Desde 2013 que ninguém consegue ‘travar’ a supremacia da equipa que, entretanto, se associou aos 'dragões'.
Fotos: Nuno Veiga/Lusa
Nem os efeitos da pandemia de COVID-19
parecem poder contrariar a hegemonia na Volta a Portugal da W52-FC Porto, que
tem uma panóplia de líderes, além do ciclista João Rodrigues, para impedir o
triunfo do ‘pretendente’ Joni Brandão.
Desde 2013 que ninguém
consegue ‘travar’ a supremacia da formação baseada em Sobrado (Valongo) e, em
ano de edição especial da prova rainha do calendário nacional, será difícil que
tal venha a acontecer, apesar de Joni Brandão querer ‘vingar’ a dura derrota de
2019 e de os homens de Nuno Ribeiro terem sofrido um inesperado revés no último
fim de semana, com as quedas de João Rodrigues e Amaro Antunes no Troféu
Joaquim Agostinho.
É certo que o novo
coronavírus, e a paragem competitiva por ele motivada, impediu os ‘dragões’ de
‘intimidarem’ os seus adversários ao longo da temporada, com exibições de força
e poderio que fazem qualquer um hesitar antes de atacar na Volta a Portugal, no
entanto, perspetivar um resultado final em que um dos seus líderes não seja o
vencedor é quase uma ‘miragem’.
E eles são vários: o primeiro,
inevitavelmente, é João Rodrigues, o campeão em título, que terá a previsível
companhia do regressado Amaro Antunes, um espírito livre que já foi segundo em
2017, no seu último ano no pelotão nacional, e do veterano Gustavo Veloso,
vencedor em 2014 e 2015 e terceiro classificado no ano passado.
A eles, juntam-se os suspeitos
do costume, os antigos vencedores da prova Ricardo Mestre (2011) e Rui Vinhas
(2016), além do eterno Samuel Caldeira e de Daniel Mestre, o dono da camisola
por pontos da última edição, com todos focados num objetivo único: que a
amarela final fique na equipa, independentemente de quem seja o vencedor.
Talvez seja esse o segredo do
sucesso de uma W52-FC Porto que só encontra rival numa Efapel ‘super’
reforçada, apostada em levar Joni Brandão ao triunfo que lhe escapou em 2019,
no contrarrelógio da última etapa, por apenas 27 segundos.
Num golpe de mestre, o mais
consistente representante nacional nas últimas edições da Volta a Portugal não
só ‘apetrechou’ a sua equipa, como também ‘roubou’ trabalhadores ao seu maior
rival, contratando António Carvalho e César Fonte, ex-ciclistas dos ‘dragões’,
além do experiente Tiago Machado e do explosivo Luís Mendonça, para tentar,
finalmente, melhorar os segundos lugares conquistados em 2019, 2018 e 2015.
A obsessão de Brandão pode,
contudo, esbarrar noutros aspirantes ao trono da W52-FC Porto: o incontornável
Vicente García de Mateos (Aviludo-Louletano), terceiro em 2017 e 2018 e
consideravelmente melhor contrarrelogista do que o chefe de fila da Efapel, o
confiante Frederico Figueiredo (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel), vencedor
do Troféu Joaquim Agostinho disputado no último fim de semana, ou o reaparecido
Delio Fernández (Nippo Delko Provence), terceiro da edição de 2014 e quarto no ano
seguinte.
Embora a vitória final seja, à
partida, uma luta restrita entre estes corredores, os quase seis meses de
paragem competitiva motivados pela pandemia poderão causar surpresas na edição
especial da Volta a Portugal, com homens como João Benta (Rádio
Popular-Boavista), Henrique Casimiro (Kelly-Simoldes-UDO), Joaquim Silva
(Miranda-Mortágua), Ricardo Vilela (Burgos BH), ou até Alejandro Marque (Atum
General-Tavira-Maria Nova Hotel), vencedor no distante ano de 2013, à espreita
de uma oportunidade para brilhar entre Fafe, onde no domingo arranca a edição
especial, e Lisboa, palco do contrarrelógio final, em 05 de outubro.
Fonte: Sapo on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário