Joaquim Andrade reage ao
adiamento da prova rainha
Por: Lusa
Foto: Hugo Monteiro
O adiamento da 82.ª edição da
Volta a Portugal oferece tempo para aprofundar o "caráter televisivo por
excelência" associado à prova rainha do ciclismo luso, sugeriu esta
quinta-feira o diretor desportivo do Feirense.
"Esta modalidade só
consegue ser percebida na televisão. Quem está parado tem a emoção de ver o
ciclista de perto, mas não consegue ver como está a corrida. Temos de apostar
nesse formato e as autarquias que se aliem podem ter uma projeção televisiva
ainda maior do que em condições normais", apontou à agência Lusa Joaquim
Andrade.
A principal prova velocipédica
lusa, prevista de 29 de julho a 9 de agosto, foi adiada para data a determinar
ainda em 2020, devido à pandemia de covid-19, numa decisão conjunta da
organizadora Podium Events e da Federação Portuguesa de Ciclismo.
A Volta a Portugal tinha
recebido luz verde da Direção-Geral da Saúde e do Governo na segunda-feira,
atendendo às orientações para a retoma de competições ao ar livre de
modalidades individuais e à aprovação de um plano sanitário, mas assistiu à
renúncia das Câmaras Municipais de Viana do Castelo e Viseu em acolherem a
passagem da corrida.
"Realmente não estão
reunidas as melhores condições para garantir que possamos estar em todos os
lugares que estavam predestinados. Não se conseguiria alterar certas etapas em
tempo útil, pelo que a melhor opção é adiar e fazer as coisas bem até à altura
definitiva, a menos que aconteça uma hecatombe e o país fique parado",
partilhou.
Joaquim Andrade propõe a
recalendarização da Volta a Portugal para o início do outono, a coincidir com a
reta final da Volta a França, que também foi adiada devido ao novo coronavírus
e vai para a estrada entre 29 de agosto e 20 de setembro, numa decisão
relacionada com "a janela de oportunidade" proporcionada pelo
contexto epidemiológico.
"O cancelamento seria
praticamente o fim da maioria das equipas. Depois de todo o esforço que foi
feito para manter as equipas ativas neste tempo de paragem, não se concretizar
nada seria uma coisa mesmo brutal. Não quero que isso me passe pela cabeça e
penso que iremos reunir condições de segurança", afiançou.
O calendário velocipédico está
suspenso desde meados de março, devido à pandemia de covid-19, e deverá ser
retomado em 05 de julho, com uma prova de reabertura em Anadia.
Fonte: Record on-line
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