Em 2020, ciclista português foi líder da Volta a Itália durante 15 dias
Por: Lusa
Foto: EPA
O português João Almeida
(Deceuninck-QuickStep) promete "lutar todos os dias" na Volta a
Itália, que arranca no sábado, depois de em 2020 ter sido quarto classificado e
líder durante 15 dias.
"Da minha parte, podem
esperar foco total, dar o meu melhor, e lutar todos os dias como sempre.
Esperemos que corra bem", declarou o atleta de 22 anos, cuja estreia
surpreendente na edição transata suscitou curiosidade.
Este ano, regressa como líder
da Deceuninck-QuickStep, algo reiterado por toda a equipa, mas ao lado do belga
Remco Evenepoel, um 'prodígio' do ciclismo que havia ganho tudo a caminho do
Giro de 2020, muitas vezes em cooperação com o português, antes de uma queda
grave na Volta à Lombardia.
Esteve meses de fora e, na
verdade, terá como regresso competitivo o contrarrelógio individual de Turim,
que lança o Giro, com a equipa a apostar forte na dupla.
"A cooperação será muito
boa. O ano passado estivemos juntos na Volta ao Algarve e na Volta a Burgos
[que Evenepoel ganhou e Almeida acabou no 'top 10'], treinamos juntos, estamos
na mesma página. A colaboração será boa, como sempre", garantiu o
português, sentado ao lado do colega.
De resto, a empatia dos dois
parece ir mais longe, seja em treinos, momentos mais descontraídos ou na
simples companhia um do outro. "Bota lume", declarou o belga, numa
referência a um mote associado ao corredor de A-dos-Francos (Caldas da Rainha),
sentado ao lado do companheiro numa conferência de imprensa.
O 'peso' do que aconteceu em
2020 sente-se mais porque os rivais "olham mais", já não é "mais
desconhecido como dantes", mas as boas memórias sobrepõem-se.
"Tenho bons sentimentos
quando penso no ano passado. Foi uma experiência incrível, que muitos não vivem
numa vida inteira. O que vivi o ano passado foi incrível e vai marcar-me para
sempre. Como pessoa, também", atirou.
É o melhor português de sempre
a participar na 'corsa rosa' mas não quer ficar-se por 2020, até porque a
experiência acumulada, como a importância "de gerir a energia" e o
quão "determinante será o último 'crono'", do dobro da extensão do da
edição transata, dá confiança.
Ela será precisa, numa edição
que vê como sendo dura e na qual, como noutros anos, "a última semana faz
toda a diferença", perante "um pelotão que este ano é muito
forte".
A 104.ª edição da Volta a
Itália arranca no sábado com um contrarrelógio em Turim, terminando em 30 de maio
com novo 'crono', desta feita em Milão.
Participam na prova três
portugueses: Almeida, Ruben Guerreiro (Education First-Nippo), vencedor da
montanha e de uma etapa no ano passado, e Nelson Oliveira (Movistar).
Fonte: Record on-line
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