores foram informados de que a corrida tinha terminado ali, sem passagem pela meta e sem cerimónia de consagração. A organização confirmou pouco depois que não haveria pódio, com as equipas a recolherem diretamente para os hotéis.

Martínez-Almeida foi duro nas palavras e acusou diretamente o governo central. "Tinham pioneses e vidros. São violentos e encorajados por declarações de outros, incluindo o primeiro-ministro espanhol", atirou, num ataque a Pedro Sánchez. "Nunca pensei que tivéssemos de cancelar uma etapa, embora estivéssemos preparados para estes protestos. Quero agradecer a Javier Guillén (diretor da Vuelta) e a todos os serviços de segurança pelo que fizeram."

Assim, a edição de 2025 da Vuelta fecha com uma vitória histórica de Jonas Vingegaard, mas também com um epílogo caótico que marcou profundamente a imagem da corrida em Madrid.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/pioneses-e-vidros-presidente-da-camara-de-madrid-em-choque-com-a-violencia-na-etapa-final-da-vuelta

“Resultados do GP de Montreal: Pogacar oferece vitória a McNulty e Emirates iguala recorde de vitórias numa só temporada”


Por: Ivan Silva

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Enquanto a Volta a Espanha monopolizava atenções na Europa, do outro lado do Atlântico a Emirates ofereceu uma verdadeira demonstração de poder no GP de Montréal, controlando a corrida do início ao fim. Brandon McNulty foi o grande vencedor, coroando um ataque de longo alcance em parceria com Tadej Pogacar, numa final em que a equipa não deu hipótese à concorrência.

A prova abriu com uma fuga numerosa e de qualidade, composta por Artem Schmidt, Jorgen Nordhagen, Andrew August, Victor Lafay, Pascal Eenkhoorn, Frank van den Broek, Embret Svestad-Bardseng, Mauro Schmid, Laurence Pithie, Jan Tratnik, Gianni Vermeersch, Lewis Askey, Alex Baudin, Harry Sweeny, Fredrik Dversnes e Marius Mayrhofer. Num cenário normal, este grupo de 15 corredores teria aspirações sérias de discutir a vitória, mas a Emirates assumiu o comando cedo e neutralizou todas as movimentações.

Nils Politt, Tim Wellens e Pavel Sivakov impuseram um ritmo sufocante, fechando a fuga quando faltavam ainda 69 quilómetros para o fim. O desgaste foi brutal: favoritos como Julian Alaphilippe e Wout van Aert foram distanciados, enquanto outros desistiram perante a intensidade da corrida.

Na penúltima subida, Brandon McNulty atacou em conjunto com Quinn Simmons. No Mont Royal, Pogacar lançou o contra-ataque do grupo perseguidor, juntou-se aos dois da frente e logo depois avançou sozinho. Simmons ainda colaborou com McNulty, mas o americano da Emirates aproveitou a situação para atacar e seguir ao encontro de Pogacar.

A dupla reencontrou-se antes da última volta e seguiu para a meta em modo celebração, completamente fora do alcance dos rivais. Quinn Simmons resistiu e completou o pódio em terceiro lugar.

Foi uma exibição de força coletiva e estratégica da Emirates, que voltou a mostrar porque é considerada uma das formações mais dominantes do pelotão mundial.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/resultados-do-gp-de-montreal-pogacar-oferece-vitoria-a-mcnulty-e-emirates-iguala-recorde-de-vitorias-numa-so-temporada

“Roberto Ferreira fecha Mundial de XCO no 53.º lugar”


Entre as sub-23 femininas, Beatriz Guerra foi 35.ª classificada

 

Por: Lusa

Foto: Federação Portuguesa de Ciclismo

O ciclista português Roberto Ferreira foi este domingo 53.º classificado na corrida de cross country olímpico, ou XCO, dos Mundiais de BTT, no encerramento da competição em Zermatt, na Suíça.

Ferreira acabou distante dos homens da frente, no qual se impôs o sul-africano Alan Hatherly, revalidando o título mundial após o bronze dos Jogos Olímpicos Paris'2024, em que se impôs o britânico Tom Pidcock, ausente por estar a competir na Volta a Espanha, na estrada.

O italiano Simone Avondetto acabou a 48 segundos do campeão do mundo, enquanto o francês Victor Koretzky, vice-campeão olímpico e vencedor do ouro nestes Mundiais, no 'short track' (XCC), ficou em terceiro, a 51.

