Manuel Correia promete ambição e empenho da equipa
Por: Lusa
Foto: Facebook Kelly Simoldes
UDO
A Kelly-Simoldes-UDO parte
para a edição especial da Volta a Portugal em bicicleta com "ambição sem
pressão", mas com a expectativa de ver Henrique Casimiro no top 10 ou até
nos cinco mais, assumiu Manuel Correia.
O diretor desportivo acredita
que da sua equipa se pode esperar "empenho e ambição sem pressão".
"Acho que não nos cabe a
nós ter essa pressão, mas vamos com a ambição de fazer algo positivo, como
temos feito ao longo da época nas poucas vezes que fomos chamados a competir.
Este ano, com mais alguma responsabilidade, com o Luís e com o Henrique. O Luís
ainda no fim de semana passado esteve perto de ganhar o [Troféu] Joaquim
Agostinho e só não ganhou por algum infortúnio. E depois temos aqueles jovens
com talento, como o Fábio, o Pedro Miguel, que a qualquer momento podem fazer
algo de muito engraçado", enumerou.
Manuel Correia ressalvou,
contudo, que "são nove etapas, duas delas em crono e não vai dar para
todos" ganharem, mas prometeu que a Kelly-Simoldes-UDO será "uma
equipa interventiva, irreverente", expectante para ver se Henrique Casimiro
consegue estar ao nível que o levou, nomeadamente, a terminar entre os 10 mais
da principal prova nacional nas últimas quatro edições.
"Vamos ver com o passar
dos dias como é que o Henrique reage e todos nós, mas penso que se tivermos o
melhor Henrique a que estamos habituados, podemos ter o Henrique no 'top 5'. A
partir daí para cima, acho que já estou a ser ambicioso demais, no entanto, se
conseguirmos colocar o Henrique no 'top 10' será ótimo", admitiu.
Outro ciclista a ter em conta,
segundo o seu diretor desportivo, é Luís Gomes, que no passado fim de semana
foi segundo no Troféu Joaquim Agostinho. "Se fomos buscar o Luís é porque
o conhecemos, sabemos de toda a sua capacidade e todo o seu potencial.
Esperamos uma grande Volta do Luís, se calhar noutro nível, noutras circunstâncias,
e outros objetivos que não a geral, mas isso o desenrolar das duas primeiras
etapas ditá-lo-á", pontuou.
Questionado sobre o percurso,
que concentra três chegadas em alto nas quatro primeiras etapas em linha,
Manuel Correia começou por enaltecer "a Federação e todos os envolvidos
por terem feito os possíveis e os impossíveis para que a Volta viesse para a
estrada nestas condições, o que é muito difícil".
"Nós também estamos a
sofrer na pele, até pelas condições financeiras que nos são apresentadas. Mas é
bom que a tenhamos, porque se não poderia estar em risco, se calhar, futuras
edições da Volta e [o futuro da] maior parte das equipas profissionais. Mas,
quanto ao percurso, vou ser um bocadinho crítico: acho que as dificuldades
estão todas nos primeiros dias, e logo aí pode ficar sentenciada a Volta a
Portugal, o que poderá retirar a espetacularidade que teríamos se tivéssemos
uma etapa ou duas de montanha ou as mais duras, como tem sido habitual, na
parte final", analisou.
Salientando ser esta "uma
critica construtiva e não depreciativa", o diretor da Kelly-Simoldes-UDO
disse que, na sua perspetiva, o percurso da prova "está mal
delineado", pelo que o público pode perder o interesse na corrida que
arranca no domingo, em Fafe, e termina em 05 de outubro, em Lisboa.
"Estamos aqui a falar mas
também depende depois da Serra da Estrela de como fica a classificação. Se as
coisas ficarem ali presas por segundos, penso que o interesse continuará de pé,
o que eu duvido", previu, antecipando que "nunca vamos poder comparar
esta Volta com as que se realizam em agosto em termos de público".
Kelly-Simoldes-UDO
Equipa: Henrique Casimiro
(Por), Luís Gomes (Por), Venceslau Fernandes (Por), Rafael Lourenço (Por),
Pedro Miguel Lopes (Por), Fábio Costa (Por) e José Sousa (Por).
Diretor Desportivo: Manuel
Correia.
Fonte: Record on-line
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