Em causa o adiamento da Volta
a Portugal
Por: Lusa
As equipas portuguesas
"precisam muito" de disputar a Volta a Portugal em bicicleta, hoje
adiada pela organização para data a determinar, realçou esta quinta-feira o
diretor desportivo da LA Alumínios-LA Sport, Hernâni Broco.
O líder da equipa do escalão
continental profissional, sediada em Pinhal de Frades, no concelho do Seixal,
frisou que a prova, cuja 82.ª edição iria decorrer entre 29 de julho e 9 de
agosto, é a "montra principal do ciclismo português", da qual várias
formações dependem para manter a atividade.
"As equipas precisam
muito deste evento. Se for realizado em setembro, será um mal menor. Se fosse
cancelado, o ciclismo português iria ter danos irreversíveis", afirmou,
contactado pela Lusa.
Responsável pela LA
Alumínios-LA Sport desde 2018, Hernâni Broco vincou que o "patrocinador
máximo" da equipa, Luís Almeida, quer vê-la na estrada em 2021, mas avisou
que as "dificuldades económicas" que se esperam no próximo ano, na
sequência da pandemia de covid-19, podem afetar outras formações.
"Nas equipas nacionais em
que o marketing é o principal retorno, este é um ano completamente novo. Com as
dificuldades económicas que provavelmente vão surgir em 2021, há equipas que
podem ficar afetadas. Se uma fica afetada, todas ficam", disse.
O antigo corredor vincou ainda
que a LA Alumínios-LA Sport tem um bloco formado por elementos como Emanuel
Duarte, vencedor da camisola da juventude em 2019, Bruno Silva e André Ramalho,
que lhe permite ambicionar, pelo menos, a vitória numa etapa da próxima Volta a
Portugal.
"Os nossos atletas
estavam na serra da Estrela, com uma preparação avançada. A fasquia, no ano
passado, foi bastante alta. Andámos com a camisola azul [prémio da montanha] e
a vitória no prémio da juventude. [Os objetivos] passavam também por essas
classificações. Mas conseguir uma vitória de etapa era um marco
importante", realçou.
Fonte: Record on-line
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