Por: Xavier Silva
Um ano depois, o Velo Clube do
Centro, agora com a equipa designada Tavfer- Mortágua-Ovos Matinados volta a
marcar presença na mais mediática e importante prova por etapas em território
nacional, a Volta a Portugal. Entre os dias 4 e 15 de agosto a equipa
Continental UCI Tavfer- Mortágua-Ovos Matinados vai participar na 83.ª Volta a
Portugal em bicicleta, a prova mais aguardada da época e que representa um
grande desafio para o coletivo que vai participar na montra do ciclismo
português.
Os sete corredores destacados
para esta competição pelo diretor desportivo Gustavo Veloso, são Rui Carvalho,
António Barbio, Gonçalo Amado, Bruno Silva, João Matias, Gonçalo Carvalho e o
mais recente vencedor do Grande Prémio de Mortágua – Pedro Silva, Ángel
Sanchez. Todos eles passaram por um estágio prolongado em altitude, na estação
de Ski de Manzaneda e Serra da Estrela, onde foi desenvolvido todo um trabalho
de preparação para este momento tão importante no percurso da equipa.
Questionado sobre os objetivos
para a prova, o diretor desportivo Gustavo Veloso, adianta que a ambição maior
seria “uma vitória de etapa seria
extraordinário para a equipa”. Mas além deste objetivo salienta “Temos uma equipa com diversas valências e que se pode
adaptar bem a vários tipos de etapas. Quanto às expectativas, essas serão de
acordo com o nosso valor, temos uma equipa experiente e isso para este tipo de
provas é muito importante, tudo o que estiver dentro das nossas possibilidades
vai ser feito e cumprido”, garantiu.
São 11 dias de competição, com
um de descanso a meio, que iniciam com um prólogo, seguindo-se 9 etapas e um
contrarrelógio individual para fechar a 83.ª edição da Volta a Portugal.
A competição inicia-se no dia
4 de agosto com um prólogo de 5,4 quilómetros em Lisboa, na zona de Belém.
Exercício curto, marcará as primeiras diferenças, que não se esperam
significativas.
Segue-se a etapa mais longa de
toda a prova, 193,5 quilómetros declaradamente para sprinters, entre Vila
Franca de Xira e Elvas. A segunda etapa começa do outro lado da fronteira, em
Badajoz, e termina, depois de percorridos 181,5 quilómetros, em Castelo Branco.
A chegada a terras albicastrenses, sempre muito técnica, costuma provocar
algumas surpresas. Em teoria será para os homens mais rápidos, mas a exigência
técnica, por vezes, parte o pelotão, deixando os sprinters “apeados”.
A terceira etapa começa na
Sertã, tem 159 quilómetros, e termina no alto da Torre, serra da Estrela. A
meta coincide com um prémio de montanha de categoria especial,
sendo alcançada pela vertente
da Covilhã, uma subida de 20,1 quilómetros, que inclui a passagem pelas Penhas
da Saúde. Após o sufoco, chega nova oportunidade de bonança para os sprinters,
uma vez que a quarta etapa, 169,1 quilómetros, entre Guarda e Viseu, não
comporta dificuldades orográficas, adaptando-se à ambição dos homens mais
rápidos.
O dia de descanso da caravana
será passado em terras de Viriato. Segue-se a grande novidade da prova, uma
tirada de 165,7 quilómetros, entre a Mealhada e o Observatório de Vila Nova,
Miranda do Corvo. A meta é também um prémio de montanha de primeira categoria,
uma escalada de 9,9 quilómetros com uma inclinação média de 8,3 por cento. É
uma dificuldade de grau superior à da subida do monte Farinha, em Mondim de
Basto, onde os corredores chegarão dias mais tarde.
A sexta etapa volta a convocar
os sprinters para o protagonismo, assim as respetivas equipas estejam dispostas
a assumir o controlo da viagem de 159,9 quilómetros entre Águeda e a Maia. A
sétima etapa, com partida de Santo Tirso, tem 150,1 quilómetros, com final em
Braga. A subida ao Sameiro, a 8,5 quilómetros da chegada, promete agitação na
fase final, inibindo, provavelmente, as aspirações dos velocistas.
A oitava etapa também
apresenta um perfil indefinido. Começa em Viana do Castelo e termina 182,4
quilómetros adiante, em Fafe. A curta, mas empinada, subida de Golães, a 4600
metros do fim, também não favorece os mais rápidos do pelotão.
Tal como vem sendo tradição,
as decisões ficam guardadas para as duas últimas etapas, chegada à Senhora da
Graça na penúltima etapa e contrarrelógio individual a fechar. A penúltima
etapa arranca de Paredes para uma ligação de 174,5 quilómetros até ao icónico
monte de Mondim de Basto. A primeira categoria, coincidente com a meta, é
antecedida pelas montanhas de Lordelo (4.ª categoria), serra do Marão (1.ª
categoria), Velão (4.ª categoria) e Barreiro (1.ª categoria).
O fim de festa acontece com um
contrarrelógio individual de 18,6 quilómetros, que começa na zona oriental da
cidade do Porto e termina na área ribeirinha de Gaia.
“A equipa
está muito confiante e motivada, e os últimos resultados assim o indicam. Houve
um grande cuidado por parte de todos os corredores para estarem na sua melhor
forma física. É a corrida do ano! E sabemos que vai ser um desafio muito duro.
Todos encaram a Volta como um grande desafio e com a vontade de mostrar o seu
valor. Não queremos ser mais uma equipa a participar, queremos ser bem falados
e dar continuidade aos bons resultados que temos vindo a apresentar”.
Fonte: Tavfer-Mortágua-Ovos
Matinados
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