Por: Ivan Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
A Volta a Espanha terminou de
forma inédita e caótica. Em vez do tradicional sprint de grupo, festa e pódio
final em Madrid, os ciclistas foram mandados parar numa estrada nos arredores
da cidade, depois de milhares de manifestantes terem invadido o percurso e
instaurado o caos. A situação rapidamente ganhou contornos políticos, com
líderes partidários a tomarem posições públicas sobre os acontecimentos.
O presidente da Câmara
Municipal de Madrid, José Luis Martínez-Almeida, descreveu à Marca a gravidade
do que se passou. "Esta é uma das tardes mais tristes de que me lembro em
Madrid. Devido à violência destas pessoas, os ciclistas tiveram de parar a
corrida."
Segundo Martínez-Almeida, os
protestos foram além do que mostraram as câmaras. Mais uma vez, os
manifestantes espalharam pioneses e vidros nas estradas da capital, aumentando
o risco para o pelotão. A invasão ocorreu pouco antes da entrada dos ciclistas na
cidade, com barreiras derrubadas e a segurança incapaz de controlar a multidão.
Sem condições para prosseguir, os corredores foram informados de que a corrida
tinha terminado ali, sem passagem pela meta e sem cerimónia de consagração. A
organização confirmou pouco depois que não haveria pódio, com as equipas a
recolherem diretamente para os hotéis.
Martínez-Almeida foi duro nas
palavras e acusou diretamente o governo central. "Tinham pioneses e
vidros. São violentos e encorajados por declarações de outros, incluindo o
primeiro-ministro espanhol", atirou, num ataque a Pedro Sánchez. "Nunca
pensei que tivéssemos de cancelar uma etapa, embora estivéssemos preparados
para estes protestos. Quero agradecer a Javier Guillén (diretor da Vuelta) e a
todos os serviços de segurança pelo que fizeram."
Assim, a edição de 2025 da
Vuelta fecha com uma vitória histórica de Jonas Vingegaard, mas também com um
epílogo caótico que marcou profundamente a imagem da corrida em Madrid.
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