segunda-feira, 11 de maio de 2020

“O isolamento pelo ciclista Tiago Machado: "Não podemos viver com o medo para sempre, temos de lidar com ele"”

O SAPO Desporto esteve à conversa com o ciclista Tiago Machado, para saber como se tem adaptado ao isolamento provocado pela pandemia de COVID-19.

Foto: Estela Silva/Lusa

Por: João Agre


O isolamento pelo ciclista Tiago Machado:

O ciclista Tiago Machado esteve à conversa connosco para fazer um balanço do seu período de confinamento e sobre como está a encarar a possibilidade de um cancelamento da Volta a Portugal.

O atleta da Efapel continua a treinar na estrada em segurança, até como fazia antigamente, devido à ‘solidão’ da modalidade que pratica, revelando que o que sente mais falta são mesmo as “massagens”.

Natural da freguesia de Abade de Vermoim, na sua terra natal de Vila Nova de Famalicão, Tiago Machado acredita que a edição de 2020 da Volta a Portugal vai realizar-se, para já marcada para decorrer de 29 de julho a 09 de agosto.


SAPO Desporto - Como tem sido o seu dia a dia desde que começou a pandemia?

Tiago Machado - Tem sido parecido com o que era antigamente, porque os atletas da minha modalidade (ciclismo) já costumavam treinar de forma isolada. A maior alteração, até na minha vida pessoal, foi que deixei de ir buscar o meu filho ao infantário ao final da tarde, algumas vezes levava-o aos meus sogros e pais e isso deixou de acontecer. Outra diferença é que deixei de receber massagens desde o dia 06 de março, algo que era feito com regularidade.


SD - E em questões de treino de estrada, tem notado alguma diferença?

TM - Noto algumas, principalmente na altura em que foi decretado o Estado de Emergência - atualmente vigora o Estado de Calamidade - aí não treinava tantas vezes quanto gostaria na estrada, mas agora tenho aproveitado para sair mais vezes, até porque tinha o receio de ter algum acidente e ter de ir para o hospital. Acho que todos devíamos ter consciência, algo que todos os atletas o tiveram durante este período: Preferimos perder um mês do que perder mais tempo por causa da nossa irresponsabilidade.


SD - Como é o seu dia a dia?

TM - Acordo às 07 horas para tomar o pequeno almoço, depois fico um pouco relaxado até às 09h, depois vou para o meu treino de bicicleta na estrada. Chego a casa e almoço e, por volta das 15 horas, vou deitar o meu filho para a sua sesta, ele acorda e lanchamos, ficamos a ver um bocado de televisão…


SD - É muito diferente o dia de hoje com o que era há dois meses, por exemplo?

TM - Sim, até porque hoje já teria feito a massagem, lanchava e ia buscar o meu filho à escola. Depois poderíamos jantar fora de casa.. São essas as pequenas diferenças.
 

SD - E nas questões de hábitos alimentares. Tem pecado mais nesta fase?

TM - A linha já não era muito direita, portanto… Mas tenho mantido os mesmos hábitos. Por exemplo, gosto muito de frango de churrasco, agora já não como com tanta frequência, porque já não temos a mesma confiança de o ir buscar fora. E mesmo as compras, agora são feitas online.


SD - E passatempos? Tem visto mais filmes e séries?

TM - É mais ao final do dia. À tarde, vemos desenhos animados por causa do meu filho. Temos visto a série A Espia (RTP1), Como Defender um Assassino (AXN) e Ozark (Netflix).
 

SD - Que perspetivas tem agora para a Volta a Portugal?

TM - Acredito que se vai concretizar. É com essa esperança que vamos para a estrada. A Volta é a Volta. Acredito que até à data do início da prova o pior já tenha passado, claro que não podemos baixar a guarda, cumprindo os cuidados de higiene pedidos pela DGS. Acredito que vamos retomar o rumo normal da vida. Os eventos desta envergadura vão manter-se.


SD - Acha que os portugueses precisam do desporto ou é um ato imprudente?

TM - No outro dia magoei-me em casa, na canela... podemos magoar-nos em qualquer circunstância, não podemos viver com o medo para sempre, temos de lidar com ele. É o ciclo da vida. Vão continuar a surgir casos enquanto não houver uma vacina. Temos de retomar pouco a pouco, mas com as restrições que nos pedem. Se todos tivermos essa consciência, dá para viver assim.


SD- Existem modalidades mais viáveis do que outras?

TM - Eu gostava que todas se pudessem fazer, mas quanto aos desportos de pavilhão não sei, por exemplo, até que ponto conseguiriam ser concretizados, devido à lotação, ambientes fechados...Acho que cada caso deveria ser avaliado. Quem me dera que todos pudessem retomar à normalidade.


SD - Acha que o mundo vai ser diferente?

TM - Acho que sim. As pessoas já tomaram consciência de que não precisam de estar como ‘ sardinha em lata’ ou que podem fazer mais compras online, sem ir aos supermercados, nem às farmácias. Acho que vai ser útil para criar novos hábitos mais saudáveis.

