Australiano da Ineos Grenadiers surpreendeu todos
Por: Fábio Lima
Foto: Getty Images
Qual a melhor forma de
recuperar de uma demolidora prova como a Paris-Roubaix, com os seus 260
quilómetros e as 29 zonas de empedrado, capazes de deixar até o atleta mais bem
preparado completamente 'atordoado'
e a precisar de uma boa semana de férias? Alguns atiram-se para a relva do
velódromo e por lá ficam. Outros (a escolha mais habitual) optam para rolar na
bicicleta para soltar as pernas por alguns minutos. E depois há Cameron Wurf.
O ciclista da Ineos Grenadiers,
128.º na classificação da clássica francesa, a 22.44 minutos de Mathieu Van der
Poel, achou que não era suficiente fazer os tais 260 quilómetros e decidiu,
pouco mais de duas horas depois de cruzar a meta, fazer uma meia-maratona... a
correr, claro está! E não foi propriamente uma 'meia' a passear, já que o
australiano de 39 anos conclui-a em 1:26.55, a um ritmo médio de 4.06/km!
"Assim
que cruzei a linha de meta, mesmo estando com as pernas todas a abanar, decidi
calçar as sapatilhas e correr uma meia-maratona. Foi a oportunidade perfeita
para correr com muita fadiga nas pernas, isto numa altura em que estou a
preparar o meu próximo Ironman", explicou o ciclista.
Wurf, refira-se, chegou a
deixar o ciclismo para se dedicar ao triatlo, modalidade na qual competiu entre
2015 e 2022. Nesse período conseguiu várias vitórias em provas de relevo,
fazendo essencialmente uso da sua especial capacidade para o ciclismo e
atletismo. Antes destas duas modalidades foi também remador, tendo até
participado nos Jogos Olímpicos de Atenas'2004.
Mo Farah
não impressiona
Continuamos esta nossa ronda
semanal agora com um olhar aos resultados do fim de semana. Um deles aconteceu
no Gabão e não foi propriamente famoso para o atleta de maior nomeada. A poucos
dias do adeus oficial, aos 40 anos, Mo Farah fez um derradeiro teste antes da
Maratona de Londres e não foi além do sétimo posto no Port-Gentil 10km. O
tempo? Uns muito modestos 30.41 minutos. Farah ficou a dois minutos e meio do
vencedor, o queniano Vincent Kipkemboi (28.11), recentemente terceiro colocado
na EDP Meia Maratona de Lisboa.
Sha’Carri
Richardson voa para marca impressionante
Das estradas vamos às pistas,
para enaltecer a marca conseguida pela carismática norte-americana Sha’Carri
Richardson. Depois de toda a polémica em que se viu envolvida, e que a tirou
dos Jogos Olímpicos, a sprinter de 23 anos fez o quarto melhor tempo da
história dos 100 metros (contando marcas regulares e irregulares), ao correr em
10.57 segundos no Miramar Invitational, nos Estados Unidos. A marca, ainda
assim, não entra na lista das melhores em termos oficiais, já que foi
conseguida com vento favorável (+4.1 m/s).
Segundo as conversões dos
especialista, esta marca é o equivalente a 10.77 com vento regular, o que não
representaria um recorde pessoal para a norte-americana (10.72), mas que seria
certamente das melhores marcas dos últimos tempos.
Boston
está quase aí!
A fechar, um olhar à Maratona
de Boston, uma das mais importantes provas do mundo, que está marcada para a
próxima segunda-feira. Alguns nomes já caíram da lista de elites, mas o
principal segue lá e com a promessa de fazer algo memorável. Eliud Kipchoge, o
recordista mundial da distância, já deixou claro que quer vencer e aponta a um
recorde do percurso norte-americano - que por agora está nos 2:03.02 de
Geoffrey Mutai, em 2011.
Fonte: Record on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário