Pouco
antes da chegada, já nos últimos três quilómetros, uma queda baralhou as contas
dos principais candidatos ao triunfo que há muito vinham a preparar o assalto
final, depois de 174 quilómetros a pedalar desde Miranda do Corvo. Com uma pedalada
vigorosa num terreno com alguma inclinação e numa longa reta, o homem da Amore
& Vita começou a embalar e a passar os adversários ficando ligeiramente à
frente e até com margem para festejar efusivamente a vitória. Daniel Mestre
(W52-FC Porto) foi segundo e Mateo Malucelli (Caja Rural) o terceiro.
As
contas da etapa não alteraram as primeiras posições da classificação geral e a
Camisola Amarela Santander manteve-se com Samuel Caldeira (W52-FC Porto) que
continua empatado com o suíço Gian Friesecke (Swiss Academy) e com Gustavo
Veloso. Os três têm um segundo de vantagem sobre o francês Thibault Guernalec
(Team Arkea) que lidera o Prémio da Juventude, Camisola Branca Jogos Santa
Casa.
Miranda do Corvo estreou-se na Volta
A
partida desta etapa aconteceu na engalanada e estreante vila de Miranda do
Corvo que abriu, pela primeira vez, os braços aos heróis da Volta. A
curiosidade saiu à rua para ver o garrido das camisolas. “Olha a amarela”!
Samuel Caldeira, bem-disposto, distribuiu apertos de mão e tirou fotografias
com todos. Mesmo os adversários (que no ciclismo são amigos) cumprimentaram o
comandante da classificação que na véspera foi o melhor a contornar as rotundas
de Viseu.
Partiram
de Miranda do Corvo 130 homens com a certeza que a Serra da Lousã traria as
primeiras dificuldades. Ainda o pelotão estava a acordar e já se via a trepar
para a primeira das 33 montanhas deste ano. O basco Peio Goikoetxea (Equipo
Euskadi), um dos quatro fugitivos que encabeçavam a corrida, meteu-se a jeito e
tratou de ser o líder nessa contagem de primeira categoria, com quase 40
quilómetros de prova. Imaginam que o quarteto levava 12 minutos de vantagem
nesse momento? Nada que atemorizasse o pelotão que foi…cantando e rindo e,
claro, diminuindo a diferença para os quatro, mas enquanto isso não aconteceu
Goikoetxea, já com o gosto da montanha, garantiu que ganhava outras contagens
para chegar a Leiria e ir direto ao pódio vestir a Camisola Azul Liberty
Seguros.
Depois
de tantos quilómetros em fuga - quase a etapa toda - o quarteto começou a
desfazer-se e, a faltarem menos de dez quilómetros para o fim, lá entregou a
decisão da etapa ao comboio que avançou para a meta de Leiria onde deixou os
candidatos ao sprint.
Etapa mais longa vai terminar em Loures
Esta
sexta-feira, com o primeiro fim de semana de agosto à porta, acontece a maior
distância da Volta 2019. São 198,5 km com início na Marinha Grande que, após 29
anos, regressa à Volta. O final da “maratona” vai ser empinado em Santo António
dos Cavaleiros, freguesia do município de Loures, às portas da capital. É mais
uma das estreias deste ano. Fica também esta curiosidade: Desde 1983 que a
caravana da Volta a Portugal não parava em Loures.
Fonte:
Podium
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