É a sétima vitória de um ciclista português na história da Volta a Itália
Foto: Photo by Luca Bettini /
AFP
João Almeida (UAE Emirates)
venceu hoje a 16ª etapa do Giro de Itália que ligou Sabbio Chiese a Monte
Bondone, numa extensão de 203 quilómetros.
Almeida, de 24 anos, impôs-se
a Thomas no final dos 203 quilómetros entre Sabbio Chiese e Monte Bondone, com
os dois a cortarem a meta após 5:53.27 horas. O esloveno Primoz Roglic
(Jumbo-Visma) foi o terceiro, a 25 segundos.
Numa etapa com muita montanha
e muita chuva, o ciclista da Team Emirates mostrou-se a grande nível,
beneficiando também do grande trabalho dos seus colegas ao longo de grande
parte da tirada.
À entrada dos últimos oito
quilómetros, e já sem companheiros de equipa, o português atacou no grupo dos
favoritos, deixando muitas das principais figuras do Giro para trás, numa
altura da subida com pendentes acima dos 10%.
Depois de alguns quilómetros,
o britânico Geraint Thomas conseguiu juntar-se ao ciclista de A-dos-Francos,
deixando para trás Primoz Roglic, corredor da Jumbo que não conseguiu fazer a
junção, mesmo com a ajuda do colega Sepp Kuss.
No final, Almeida e Thomas
lutaram ao sprint pela vitória, com o ciclista português a ser o mais forte e a
cortar a meta em primeiro lugar.
Nas contas da geral, o
português, que já liderava a juventude, subiu a segundo, a 18 segundos do
britânico da INEOS, que recuperou a camisola rosa, enquanto Roglic é terceiro,
a 29.
João Almeida é o 3.º ciclista
luso a ganhar nesta que é a 7.ª etapa ganha por Portugal
A vencer a 16.ª etapa da Volta
a Itália, João Almeida inscreveu o seu nome no quadro de honra português da ‘corsa rosa’, ao tornando-se no terceiro
ciclista nacional a ganhar, num total de sete tiradas conquistadas.
O campeão nacional de fundo
lidera a classificação da juventude e hoje subiu a segundo na geral, a 18
segundos do britânico Geraint Thomas (INEOS), que bateu num sprint a dois no
topo de Monte Bondone.
Antes, foi com uma exibição
ofensiva que conseguiu distanciar os rivais, primeiro a solo e, depois, na
companhia do campeão do Tour2018, com os dois a disputarem entre si uma das
etapas mais determinantes desta 106.ª edição do Giro, aproveitando também para
distanciar o outro grande candidato, o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma),
terceiro na geral a 29 segundos.
Almeida sucede a Ruben
Guerreiro, que tinha vencido a nona etapa numa edição de 2020 de boa memória
para Portugal, uma vez que o ciclista de Pegões Velhos conquistou também a
classificação da montanha.
Almeida, natural das Caldas da
Rainha, também ‘brilhou’ nessa ‘corsa
rosa’, andando 15 dias com a camisola rosa, e acabando no quarto
lugar final, mas hoje escreveu nova ‘página
dourada’ do ciclismo
português.
Antes, só Acácio da Silva
tinha conseguido vencer em terras transalpinas, com a segunda parte da oitava
tirada de 1985, em Matera, e, depois, a 10.ª etapa dessa mesma edição, na
chegada a Paola.
No ano seguinte, venceu a nona
etapa, em Rieti, e a 21.ª, em Bolzano, e ‘fechou’ a conta pessoal no Monte
Etna, em 1989.
A vitória de Almeida no Monte
Bondone deixa um ‘bom presságio’ para o que resta da corrida, que termina no
domingo, uma vez que o último ciclista a erguer os braços em Monte Bondone foi
Ivan Basso, em 2006, e este mesmo trepador acabou por vencer a geral final.
João Almeida, que hoje chegou
à 10.ª vitória como profissional, engrandece um palmarés que já inclui a
vitória na geral da Volta a Polónia de 2021 além de duas etapas, ano em que
também triunfou na Volta ao Luxemburgo, com um triunfo em etapa, e se sagrou
campeão nacional de contrarrelógio.
No ano passado, ganhou uma
etapa na Volta à Catalunha e outra na Volta a Burgos, além do título nacional
de fundo.
Almeida tem numerosos outros
resultados de monta, desde logo no Giro, em que já foi quarto e sexto na geral
final, tendo ainda um quinto lugar na Volta a Espanha de 2022.
O triunfo de Almeida é também
o quinto português no calendário internacional só em 2023, depois de vitórias
de Iúri Leitão (Volta à Grécia), António Morgado (Volta a Rodes), Ruben
Guerreiro (Volta à Arábia Saudita) e Rui Costa (Troféu Calvià e Volta à
Comunidade Valenciana).
Almeida, de 24 anos, impôs-se
a Thomas no final dos 203 quilómetros entre Sabbio Chiese e Monte Bondone, com
os dois a cortarem a meta após 5:53.27 horas. O esloveno Primoz Roglic
(Jumbo-Visma) foi o terceiro, a 25 segundos.
Nas contas da geral, o
português, que já liderava a juventude, subiu a segundo, a 18 segundos do
britânico da INEOS, que recuperou a camisola rosa, enquanto Roglic é terceiro,
a 29.
Fonte: Sapo on-line
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