Por: Miguel Marques
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Anna van der Breggen regressou
esta semana à ribalta internacional com mais um pódio no Campeonato do Mundo de
contrarrelógio. A holandesa de 35 anos teve de se contentar com a medalha de
prata em Kigali, numa prova onde a suíça Marlen Reusser foi claramente a mais
forte e conquistou a camisola arco-íris. Para Van der Breggen, o resultado teve
tanto de déjà vu como de satisfação pessoal, num ano marcado pelo regresso à
alta competição.
"É a minha quinta medalha
de prata no contrarrelógio", reconheceu após cortar a meta, em declarações
à Cycling Pro Net. "Normalmente, dir-se-ia: 'outra vez prata', mas estou
muito feliz com esta. Não estava nada à espera. O calor, a altitude, não era um
plano de ritmo normal. Tive de seguir o feeling e começar com cuidado e, no
final, estava vazia, mas muito feliz com a prata".
O traçado de Kigali, com os
seus 31 quilómetros em altitude, impôs condições extremas a todas as
participantes. Para além do ar rarefeito e do calor sufocante, as longas
descidas em alta velocidade obrigaram as ciclistas a tomar decisões em fracções
de segundo: empurrar mais nas descidas ou aproveitar cada oportunidade para
recuperar energias.
"Gosto sempre quando é um
pouco diferente", explicou Van der Breggen. "Temos de nos adaptar
àquilo a que estamos habituados. Fiz uma aposta ao começar de forma
conservadora e, no final, foi a decisão correta. Foi um contrarrelógio muito especial,
muito difícil, mas é por isso que esta medalha é linda".
A vitória de Reusser, depois
de várias épocas a falhar por pouco, marcou finalmente a consagração da suíça
na disciplina. Van der Breggen, que já conquistou o ouro em Imola 2020, não
deixou de sublinhar a exigência do momento. "Hoje foi difícil",
admitiu. "Toda a gente se apercebeu disso. É por isso que estou muito
orgulhosa desta medalha".
Com o resultado de Kigali, o
registo da neerlandesa nos Mundiais de contrarrelógio reforça a sua notável
consistência: cinco medalhas de prata e um título mundial. O destino parece
tê-la colocado de novo no segundo degrau do pódio, mas no contexto de um ano de
regresso e num percurso tão particular, esta prata tem o peso de uma vitória
moral.
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