Uma das expectativas para a prova era a prestação do neerlandês Mathieu van der Poel, que já se sagrou campeão do mundo na estrada, no ciclocrosse e em gravel, mas hoje não passou do 29.º lugar.

Entre as sub-23 femininas, Beatriz Guerra foi 35.ª classificada, numa corrida ganha pela canadiana Isabela Holmgren.

Fonte: Record on-line

“Acabou a Vuelta: João Almeida iguala melhor resultado português em grandes Voltas ao ser 2.º”


Jonas Vingegaard triunfa

 

Por: Lusa

Foto: Lusa/EPA

João Almeida igualou hoje o melhor resultado de um português numa grande Volta, ao terminar a 80.ª Vuelta na segunda posição, atrás de Jonas Vingegaard, o primeiro ciclista dinamarquês a conquistar a prova espanhola.

Aos 27 anos, o corredor de A-dos-Francos (Caldas da Rainha) fica pela segunda vez no pódio de uma grande Volta, depois de ter sido terceiro no Giro2023, e replica o feito de Joaquim Agostinho, que em 1974 também tinha sido vice-campeão na Volta a Espanha.

Após a anulação da 21.ª e última etapa, devido à invasão do circuito final por manifestantes pró-Palestina, João Almeida (UAE Emirates) concluiu a 80.ª edição da Vuelta a 01.16 minutos de Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), que juntou este triunfo aos dois alcançados no Tour (2022 e 2023). O britânico Thomas Pidcock (Q36.5) fechou o pódio, a 03.11 do dinamarquês.

A esperada tirada de consagração entre Alalpardo e Madrid não chegou ao fim, depois de milhares de pessoas com bandeiras e outros símbolos da Palestina terem invadido o circuito final na capital espanhola e de manifestantes terem 'travado' o pelotão a 56 quilómetros da meta.

Com a anulação da etapa, a geral manteve-se imutável e Almeida somou o seu segundo pódio em grandes Voltas.

Com sete presenças no 'top 10' das corridas de três semanas, o corredor da UAE Emirates aproxima-se ainda mais de Joaquim Agostinho, o maior ciclista português de todos os tempos, que somou 11 presenças entre os 10 primeiros em grandes Voltas, com destaque para os dois terceiros lugares no Tour (1978 e 1979).

Fonte: Record on-line

“"As pessoas que dizem que ele não tem capacidade técnica estão simplesmente erradas" - A lenda do BTT apoia o desafio de Mathieu van der Poel no Campeonato do Mundo”


Por: Miguel Marques

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À medida que o mundo do BTT centra atenções no Campeonato do Mundo desta tarde, uma voz experiente destaca-se no apoio ao desafio de Mathieu van der Poel: a de Nino Schurter, nove vezes campeão mundial e lenda incontornável da modalidade.

O ícone suíço, atualmente com 39 anos, prepara-se para a sua última presença num Mundial, encerrando uma carreira extraordinária que definiu uma geração inteira de ciclistas de montanha. E, mesmo a despedir-se dos holofotes, Schurter não hesita em apontar para quem acredita poder brilhar hoje.

"Mathieu é um gigante no ciclismo", afirmou ao jornal De Telegraaf. "Juntamente com Tom Pidcock, é dos poucos que consegue saltar entre disciplinas e continuar a render ao mais alto nível".

 

Van der Poel, a ameaça de luxo

 

Embora reconheça que já não está em condições de lutar pelos pódios, Schurter é taxativo quanto ao potencial do neerlandês no percurso deste ano. "Ele pode andar com os melhores aqui, sem qualquer dúvida", garantiu. "Está no local desde domingo e todos sabemos a rapidez com que consegue afinar a forma para um Mundial".

Persistem, contudo, vozes que questionam se Van der Poel tem a mesma capacidade técnica no BTT que mostra na estrada ou no ciclocrosse. Para Schurter, tal ideia não faz sentido. "Quem diz que ele não tem técnica está enganado", respondeu. "Em 2018, quando venci o título, o Mathieu estava comigo no pódio, em terceiro. Foi um momento muito especial partilhar isso com ele".

Schurter vê tanto Van der Poel como Pidcock não como convidados ocasionais, mas como ativos valiosos para a disciplina. "Estes rapazes são uma dádiva para o BTT e trazem enorme visibilidade", destacou. "Sempre que aparecem, é uma publicidade fantástica para o nosso desporto. Espero sinceramente que tanto o Mathieu como o Tom se dediquem ainda mais ao BTT no futuro. Isso proporcionaria batalhas lendárias e corridas inesquecíveis".

