quinta-feira, 26 de setembro de 2024

“Seleção Nacional/Daniel Moreira 37.º em corrida de luta pela sobrevivência”


Por: José Carlos Gomes

Daniel Moreira foi hoje o 37.º classificado na prova de fundo para juniores masculinos do Campeonato do Mundo de Estrada, uma ligação de 127,2 quilómetros, entre Uster e Zurique, Suíça, que coroou o italiano Lorenzo Finn como campeão mundial.

Tal como aconteceu durante a manhã na corrida feminina, a chuva copiosa fez estragos. Ainda mais porque algumas seleções resolveram correr de forma agressiva, dinamitando o pelotão ainda antes da primeira das quatro passagens pela meta.

Aproveitando uma das muitas armadilhas do circuito de Zurique – uma descida muito rápida e técnica seguida de um topo de grande inclinação -, a Dinamarca impôs um ritmo fortíssimo, que deixou na frente da corrida um grupo de 16 unidades.

“Sabíamos que a corrida poderia partir a qualquer instante, motivo pelo qual a colocação era fundamental. O Daniel não estava mal colocado, mas o ‘corte’ deu-se muito à frente. Depois, como tinha avisado os corredores, já seria muito difícil voltar a reentrar na frente da corrida”, analisa o selecionador nacional, José Poeira, que destaca a “corrida muito dura, num percurso exigente. Não é fácil terminar uma corrida destas, ainda mais com esta chuva e o frio que se apodera do corpo”.


O grupo de 16 em frente de corrida foi palco de diferentes movimentações, com a situação de corrida a mudar de forma constante. O mais audaz acabou premiado. O italiano Lorenzo Finn isolou-se à entrada para a penúltima volta ao circuito. Acabaria por ser alcançado, mas em plena volta final deixou toda a concorrência para trás e deu-se ao luxo de comemorar ao longo de quase todo o quilómetro final.

Lorenzo Finn terminou a corrida com 2h57m05s (média de 43,098 km/h), deixando o segundo classificado, o britânico Sebastian Grindley, a 2m05s, mesmo tendo pedalado em registo de marcha comemorativa no último quilómetro. O terceiro, a 3m06s, foi o neerlandês Senna Remijn.

Com a prova a decidir-se mais à frente, Daniel Moreira fez grande parte da corrida naquele que era o pelotão principal, embora sem noção de como estava a corrida à frente. “Sinceramente, nem consigo dizer onde a corrida se partiu. Vim sempre no grupo principal, mas, a partir de terminada altura, talvez devido à chuva, as sensações não foram as melhores. Sentia o corpo mole”, conta o corredor.

Isso inibiu o corredor de português de sair, nos vários ataques que foram isolando ciclistas do pelotão principal para uma chegada a conta-gotas. Daniel Moreira manteve-se no grupo e foi o 37.º classificado, entre 163 participantes, a 11m13s do vencedor.

José Miguel Moreira foi o outro representante de Portugal, mas esteve entre os 73 corredores que não terminaram a prova. O corredor português sentiu uma dor incapacitante e abandonou ainda na primeira parte da prova.

Na sexta-feira estarão em competição seis corredores portugueses. Telmo Pinão corre logo às 7h30 na prova de fundo de paraciclismo de classe C2. Serão 62,7 quilómetros, maioritariamente planos, resultantes de sete voltas a um circuito urbano desenhado no centro da cidade de Zurique.

Alexandre Montez, António Morgado, Daniel Lima, Gonçalo Tavares e Lucas Lopes são os representantes de Portugal na prova de fundo para sub-23, que começa às 11h45, em Uster, e termina em Zurique, depois de percorridos 173,6 quilómetros. Além do troço de ligação entre Uster e Zurique, os corredores irão cumprir quatro voltas e meio ao seletivo circuito em redor da cidade suíça.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Seleção Nacional/Raquel Dias foi a melhor portuguesa na prova de fundo para juniores femininas”


Por: José Carlos Gomes

Raquel Dias, 75.ª classificada, foi hoje a melhor portuguesa na prova de fundo para juniores femininas, disputada ao longo de 73,6 quilómetros, entre Uster e Zurique, Suíça, com vitória da britânica Cat Ferguson.

A corrida desenrolou-se sob chuva persistente, adicionando dificuldade ao técnico circuito em redor de Zurique, ao qual o pelotão feminino completou uma volta e meia. Os primeiros quilómetros foram de seleção natural, com as decisões a ficarem guardadas para as rampas pronunciadas após a primeira passagem pela meta.

Portugal esteve representado por Raquel Dias e por Maria Constança Marques, cuja fase de desenvolvimento desportivo apontava para olharem esta prova como mais uma oportunidade para adquirem experiência e dinâmicas de competição ao mais alto nível.

Ambas cumpriram a missão. “Perante adversárias de tanta qualidade, num percurso tão difícil e sob condições meteorológicas tão dramáticas, era importante que as duas ciclistas conseguissem terminar. Foi o que fizeram e estão de parabéns”, analisa o selecionador nacional, José Luis Algarra.


Maria Constança Marques, estreante em Mundiais e júnior de primeiro ano, foi a primeira a ceder. Perdendo o contacto com o segundo grande pelotão à entrada para o último terço da prova. Acabaria no 91.º lugar, a 13m04s da vencedora.

“Foi a minha primeira vez em Mundiais e estou muito contente por ter finalizado. Dentro das circunstâncias – uma prova muito dura, perante as melhores do mundo – foi bom para a estreia. A corrida é difícil pelas rivais, porque são elas que metem o ritmo e fazem a dureza da corrida, mas claro que a chuva contribuiu para tudo ser mais complicado”, afirma Maria Constança Marques.

Raquel Dias resistiu no segundo grande grupo, mas optou por uma condução cautelosa nas descidas, o que a levou a perder a roda das adversárias, chegando à meta no 75.º posto, a 8m11s da campeã mundial.

“Foi uma prova muito complicada. Inicialmente, as sensações não eram as melhores. Mas quando entrámos na subida comecei a recuperar alguns lugares e a sentir-me melhor. Depois optei por fazer uma descida mais controlada para conseguir terminar em segurança, porque a estrada estava muito perigosa. O grau de exigência é altíssimo. A corrida foi duríssima”, considera Raquel Dias.

A passagem nos 1100 metros da subida de Zürichbergstrasse, com rampas que chegam aos 16 por cento, dinamitou a corrida. A luta pela camisola arco-íris resumiu-se às três corredoras que se destacaram ainda longe da meta.

Cat Ferguson foi a mais forte, secundada pela espanhola Paula Ostiz e pela eslovaca Viktoria Chladonova, todas com 1h54m48s (média de 38,467 km/h).

Às 13h15 será a vez de os juniores masculinos Daniel Moreira e José Miguel Moreira saírem de Uster para uma jornada de 127,2 quilómetros, que inclui três voltas e meia ao desafiante percurso em torno de Zurique.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

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