Ciclista português venceu etapa deste domingo e lidera a classificação da montanha
Por: Lusa
O ciclista português Ruben
Guerreiro (Education First) assumiu que tinha marcado atacar na nona etapa da
Volta a Itália, que ganhou este domingo, e que deseja manter a liderança da
montanha.
"Tinha marcado este dia no livro da corrida. Foi mesmo difícil ir para a fuga. Parecia que toda a gente queria ir para a fuga. Levámos 80 quilómetros até se formar um grupo. Com muito sorte e sacrifício lá consegui o grupo. Sabíamos que as equipas que estavam a lutar pela vitória na geral não se iam importar muito. O grupo era bastante forte, mas consegui entrar e assim disputar a etapa", assumiu.
Em declarações à agência Lusa,
o ciclista do Montijo assumiu que este triunfo era há muito esperado e que por
isso festejou tão intensamente, quando foi o primeiro a cortar a meta em
Roccaraso, em 5:41.20 horas, 208 quilómetros após a saída de San Salvo.
"O festejo foi uma coisa
de instinto, foi uma emoção muito forte. Há quatro anos que tentava uma vitória
internacional. Já tinha sido campeão nacional e tinha tido vários segundos.
Finalmente [ganhei] uma etapa numa grande volta, saiu tudo dentro de mim. Foi
um festejo que nunca mais vou esquecer", referiu.
Sobre a fuga, Guerreiro revelou que tentou "explorar ao máximo os companheiros de fuga, porque eles estavam muito fortes".
"Sabia que tinha de
esperar pela última subida, porque o vento estava de frente. Havia muitos bons
contrarrelogistas e bons trepadores. Eu fiz um pouco 'bluff', mas o ciclismo é
assim. No final soube bem a vitória", afirmou.
"Esta camisola é muito bonita e muito importante para os italianos. E porque não para os portugueses também? Espero conseguir [levar] esta camisola até Milão. O [Giovanni] Visconti é segundo, a seis pontos [são oito], vai ser difícil, mas sinto-me bem. Amanhã [segunda-feira] é o dia de descanso, vou recuperar energia e lutar por esta camisola".
A chegada a Roccaraso foi
histórica para o ciclismo português, uma vez que João Almeida
(Deceuninck-QuickStep) manteve a liderança, que conquistou na terceira etapa.
"Foi um dia espetacular.
Virei costas e dei com o João líder, só lhe perguntei se era líder. Ele não
tinha percebido que eu tinha ganhado a etapa, quando percebeu abraçámo-nos os
dois muito contentes e aos saltos. Parecíamos dois miúdos que tinham tido boas
notas na escola", brincou.
Ruben Guerreiro assumiu que o
ciclismo português "está muito bem representado" e tem um grande
futuro.
"O João [Almeida] é um
grande ciclista, temos também os gémeos [Ivo e Rui Oliveira]. Há alguns sub-23
que também podem dar alegrias. O Rui Costa também continua a ganhar e o Nelson
[Oliveira] é um dos melhores contrarrelogistas do mundo. Estamos bem
representados, porque não ambicionamos a ganhar qualquer corrida no
calendário?", questionou.
Fonte: Record on-line
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