Ciclista português da UAE Emirates queria ter acabado no pódio
Por: Lusa
Foto: UAE Team Emirates
O ciclista português Ivo
Oliveira (UAE Emirates) disse este domingo à Lusa estar “feliz, mas um bocado
frustrado" com o quarto lugar final nas Boucles de La Mayenne, após vencer
o prólogo.
"Estou
feliz, mas um bocado frustrado de não ter conseguido o pódio. Mas fiz tudo o
que consegui, incluindo sprintar nos sprints intermédios, tentar também no
final", analisou, em entrevista à Lusa.
O português foi ultrapassado
na luta pelo pódio já na quarta e última etapa ganha pelo neerlandês Arvid de
Kleijn (Tudor), após ter vencido o contrarrelógio que deu início à prova do
circuito ProSeries, o segundo escalão. O ciclista da Tudor completou os 167
quilómetros entre Montsûrs e Laval em 3:55.22 horas, batendo sobre a meta o
francês Arnaud Démare (Groupama-FDJ), segundo, e o francês Axel Zingle
(Cofidis), terceiro.
Zingle ultrapassou Ivo
Oliveira, hoje 15.º a três segundos, graças às bonificações e por ter chegado
com o mesmo tempo, com Ivo Oliveira a acabar a 38 segundos do vencedor da
prova, o espanhol Oier Lazkano (Movistar).
Este prólogo estava nas contas
há muito tempo para o ciclista, campeão nacional da especialidade em 2020 e com
medalhas em Mundiais e Europeus na pista, ainda à procura de uma vitória, fora
dos Nacionais, pela UAE Emirates. "Faço
poucas promessas, mas as que faço, cumpro. Disse à equipa para me deixarem
preparar o contrarrelógio ao máximo porque podia ganhar o dia e tentar a geral.
Cumpri com o que disse", atira.
O triunfo deu-lhe "bastante confiança", e mesmo
que não tenha conseguido defender o pódio, com uma equipa de velocistas, sem a
colaboração de outras formações, e reduzida a quatro para a última tirada,
mostrou que "quando há uma oportunidade
não é desperdiçada". "Trabalho
para os outros, mas quando me dão oportunidades, não a desperdiço. Os meus
companheiros confiavam em mim, se calhar faltava-me eu ter essa confiança em
mim", admite.
Para a frente, os objetivos
passam pelos Nacionais e pela Volta a Espanha, além de provas em que trabalhará
como gregário ou lançador para outros ciclistas.
Rui Oliveira, irmão gémeo e
companheiro de equipa de Ivo, ficou em 90.º e André Carvalho (Cofidis) foi
96.º. "O Ivo já tinha este objetivo em
mente há mais de um mês. [...] Tínhamos partido só com quatro na última etapa,
foi lutarmos os quatro para uma coisa que seria muito difícil. Fizemos de tudo
e saímos daqui satisfeitos e orgulhosos. O Ivo defendeu a camisola com unhas e
dentes e nós estivemos lá para o ajudar", analisou Rui
Oliveira, à Lusa.
Fonte: Record on-line
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