Fonte: Sapo on-line

“MOTOS CLÁSSICAS À CONQUISTA DA COSTA NOVA E BEIRA BAIXA”

Rider - Passeio de Motos Clássicas decorre nos dias 19, 20 e 21 de junho

Fotos: Joel Araújo

A próxima edição do Rider, o passeio de motos clássicas organizado anualmente pelo Museu do Caramulo, vai decorrer já nos próximos dias 19, 20 e 21 de junho. O roteiro deste ano contará com novos percursos pela região da Costa Nova, Beira Baixa e Caramulo, privilegiando estradas secundárias, paisagens naturais de montanha, beira-rio e aldeias típicas.

As experiências gastronómicas serão um dos pontos altos do passeio, onde se junta o convívio social e os sabores típicos que apontam para a riqueza cultural da região. Na Sexta-feira, dia 19, o Rider vai seguir para norte, explorando as estradas e paisagens da Costa Nova.

No Sábado, o passeio ruma em direção à Beira Baixa, passando pela Serra da Estrela e em direção a Penamacor, para visitar a coleção privada de José Megre, piloto todo-o-terreno português e o primeiro português a organizar uma equipa para participar no Paris-Dakar, em jipes UMM, naquilo que será um dos pontos altos da edição de 2020.

Neste dia, haverá ainda tempo para visitar Monsanto, a “aldeia mais portuguesa de Portugal”, a Reserva Natural da Serra da Malcata e as Portas de Ródão, onde o rio Tejo corre entrincheirado entre gigantes rochas de quartzo. No terceiro e último dia, será um dia com menos quilómetros e com o Caramulo como destino final do passeio.

O Rider é um passeio de endurance destinado a proprietários de motos históricas (com mais de 30 anos), que gostam de tirar o máximo prazer de condução da sua moto.

As edições passadas do Rider têm contado com a presença de participantes de diversas origens como Espanha, Inglaterra, Alemanha ou Holanda, para além da forte representação de participantes portugueses.

Para acompanhar o passeio, a organização garante um veículo de assistência, com atrelado para motos, para que os participantes possam desfrutar do percurso sem preocupações. Todas as condições de higiene e segurança, relacionadas com a pandemia COVID-19, serão asseguradas pela organização, de modo a minimizar os riscos para a saúde dos participantes e colaboradores.


A inscrição pode ser feita até ao dia 12 de junho, através do formulário disponível no site oficial do evento em www.rider-caramulo.com o Rider conta com o apoio do Museu do Caramulo, da Câmara Municipal de Tondela, da Yamaha, da MotoCiclismo Clásico, do Jornal dos Clássicos e do banco BPI.

Sobre o Museu do Caramulo Com mais de 60 anos de existência e visitado por mais de um milhão e meio de pessoas, o Museu do Caramulo alberga no seu espólio uma coleção de arte, uma coleção de automóveis, motos e bicicletas e uma coleção de brinquedos antigos. O Museu do Caramulo produz ainda, de forma regular, exposições temáticas e temporárias, e organiza vários eventos como o Salão Motorclássico, o Caramulo Motorfestival ou o Rider – Passeio de Motos Clássicas. Mais informação em www.museu-caramulo.net

Fonte: Museu Caramulo/Parceria Revista Notícias do Pedal


 

“Coronavírus: Federação Espanhola de Ciclismo lamenta limitações impostas pelo governo”

"Exigimos que os nossos ciclistas possam treinar sem horários e limitações, para o poderem fazer em segurança e com eficácia", frisa

Por: Lusa

A Real Federação Espanhola de Ciclismo (RFEC) mostrou-se esta segunda-feira em "total desacordo" com as medidas adotadas pelo governo na primeira fase do desconfinamento devido à pandemia da covid-19, acusando o executivo de limitar a liberdade dos atletas.

"O RFEC quer expressar total discordância com as medidas adotadas em relação à livre circulação dentro de cada província durante a fase 1. Eliminar as limitações de espaço (sempre dentro da província) e de horários é perfeitamente viável e ainda mais seguro para os nossos ciclistas, respeitando sempre os regulamentos de distância, fazendo-o individualmente e seguindo as recomendações sanitárias antes e depois do treino", considerou o organismo.

A RFEC apontou que as regras impostas na primeira fase de desconfinamento são "altamente limitadoras" para os praticantes e lamentou que existam exceções para outros desportos, mas não para o ciclismo.

"Exigimos que os nossos ciclistas possam treinar sem horários e limitações, para o poderem fazer em segurança e com eficácia", frisou.

O plano do governo impõe que a prática do desporto só poderá acontecer em dois horários previamente agendados por dia e em zonas limitadas, sem a presença de um treinador, mas abre exceções para os atletas profissionais e de alto rendimento que tenham que sair das suas províncias para aceder a centros de treinos.

A Espanha é o país europeu, e segundo no mundo, que registou mais casos de pessoas infetadas (mais de 227 mil casos) com o novo coronavírus, tendo ainda 26.744 vítimas mortais.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 280 mil mortos e infetou mais de quatro milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

Fonte: Record on-line

“Eurosport destaques da semana de 11/17 maio”

Giro Itália Etapas clássicas

Por: Vasco Simões

Com a batalha pela “Maglia Rosa” adiada devido à pandemia de COVID-19, os fãs de ciclismo têm a oportunidade de rever as melhores 21 etapas dos últimos anos do Giro d´italia. Sãp muitos bons momentos especiais que os telespetadores vão poder recorder, diáriamente às 14:30 horas.

 

Fonte: Discovery Networks

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