Por:
Lusa
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DR
O
britânico Gabriel Cullaigh (Team Wiggins) voltou esta sexta-feira a vestir a
camisola amarela na Volta ao Alentejo em bicicleta, pouco mais de um ano depois
de ter sido o primeiro líder da edição de 2018.
No
'sprint' final na 'inclinada' chegada a Mora, 176,5 quilómetros após a saída de
Santiago do Cacém, Cullaigh superou os dois quartos lugares conseguidos nas
duas primeiras etapas e venceu em 4:21.11 horas, à frente dos portugueses Luís
Mendonça (Rádio Popular-Boavista) e Rafael Silva (Efapel).
"É
muito importante [a vitória]. Primeiro, quero agradecer à equipa o trabalho que
fez para mim, foi perfeito. É especial quando a equipa se compromete contigo e
consegues vencer. Já tinha estado aqui no ano passado e venci duas etapas,
vencer de novo é realmente fantástico", disse.
Na
edição de 2018, Cullaigh vestiu a amarela após vencer a primeira etapa, para a
perder no dia a seguir, embora ainda tenha vencido a derradeira tirada, na
Praça do Giraldo, em Évora.
Se a
vitória na etapa já era boa, o dia acabou por ser 'perfeito' para a Team
Wiggins, que tem em Cullaigh o novo camisola amarela e líder dos pontos, e no
campeão neozelandês James Fouché, um dos fugitivos do dia, o novo 'rei da
montanha'. O melhor entre os jovens é também britânico, Rhys Britton, da
seleção sub-23 da Grã-Bretanha.
Com
o mesmo tempo de Cullaigh na geral estão outros 17 corredores, com Luís
Mendonça a voltar a trocar de lugar com o espanhol Vicente García de Mateos
(Aviludo-Louletano) e subir a segundo, enquanto o anterior líder, o espanhol
Enrique Sanz (Euskadi-Murias), caiu para quarto, no desempate por pontos.
As
duas etapas marcadas para sábado, uma ligação de 74,3 quilómetros, entre Ponte
de Sor e Portalegre, e um contrarrelógio de 8,4 quilómetros em Castelo de Vide,
devem ser decisivas e Cullaigh, que em 2018 perdeu mais de dois minutos no 'crono',
sabe que será complicado manter a amarela vestida.
"Vai
ser difícil. Há alguma boa competição aqui. [Enrique] Sanz está muito forte e
ainda há muita gente na frente. Acho que se vai decidir no contrarrelógio com a
subida. Esse é que vai ser o grande teste", admitiu.
A
fuga do dia acabou por ser lançada logo ao segundo quilómetro, com Tiago
Machado (Sporting-Tavira), depois de ter perdido tempo na etapa anterior, a ser
a grande figura de um quinteto, no qual estavam ainda o russo Kirill Sveshnikov
(Lokosphinx), o angolano Bruno Araújo (Bai Sicasal Petro Luanda), o espanhol
Jokin Aramburu (Euskadi) e James Fouché.
Os
fugitivos chegaram a ter 4.10 minutos de vantagem, mas acabaram por ser
absorvidos ao quilómetro 113, depois de W52-FC Porto e Aviludo-Louletano se
terem juntado à Euskadi-Murias na perseguição.
Com
as decisões marcadas para sábado, são ainda vários os candidatos ao triunfo no
lote dos ciclistas com o mesmo tempo do líder, com destaque para os 'dragões'
Raul Alarcón, bicampeão da Volta a Portugal, e João Rodrigues, que foi nono na
Volta ao Algarve.
Vicente
García de Mateos, Luís Mendonça, os experientes Rinaudo Nocentini e Alejandro
Marque, do Sporting-Tavira, ou João Benta (Rádio Popular-Boavista) a também
terem uma palavra a dizer, podendo surgir uma surpresa das equipas
estrangeiras.
O
russo Aleksandr Grigorev (Sporting-Tavira) e o português Rafael Reis (W52-FC
Porto), a sete e 14 segundos, respetivamente, ainda podem intrometer-se na
luta.
Fonte:
Record on-line
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