Por:
Lusa
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Reuters
Marcel
Kittel, da Quick Step-Floors, voltou esta quinta-feira a ser imperial,
interrompendo o marasmo da sexta etapa, para ficar a apenas duas vitórias de se
tornar o ciclista alemão mais vitorioso de sempre na Volta a França.
Desta
vez não houve lágrimas de alegria, como aconteceu no domingo, em Liège, mas
houve felicidade a rodos, com Kittel a celebrar, diante de Arnaud Démare (FDJ)
e André Greipel (Lotto Soudal), o seu 11.º triunfo na Volta a França, um
registo que o deixa a apenas uma vitória do recorde absoluto germânico, detido
por Erik Zabel,
"É
verdade que me sinto bem. Sinto-me bastante confiante com a equipa e comigo
mesmo. Estou muito feliz por ter vencido outra vez", disse o gigante
alemão.
No
seu discurso sempre plácido, o 'sprinter' da Quick Step-Floors lamentou a
excessiva importância dada às ausências de Peter Sagan e Mark Cavendish,
considerando que nada retira o valor da sua vitória: "Não há qualquer
diferença, só há duas equipas a menos [no lançamento do 'sprint'], mas o
combate é sempre o mesmo".
Os
dez segundos de entusiasmo do 'sprint' valeram por toda a tirada. Nova etapa
plana, novo marasmo - com exceção daquele guarda-sol que se atravessou na
estrada e que irritou o incansável Tiago Machado, que por pouco não foi
atingido.
Os
longos 216 quilómetros entre Vesoul e Troyes convidavam à formação de uma fuga
e ela não tardou, com Perrig Quemeneur (Direct Energie), Frederik Backaert
(Wanty-Groupe Gobert) e Vegard Stake Laengen (UAE Team Emirates) a pedalarem
destacados, com uma vantagem que chegou a rondar os quatro minutos, desde os
primeiros metros.
O
trio, que chegou a ser perseguido por um solitário Laurent Pichon
(Fortuneo-Oscaro), andou mais de duas centenas de quilómetros em fuga, sendo
apanhado dentro dos últimos 3.000 metros da meta, quando a FDJ, a Quick
Step-Floors, a Trek-Segafredo e a Sunweb assumiram as suas pretensões à tirada.
Com
a corrida lançada, e sem incidentes a adulterar o 'sprint', o melhor voltou a
ser o de sempre: vindo lá bem de trás, Kittel galgou posições e negou, sobre a
linha de meta, a segunda vitória ao campeão francês Arnaud Démare (FDJ),
garantindo uma repetição exata do pódio da segunda etapa.
Novamente
terceiro, André Greipel (Lotto Soudal) não escondeu a frustração, tanto mais
que o seu compatriota igualou, aos 29 anos, o seu número de triunfos no Tour.
Resguardado
das loucuras do 'sprint', Chris Froome (Sky) chegou tranquilamente no pelotão,
onde estavam inseridos todos os favoritos, e, na sexta-feira, vai viver o seu
47.º dia de amarelo no Tour.
"Tendo
em conta o que falta, não podia ter sido um dia mais relaxado. Nestas jornadas,
tentamos abrigar-nos do vento, manter-nos na roda dos colegas e poupar tanta
energia quanto possível para os dias difíceis que aí vêm. Não me importava de
ceder a amarela a corredores de uma fuga, que não me preocupem na geral, mas
não ficaria contente em dá-la a um dos meus rivais", assumiu o britânico.
O
tricampeão do Tour (2013, 2015 e 2016) tem o seu mais direto perseguidor, o
colega, compatriota e amigo Geraint Thomas, a 12 segundos, e o terceiro
classificado, o italiano Fabio Aru (Astana) a 14. O português Tiago Machado
(Katusha Alpecin), que esta quinta-feira perdeu 33 segundos, ocupa a 55.ª
posição, a 7.56 minutos de Froome.
Na
sexta-feira, Froome terá nova etapa de 'descanso' ativo, com a sétima tirada a
ligar Troyes e Nuits-Saint-Georges, no total de 213,5 quilómetros.
Fonte:
Record on-line
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