 

Uma despedida simbólica

 

Apesar de ser a última presença de Schurter num Mundial, as atenções na Suíça também se voltam para Mathias Flückiger, visto como a maior esperança local para as medalhas. O compatriota não esconde a cautela perante a ameaça de Van der Poel. "Sabe-se sempre que ele é perigoso no final", comentou. "Não quero de todo chegar à meta com ele ao lado, isso seria pedir problemas".

Assim, enquanto se prepara para a derradeira vénia numa competição que marcou a sua vida, Schurter olha para o futuro com otimismo. Para ele, a entrada de ciclistas vindos da estrada ou do ciclocrosse assegura a relevância e o crescimento do BTT num panorama cada vez mais global do ciclismo.

A grande questão é se Van der Poel será capaz de transformar essa promessa em arco-íris esta tarde. Mas com o apoio explícito de um dos maiores campeões da história, poucos ousarão duvidar da sua legitimidade como candidato ao título.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/btt/as-pessoas-que-dizem-que-ele-nao-tem-capacidade-tecnica-estao-simplesmente-erradas-a-lenda-do-btt-apoia-o-desafio-de-mathieu-van-der-poel-no-campeonato-do-mundo

“Resultados do Campeonato do Mundo de XCO: Alan Hatherly revalida o título e Mathieu Van der Poel fica num distante 29º lugar”


Por: Miguel Marques

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Alan Hatherly, da Team Jayco AlUla, confirmou o seu estatuto de referência no BTT mundial ao sagrar-se Campeão do Mundo de XCO pela segunda vez consecutiva, voltando a vestir a camisola arco-íris em Crans-Montana, na Suíça. A grande figura mediática da corrida, Mathieu van der Poel, não foi além do 29º lugar, muito distante das expectativas criadas.

A prova começou de forma explosiva, com Victor Koretzky a assumir a dianteira e a colocar os adversários sob pressão desde a primeira volta. Van der Poel, em estreia absoluta no Mundial de XCO desde que se voltou a focar também no BTT, conseguiu subir rapidamente no pelotão e chegou a rodar em posição de pódio, passando no terceiro lugar durante a segunda volta. No entanto, o esforço àquela altitude cobrou o seu preço e o neerlandês começou a perder o contacto com o grupo da frente logo na terceira volta, caindo irremediavelmente para fora da disputa pelas medalhas.

O momento decisivo deu-se no início da segunda volta, quando Alan Hatherly lançou um ataque demolidor. O sul-africano abriu uma vantagem superior a um minuto e meio, diferença que se revelaria inatacável até ao final. Com ritmo consistente, técnica apurada e total controlo sobre o terreno, defendeu a camisola arco-íris conquistada em 2024 e confirmou-se como a grande força dominante da disciplina.

Atrás dele, Simone Avondetto travou um duelo intenso na luta pelas medalhas, acabando por assegurar a prata. Koretzky, depois de um início agressivo, voltou a brilhar na fase final, ultrapassando Luca Schatti para conquistar o bronze. Van der Poel, incapaz de recuperar após a quebra, cruzou a meta em 29º lugar, longe dos protagonistas, mas ainda sob o olhar atento do público suíço.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/btt/resultados-do-campeonato-do-mundo-de-xco-alan-hatherly-revalida-o-titulo-e-mathieu-van-der-poel-fica-num-distante-29-lugar

“"Já não me sinto parte deste mundo" Antiga vencedora da Amstel e Flèche Wallone deixa o ciclismo aos 27 anos!”


Por: Miguel Marques

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Durante a temporada de 2022, Marta Cavalli destacou-se como uma das ciclistas mais promissoras do pelotão feminino. A italiana, então na FDJ, brilhou como trepadora e especialista em clássicas, conquistando vitórias sonantes e projetando-se como um dos grandes nomes do futuro. No entanto, três anos depois, a atleta da Team Picnic PostNL anunciou que não continuará no ciclismo profissional em 2026, encerrando a carreira aos 27 anos.

"Terminou mais uma época, mas o sabor que deixa é ligeiramente diferente... Os anos e anos passados a perseguir sonhos e objetivos estão a cobrar o seu preço, e depois de derramar litros de suor, acumular quilómetros e ultrapassar os meus limites vezes sem conta, sinto-me exausta", escreveu a ciclista numa publicação no Instagram. O anúncio foi posteriormente confirmado também pela sua equipa, num comunicado oficial.

