Por: Lusa
A Real Federação Espanhola de
Ciclismo (RFEC) mostrou-se esta segunda-feira em "total desacordo"
com as medidas adotadas pelo governo na primeira fase do desconfinamento devido
à pandemia da covid-19, acusando o executivo de limitar a liberdade dos atletas.
"O RFEC quer expressar
total discordância com as medidas adotadas em relação à livre circulação dentro
de cada província durante a fase 1. Eliminar as limitações de espaço (sempre
dentro da província) e de horários é perfeitamente viável e ainda mais seguro para
os nossos ciclistas, respeitando sempre os regulamentos de distância, fazendo-o
individualmente e seguindo as recomendações sanitárias antes e depois do
treino", considerou o organismo.
A RFEC apontou que as regras
impostas na primeira fase de desconfinamento são "altamente
limitadoras" para os praticantes e lamentou que existam exceções para
outros desportos, mas não para o ciclismo.
"Exigimos que os nossos
ciclistas possam treinar sem horários e limitações, para o poderem fazer em
segurança e com eficácia", frisou.
O plano do governo impõe que a
prática do desporto só poderá acontecer em dois horários previamente agendados
por dia e em zonas limitadas, sem a presença de um treinador, mas abre exceções
para os atletas profissionais e de alto rendimento que tenham que sair das suas
províncias para aceder a centros de treinos.
A Espanha é o país europeu, e
segundo no mundo, que registou mais casos de pessoas infetadas (mais de 227 mil
casos) com o novo coronavírus, tendo ainda 26.744 vítimas mortais.
A nível global, segundo um
balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de
280 mil mortos e infetou mais de quatro milhões de pessoas em 195 países e
territórios. Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.
Para combater a pandemia, os
governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da
população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram
drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia
mundial.
Face a uma diminuição de novos
doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a
desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar
diversas medidas.
Fonte: Record on-line
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