Vidal Fitas relembra importância da vitória no troféu Joaquim Agostinho
Por: Lusa
Foto: Facebook Clube
Ciclismo-Tavira
O Atum General-Tavira-Maria
Nova Hotel acredita ter "argumentos suficientes para ambicionar lutar pelo
pódio" da Volta a Portugal, sobretudo depois de Frederico Figueiredo ter
cimentado o seu valor e de a equipa ter menos pressão após separar-se do
Sporting.
"Acho que temos
argumentos suficientes para ambicionar lutar pelo pódio da Volta. O Frederico é
o nosso líder e deu provas disso no Troféu Joaquim Agostinho. Não descuramos
também as hipóteses que o Alejandro Marque tem de lutar por esses objetivos.
Não somos favoritos a ganhar a Volta, como é obvio, mas penso que lutar por um
lugar no pódio é um objetivo bastante razoável e que está ao alcance dos nossos
atletas. É com esse objetivo que partimos para a Volta, e com essa
ambição", revelou à Lusa o diretor desportivo dos algarvios.
Vidal Fitas defendeu que
faltava um resultado como a vitória no Troféu Joaquim Agostinho, no passado
domingo, para Figueiredo "se convencer que tem esse valor, e que pode lá
estar" na discussão da prova rainha do calendário nacional. "Faltava
um resultado destes para cimentar aquilo que já sabíamos e que é o real valor
que ele tem", completou, mencionando o ciclista de 29 anos, que foi quinto
na geral em 2018 e que no ano passado teve de desistir no último dia, quando
era sétimo, devido às mazelas de uma queda no dia anterior.
A equipa algarvia, a mais
antiga do pelotão mundial, vai alinhar nesta edição especial com menos pressão,
depois de nas quatro épocas anteriores ter corrido com as cores do Sporting.
"É evidente que traz mais
pressão, uma visão diferente sobre as coisas. Enquanto a atitude das empresas é
outra. Desde que estejas a lutar pela vitória, para aquilo que é a promoção de
uma empresa é excelente. Quando perdes com um adversário direto [FC Porto], que
também é um clube, é um drama", reconheceu o técnico algarvio.
Vidal Fitas recorreu ao
exemplo da Jumbo-Visma, formação do segundo classificado da Volta a França, o
esloveno Primoz Roglic, que perdeu a amarela na véspera da chegada a Paris,
após 11 dias na liderança, para ilustrar a situação vivida pelos tavirenses
durante a sua associação aos 'leões'.
"Imagine o que era a
Jumbo-Visma chamar-se Sporting ou FC Porto. Era uma derrota, ponto. Mas para as
empresas Jumbo e Visma, embora fosse histórico ganharem um Tour, em termos de
retorno daquilo que é o investimento deles no ciclismo foi brutal, de certeza
absoluta. Os clubes têm este problema: para eles só vale a vitória e nada mais.
Os clubes querem vitórias, palmarés. Não conseguindo ganhar, tudo é mau",
sustentou.
Ultrapassada a fase verde e
branca, o diretor desportivo do Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel
concentra-se agora no percurso desta edição, que tem "um figurino um
bocadinho diferente do que costuma ter noutros anos, no escalonamento dos
pontos decisivos da Volta".
"Normalmente, os pontos
decisivos acabam por estar um bocadinho mais divididos ao longo dos dias, neste
caso estão centrados, a maior parte deles, nos primeiros quatro, cinco dias.
Considero que o contrarrelógio é uma etapa decisiva e a de Setúbal pode vir a
ser, porque tem dureza para isso. É um figurino diferente, mas não quer dizer
que não seja equilibrado ou competitivo, que eu penso que vai ser. Quem faz a
dureza das corridas são os corredores e não o percurso", realçou.
Vidal Fitas disse ainda,
relativamente ao contexto de pandemia de covid-19 em que se vai realizar a
Volta a Portugal, que todos os intervenientes na prova têm de estar
concentrados, porque "há uma série de procedimentos" que têm de
seguir, mas indicou que "a maior parte das pessoas já os
interiorizou".
Atum General-Tavira-Maria Nova
Hotel:
Equipa: Frederico Figueiredo
(Por), César Martingil (Por), Aleksandr Grigorev (Rus), David Livramento (Por),
Valter Pereira (Por), Álvaro Trueba (Esp) e Alejandro Marque (Esp).
Diretor desportivo: Vidal
Fitas.
Fonte: Record on-line
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