José Santos assume ambição para a prova
Por: Lusa
Foto: Facebook Rádio Popular
Boavista
A Rádio Popular-Boavista quer
estar na discussão da Volta a Portugal como em anos anteriores, apesar do
número excessivo de quilómetros de contrarrelógio, assumiu José Santos.
"Em princípio, as
perspetivas são as mesmas que as de anos anteriores. Não é por termos tido uma
pandemia que serão diferentes. O Boavista, ao longo dos últimos anos, tem feito
a sua Volta, tem estado sempre naquilo que chamamos a discussão da corrida, que
é o que nos interessa", declarou à agência Lusa.
Destacando ter uma equipa
"jeitosa e versátil, com bons ciclistas, nomeadamente João Benta, Luís
Fernandes, Gonçalo Carvalho e o "explosivo e combativo" Alberto
Gallego, que pode protagonizar o papel de animador de etapas, o mais antigo
diretor desportivo nacional garantiu querer concentrar-se na luta pela geral,
abdicando da revalidação do título da montanha, conquistado em 2019 pelo então
axadrezado Luís Gomes.
"A montanha às vezes são
situações de oportunidade: [entra numa] fuga, ganha pontos, e depois de ganhar
pontos, concentra-se naquela classificação. Mas não será um objetivo que eu
diga "'vamos para ganhar o prémio da montanha'". Se surgir a
oportunidade, como surgiu no ano passado... Se um ciclista nosso entrar numa
fuga e ganhar uns pontos, pois então podemos focar-nos nessa classificação.
Agora, a priori, vamos partir para a primeira etapa com outro objetivo",
explicou.
Para José Santos, esta Volta a
Portugal "talvez seja um bocadinho diferente de anos anteriores, começa
com as dificuldades e acaba com as facilidades". "Vamos ver como as
coisas correm, depois do quarto dia não há muito espaço para dar a volta à
corrida", considerou, antes de defender que, atendendo ao número de dias
que a prova tem (nove, menos dois do que é habitual), ter duas etapas de
contrarrelógio "não faz muito sentido".
"Depois, as dificuldades
no início da Volta ainda menos sentido fazem, mas não podemos estar aqui a
criar muitas dificuldades porque é uma Volta de exceção. E esperemos que para o
ano tudo volte à normalidade", vincou.
O diretor da Rádio
Popular-Boavista sublinhou que a edição especial da prova rainha do calendário
nacional é "atípica" até pelo facto de começar com três chegadas em
alto nas primeiras quatro etapas em linha.
"Se houvesse três ou
quatro etapas com menos responsabilidade, que dessem para os ciclistas rolarem,
se conhecerem, se compararem... Mais do que nunca, esta Volta teria que ter
essa entrada. Esta entrada logo de morte, não é o melhor, seja para quem for.
Até pode ser o melhor para nós, mas é uma autentica lotaria. Nós não temos
competição, e entramos numa competição logo a matar... não me parece que seja a
melhor solução, mas pelos vistos foi a única que foi possível", concedeu.
Segundo José Santos, a
corrida, inicialmente prevista entre 29 de julho e 9 de agosto, e adiada devido
à pandemia de covid-19, estar na estrada é uma questão de trabalho e de reconhecimento
por um desporto que, "neste momento, em termos de notoriedade, é a segunda
modalidade desportiva do país".
"Nem pensamos nisso.
Sabemos que cada um tem de ter a sua responsabilidade, cada um é responsável
por si. Naturalmente, por mais cuidados que as pessoas tenham, pode-se apanhar
covid-19 em qualquer sítio. Mas, a priori, pelas condições e o grau de
responsabilidade que foi exigido das pessoas nas provas que efetuámos até ao
momento, leva-me a concluir que é capaz de correr tudo bem", respondeu
quando questionado sobre a possibilidade de haver casos positivos do novo
coronavírus na prova.
Rádio Popular-Boavista
Equipa: João Benta (Por), Hugo
Nunes (Por), Gonçalo Carvalho (Por), Luís Fernandes (Por), Daniel Silva (Por),
Alberto Gallego (Esp) e David Rodrigues (Por).
Diretor desportivo: José
Santos.
Fonte: Record on-line
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