Por:
Marco Martins
Foto:
Filipe Farinha
O
português Tiago Machado está no Tour'2017 no papel de 'aguadeiro' de Alexander
Kristoff e Robert Kiserlovski, mas ainda assim sabe que na Katusha–Alpecin terá
oportunidade para se mostrar e eventualmente tentar a sua primeira vitória em
etapas na mais importante prova do calendário velocipédico internacional.
"Quando
vim para o Tour, já sabia para que tipo de trabalho vinha. Nesta prova, com
este tipo de dimensão como é o Tour, ganhar ou fazer classificação geral é uma
coisa muito complicada porque é preciso estar muito bem, é preciso aguentar a
pressão, e acho que não fazia sentido. Acho que o papel que o José encontrou
para mim nestas provas mais importantes, que é de trabalhar em prol dos líderes
da equipa, é a solução ideal e está visto que posso ser um dos melhores
'équipiers' do pelotão internacional. Depois também sei que nesta equipa, posso
ter as minhas oportunidades nas provas de menor dimensão, e tentar
aproveitá-las quando as oportunidades surgirem", admitiu o cilcista
nacional, de 31 anos, em declarações a Record, na chegada a Troyes.
Por
agora, com seis etapas disputadas, Machado admite que o Tour está a correr como
planeado. "Está a correr conforme esperava porque tenho feito o trabalho
que tinha de fazer. Ontem na 'Planche des Belles Filles' fui até ao início da
subida com o pelotão e depois vi que já não aguentava com as pernas e optámos por
não massacrar mais o músculo, porque o Tour é longo. Acho que vai haver
oportunidades para todos, e queria num dia de inspiração poder ter a minha
oportunidade", admitiu.
A
promessa de tentativa de vitória está feita, mas tudo depende de muitos fatores:
"Cada dia é um dia novo. Se acordar com capacidade para me meter numa
fuga, vou tentar. Depois de lá estar, veremos. Se fizer 30.°, 40.° ou 5.°, 4.°,
é o que as pernas deixarem. Isto não vale a pena pensar nisto por enquanto. O
que vier, vem com agrado".
Tiago
Machado abordou também a situação que envolveu o afastamento de Peter Sagan,
admitindo não ter opinião formada sobre essa expulsão. "Acho que as
chegadas ao sprint são todas complicadas. Aquela foi um bocado mais complicada
porque envolveu o campeão do mundo, um ciclista mediático. Mas uma chegada ao
sprint é assim, eles são malucos, eles querem meter a bicicleta onde não passa
um guiador. Se foi bem expulso ou mal expulso, não me compete a mim decidir. É
pena porque uma pessoa gosta de correr com os melhores, foi pena o Valverde ter
abandonado no primeiro dia devido à queda. Agora o Sagan, é pena os grandes
ciclistas não poderem estar na prova", finalizou.
Fonte:
Record on-line
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