Por: José Carlos Gomes
O irlandês Sam Bennett
(Deceuninck-Quick-Step) conquistou hoje a terceira etapa da Volta ao Algarve,
concluindo com um sprint impressionante os 203,1 quilómetros, iniciados em Faro
e finalizados em Tavira. Ethan Hayter (INEOS Grenadiers) vai para o
contrarrelógio com a Camisola Amarela Turismo do Algarve.
A 47.ª Volta ao Algarve continua a falar inglês, com um britânico no topo da geral e um irlandês a não dar a menor hipótese à concorrência nos sprints. Depois de se ter imposto em Portimão, Sam Bennett repetiu a dose em Tavira.
Bem lançado pelos companheiros
da Deceuninck-Quick-Step, o irlandês cimentou o estatuto de sprinter mais
vitorioso do WorldTour em 2021 com uma impressionante demonstração de força na
Avenida Zeca Afonso, onde o público acorreu em bom número, depois de autorizado
pelas autoridades locais.
Tal como na etapa inaugural, o
holandês Danny van Poppel (Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux) foi o adversário
mais duro de bater, colocando-se na segunda posição. Após lançar Bennett, o
dinamarquês Michael Mørkøv ainda conseguiu dar a terceira posição à
Deceuninck-Quick-Step. Os primeiros classificados gastaram 5h02m14s para
completar o percurso, tendo pedalado à média de 40,320 km/h.
A etapa começou muito veloz, com mais de 46 quilómetros percorridos na primeira hora. Os principais responsáveis pela façanha foram os quatro homens que resolveram sair do pelotão ao fim de 17 quilómetros de corrida para formarem a fuga do dia: Jetse Bol (Burgos-BH), Julen Irizar (Euskaltel-Euskadi), Javier Moreno (Efapel) e Henrique Casimiro (Kelly-Simoldes-UDO).
Os quatro dividiram
protagonismo e as passagens nas metas de montanha e metas volantes. Mas não
resistiram à força do pelotão. A fuga acabou anulada a 11 quilómetros do final,
o que representou 175 quilómetros à frente do pelotão.
Na chegada cumpriu-se o
esperado, com Sam Bennett a impor-se e a reforçar o comando na classificação
por pontos, sendo o dono da Camisola Verde Crédito Agrícola.
“Foi um
dia mais difícil do que o esperado, sobretudo, pelo calor. Na semana passada
treinava à chuva, com sete e oito graus e, por isso, não me senti muito bem ao
longo da etapa. Na verdade, mesmo tendo competido no UAE Tour esta foi a
primeira corrida do ano com calor a sério. A aproximação à meta foi bastante
rápida. As restantes equipas entraram com os seus líderes bem posicionados na
última curva, não estava na posição ideal, mas o arranque do Michael [Morkov]
abriu o espaço necessário e lançou-me para o sprint. É uma vitória importante,
mas devo-a aos meus colegas”, reconhece o irlandês
“voador”.
Num final acidentado, com uma queda a pouco mais de dois quilómetros do final, os três primeiros da geral mantêm o ordenamento com que iniciaram a tirada. Ethan Hayter veste a Camisola Amarela Turismo do Algarve, tendo João Rodrigues (W52-FC Porto) e Jonathan Lastra (Caja Rural-Seguros RGA) nas posições imediatas, com o mesmo tempo.
“Foi
relaxado durante grande parte do dia, mas nem por isso foi fácil. Acho que
todos estávamos bastante cansados no fim. A parte final foi acelerada, havia
vento de frente e a tensão constante de estar com os primeiros e evitar alguma
queda. Salvámos o dia, não perdemos tempo, por isso está tudo bem. Amanhã
veremos como será o contrarrelógio, o plano é simplesmente ir o mais depressa
possível”, assume Ethan Hayter.
João Rodrigues, além de segundo
da geral, teve o prazer de subir ao pódio no concelho de onde é natural,
envergando a Camisola Azul Lusíadas, da montanha. O estadunidense Sean Quinn
(Hagens Berman Axeon) permanece como melhor jovem, uma classificação
simbolizada pela Camisola Branca IPDJ.
A quarta etapa, neste sábado,
é um contrarrelógio individual de 20,3 quilómetros, em Lagoa. Será uma jornada
decisiva para a definição de uma classificação geral que permanece totalmente
em aberto.
Fonte: Federação Portuguesa
Ciclismo
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