Primeira etapa é disputada no sábado, em Abu Dhabi
Por: Lusa
Foto: Lusa/EPA
O português Vasco Vilaça
assumiu esta quinta-feira o desejo de chegar ao pódio do Campeonato do Mundo de
triatlo, cuja primeira etapa é disputada no sábado, em Abu Dhabi, onde quer
testar a forma.
"[O pódio olímpico] É o
sonho que me faz continuar a treinar todos os dias e me puxa para tentar
evoluir. A experiência em Paris2024 vai fazer uma diferença grande. Aprendi
muito. É bem diferente de uma prova do mundial e cometi muitos erros por causa
disso. Essa experiência vai ajudar-me a ter melhores resultados, chegar a Los
Angeles2028 nas melhores condições", assegurou o triatleta do Benfica, de
25 anos.
Em declarações à Lusa, Vasco
Vilaça apresentou o firme objetivo de superar a quinta posição alcançada na
prova individual e na estafeta mista em Paris2024, num evento que classifica de
"muito especial" e com características "bem específicas".
Entretanto, planeia evoluir a
cada passo, exatamente o modelo tático que vai usar para as sete etapas do
Campeonato do Mundo deste ano, a primeira das quais no próximo fim de semana,
em Abu Dhabi.
"Vou com a ideia de me
posicionar para o resto da época, que vai ser muito longa. Não quero chegar já
na melhor forma, mas quero entrar num bom lugar, um top 5 ou 10, para o ranking
e para estar em boa posição no próximo desafio. Quero ser pódio no final do
mundial", vincou.
O ano posterior aos Jogos
Olímpicos costuma ser mais calmo em termos competitivos, com vários atletas a
deixarem a alta competição ou a experimentarem outras modalidades, enquanto
surgem novos valores: Vasco Vilaça também se concedeu o 'luxo' de ter três
semanas de férias, em vez de apenas uma ou duas, para um "reset
total".
"Assim tive mais tempo
para acalmar. Quero construir a forma devagarinho. Não estar a 100% agora, mas
ir devagar para evoluir o resto da época, que será encarada totalmente a sério
e a lutar pelos melhores resultados possíveis", reforçou o vice-campeão do
mundo de 2020, na altura em etapa única.
Vasco Vilaça recordou ainda a
dificuldade que Portugal sentiu para apurar as equipas mistas para Paris2024,
pelo que valorizou a integração da jovem Madalena Almeida na formação para Abu
Dhabi, composta ainda por Maria Tomé, Ricardo Batista e Miguel Tiago Silva.
"Estivemos no limite de
não entrar em Paris2024, pelo que é muito importante começarmos já a ganhar
pontos para podermos entrar nas provas, senão, depois, a qualificação complica.
É importante ter atletas novos. Têm menos experiência, porém vão crescer muito
nestes eventos. Com mais opções, podemos suprir os problemas derivados de um
elemento estar lesionado ou em baixo de forma", ilustrou.
O segundo lugar no Mundial de
2020, então decidido numa só prova devido à pandemia de covid-19, é o melhor
resultado luso na competição, sendo que Vilaça detém ainda o melhor desempenho
português desde que o título mundial de triatlo é disputado por etapas e uma
grande final com o quarto lugar quarto em 2023, depois de ter sido oitavo em
2022.
João Silva, que foi quinto em
2010 e sexto em 2013, e João Pereira, quinto em 2014 e oitavo em 2015, foram os
outros lusos a terminarem entre os 10 primeiros.
Depois de Abu Dhabi, Yokohama,
no Japão, acolhe a segunda etapa, no dia 17 de maio, prosseguindo a competição
em Itália, num local ainda por designar, em 31 de maio.
A quarta etapa vai ser
disputada em Hamburgo, na Alemanha, nos dias 12 e 13 de julho, prosseguindo em
Karlovy Vary, na República Checa, em 14 de setembro, e a etapa de Weihai, na
China, em 26 de setembro, antecede a finalíssima, que vale o dobro dos pontos,
prevista para Wollongong, na Austrália, entre 15 e 19 de outubro.
Fonte: Record on-line
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