Equipa dos dragões dominadora no ciclismo nacional
Por: Lusa
Foto: Facebook W52 FC Porto
A W52-FC Porto quer prolongar
a hegemonia na Volta a Portugal e nem a recente queda do campeão em título,
João Rodrigues, abala a confiança da equipa, apesar de Nuno Ribeiro alertar
para a falta de referências.
"Vamos tentar fazer com
que seja um atleta nosso que esteja na discussão final. Vamos ver como é que
vai correr durante os dias da Volta. É um ano complicado, não há muitas
referências, temos de ir pouco a pouco", realçou o diretor desportivo que
liderou a formação de Sobrado nas suas últimas cinco vitórias das sete
consecutivas.
Neste momento, segundo Nuno
Ribeiro, a ideia da W52-FC Porto passa por "um determinado objetivo, que é
ganhar a Volta a Portugal, e depois tentar fazer com que seja como nos outros
anos ou parecido com os outros anos", quando tiveram mais do que um
ciclista no pódio final, e, se nessa luta, conquistaram outras classificações,
o que "é sempre bom para o atleta e para a equipa".
A grande dominadora do
ciclismo nacional nos últimos anos teve um fim de semana azarado, no regresso à
competição, com as quedas de João Rodrigues e Amaro Antunes no Troféu Joaquim
Agostinho, mas, de acordo com o seu diretor desportivo, "teoricamente,
está tudo bem" com o vencedor do ano passado, que "não tem nada
partido, tem só umas feridas", o que não "o impede de estar nas
melhores condições físicas no início da Volta".
O vencedor da Volta de 2003
reconheceu à Lusa que uma queda "afeta sempre alguma coisa" na moral
da equipa, principalmente no dia em que acontece. "Depois, no dia a dia,
consoante a recuperação do atleta for boa, acho que não vai afetar em nada. Os
dias de segunda e terça são os mais complicados, porque são os dias em que eles
sentem mais dores, mas penso que a partir daí recuperam para estar bem no
início da Volta", disse.
Nuno Ribeiro está mais
preocupado com a falta de referências que tem dos adversários, devido à longa
paragem competitiva motivada pela covid-19, mas acredita que todos os
candidatos estão no mesmo patamar.
"O Grande Prémio de
Torres Vedras já permitiu ver como estão as equipas, pelo menos grande parte
delas, e, a partir daí, vamos ver se as estrangeiras vêm com ideias de discutir
a Volta a Portugal, mas penso que vamos estar bem", declarou.
O diretor dos dragões analisou
ainda o percurso "totalmente diferente dos outros anos", salientando
que "foi o que se arranjou no meio de toda esta pandemia, foi aquilo que
se pôde fazer".
"Não há muito a criticar
em relação a isso, é melhor este tipo de situação do que não termos nada. Eles
[organizadores], começando em Fafe e acabando em Lisboa, também têm de tirar
partido disso, mas para as equipas ou para o espetáculo, se calhar, não é tão
bom, porque se vai centrar tudo nos primeiros dias, e depois há etapas de
chegadas ao 'sprint'", destacou, referindo-se ao facto de as quatro
primeiras etapas em linha terem três chegadas em alto, as únicas desta edição
especial.
Num contexto de covid-19, com
um restrito protocolo sanitário imposto a todos os participantes, Nuno Ribeiro
acredita que o difícil será começar a prova. "Depois de começar, tudo se
ultrapassa. Já estamos habituados a lidar com isso, porque tivemos três ou quatro
corridas, e já temos interiorizado as máscaras, a zona 0, para eles não é nada
de anormal", indicou.
A bolha em que terão de viver,
entre os dias anteriores ao arranque da corrida, em Fafe, no domingo, e 05 de
outubro, data do final da edição especial, em Lisboa, até torna mais fácil,
para Nuno Ribeiro, liderar os seus ciclistas, "porque eles estão mais
centrados na Volta a Portugal".
"Acabam por ter de se
sacrificar um bocado mais, mas é só mais uns dias e vão poder estar com a
família e com os filhos. Acho que já estão habituados a isso. Estivemos em
estágio entre todos, 18 dias", revelou, antes de considerar que essa
experiência acaba por ser uma mais valia, uma vez que o convívio torna os
colegas "quase uma família".
W52-FC Porto
Equipa: João Rodrigues (Por),
Ricardo Mestre (Por), Daniel Mestre (Por), Gustavo Veloso (Esp), Rui Vinhas
(Por), Amaro Antunes (Por) e Samuel Caldeira (Por).
Diretor desportivo: Nuno
Ribeiro.
Fonte: Record on-line
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