Diretor desportivo da Atum
General-Tavira-Maria Nova Hotel reage à decisão
Por: Lusa
Foto: Filipe Farinha
O adiamento da 82.ª edição da
Volta a Portugal em bicicleta vai conferir tempo ao pelotão "para se poder
preparar melhor" no plano físico e psicológico, avaliou esta quinta-feira
o diretor desportivo da Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel.
"Dará para todos se
acalmarem um pouco. Com a preocupação de estarmos a um mês da prova, havia
outras coisas que eram de certa forma deixadas para trás. Assim temos a
oportunidade de poder concretizar um calendário com alguma importância e
dimensão nos meses que faltam e isso tem a sua importância", partilhou à
agência Lusa Vidal Fitas.
A principal prova velocipédica
lusa, que estava prevista entre 29 de julho e 9 de agosto, foi hoje adiada para
data a determinar ainda em 2020, devido à pandemia de covid-19, numa decisão
conjunta da organizadora Podium Events e da Federação Portuguesa de Ciclismo.
A Volta a Portugal tinha
recebido luz verde da Direção-Geral da Saúde e do Governo na segunda-feira,
atendendo às orientações para a retoma de competições ao ar livre de
modalidades individuais e à aprovação de um plano sanitário, mas assistiu à
renúncia das Câmaras Municipais de Viana do Castelo e Viseu em acolherem a
passagem da corrida.
"No contexto atual não
importa tanto a data, mas que seja realizada uma Volta a Portugal o mais
próxima possível daquilo que nos habitou a ser enquanto um dos eventos mais
populares do país. Agosto seria sempre a altura tradicional e aquilo que todos
esperavam, mas não haverá inconveniente se for em setembro ou outubro",
apontou.
Sem consequências estimadas na
"sucessão de reveses" motivada pelo novo coronavírus, até porque
"a retoma foi há pouco tempo e só no fim de tudo se conseguirá ter uma
ideia concreta", o líder da equipa mais antiga do pelotão internacional
avisa que a realização da Volta em solo luso é "fulcral" para a
sustentabilidade de "todo o edifício do ciclismo nacional".
"As grandes voltas
mundiais também mudaram radicalmente as suas datas e não é por isso que deixam
de ter a importância que têm no contexto desportivo internacional. A Volta
continua a ter uma grande importância à escala portuguesa e não podemos ver as
coisas de maneira tradicional, já que falamos de um ano excecional",
lembrou.
Fonte: Record on-line
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