 

Uma promessa travada pelas dificuldades

 

Depois de uma ascensão meteórica em 2022, Cavalli nunca voltou a encontrar a mesma forma. O desgaste físico, as quebras constantes de rendimento e a perda de confiança transformaram-se em obstáculos insuperáveis. "Os últimos anos têm sido incrivelmente difíceis devido aos constantes altos e baixos. Andei atrás de uma condição que nunca mais voltou. As minhas pernas nunca se sentiram tão fortes como eu gostaria e a minha motivação diminuiu", explicou.

Apesar disso, a italiana sempre resistiu à ideia de desistir, tentando regressar ao mais alto nível. "Encontrei-me muitas vezes numa encruzilhada, mas optei sempre por ficar e voltar ao jogo porque nunca gostei de desistir", acrescentou.

 

2022, a época de ouro

 

Foi com a FDJ que Cavalli viveu os melhores dias da carreira. Nesse ano, assinou uma temporada memorável: venceu a Amstel Gold Race Feminina e a Flèche Wallonne Feminina, conquistou o Mont Ventoux Dénivelé Challenge, foi 2ª na Volta a Itália Feminina e 5ª no Paris-Roubaix Feminino. Um palmarés que a projetou como uma das ciclistas mais versáteis do pelotão, capaz de competir ao mais alto nível tanto nas clássicas como nas provas por etapas.

A expectativa era que essa temporada fosse o ponto de partida para uma carreira recheada de sucessos, mas a realidade acabou por ser bem diferente. "Há um ano, enfrentei um dos momentos mais difíceis, ultrapassei-o (felizmente não sozinha) e voltei a correr com um número de corrida nas costas. Um ano depois, posso dizer tranquilamente que já não me sinto parte deste mundo e que chegou a altura de me despedir do grupo porque o meu trabalho aqui terminou", confessou.

 

Últimos lampejos e despedida

 

Em 2025, ainda conseguiu estar próxima do top 10 na primeira edição da Milano-Sanremo feminina, mas esse resultado acabou por ser insuficiente para alguém do seu nível. "Não posso esconder a minha desilusão, mas chegou o momento em que é melhor deixar para trás e perseguir outros sonhos que tive. Diverti-me tanto no selim nestes últimos anos, conheci tantas pessoas e vivi tantas aventuras sem sentido", disse.

Na hora da despedida, Cavalli não esqueceu quem esteve ao seu lado. "Tenho de agradecer a muitas pessoas, especialmente às equipas que me acompanharam e apoiaram. Chegou a altura de descobrir o mundo de uma perspetiva diferente e de viver uma vida mais ‘normal’".

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/ja-nao-me-sinto-parte-deste-mundo-antiga-vencedora-da-amstel-e-fleche-wallone-deixa-o-ciclismo-aos-27-anos

“Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua Leangel Linarez conquista a penúltima etapa da Volta à Venezuela e soma a quarta vitória da equipa”


O venezuelano Leangel Linarez voltou a brilhar na 62.ª edição da Volta Ciclista a Venezuela, ao vencer este sábado a 7.ª e penúltima etapa da corrida, realizada entre Maracay e Cagua, no estado de Aragua, num percurso de 106,2 quilómetros.

Com um terreno maioritariamente plano, a jornada favoreceu a disputa ao sprint final, no qual Linarez impôs toda a sua potência e capacidade nas chegadas em grupo, cortando a meta em 2h06m02s, à frente do pelotão compacto. Esta foi a segunda vitória individual do venezuelano nesta edição e a quarta para a Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua em solo venezuelano.

 

No final da etapa, o ciclista destacou o espírito coletivo como chave para mais este triunfo:

 

“Esta vitória é de toda a equipa, porque desde a partida tivemos o controlo da corrida, garantindo que eu estivesse bem colocado para o sprint final. O trabalho dos meus colegas foi fundamental e só assim foi possível concretizar mais um triunfo. Ganhar em casa, diante dos meus compatriotas, torna este dia ainda mais especial. É uma grande satisfação retribuir à equipa e aos adeptos com esta vitória.”

A formação portuguesa soma, assim, quatro etapas vencidas nesta Volta à Venezuela, confirmando a consistência do coletivo e a força dos seus sprinters.

Fonte: Equipa Ciclismo Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua

Ficha Técnica

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