O campeão de 2018 garantiu que quer ajudar os seus companheiros e aproveitar as oportunidades
Por: Lusa
Foto: AFP
Geraint Thomas esclareceu hoje
que Adam Yates e Daniel Martínez serão os líderes da INEOS na 109.ª Volta a
França em bicicleta, com o campeão de 2018 a garantir querer ajudar os seus
companheiros e aproveitar as oportunidades.
“Sinto-me
bem. Chegamos a este Tour com uma equipa muito forte. Vamos correr
agressivamente, como temos feito desde o início da temporada. Adam Yates e
Daniel Martínez são os nossos líderes desde o início da temporada e vão
continuar a sê-lo. Eu quero ajudá-los e aproveitar as oportunidades que surjam”,
resumiu o galês de 36 anos.
Vencedor da ‘Grande Boucle’
em 2018 e ‘vice’ no ano seguinte, atrás do seu colega Egan Bernal, o
experiente ciclista da INEOS baixou as expectativas quanto aos seus objetivos,
mas também em relação aos da equipa, numa viagem nostálgica pelo passado da
formação mais vitoriosa da última década na Volta a França – conquistaram sete
das últimas 10 edições, sempre como Sky.
“Não é
como quando tínhamos o [Chris] Froome, o [Bradley] Wiggins ou o Bernal. Penso
que [Tadej] Pogacar e [Primoz] Roglic são os melhores dos últimos anos e serão
difíceis de bater”, reconheceu.
A era de glória da INEOS
terminou com o início do reinado de Pogacar (UAE Emirates), o bicampeão em
título, mas também com a ascensão da Jumbo-Visma de Roglic e Jonas Vingegaard,
a equipa que tomou o relevo dos britânicos no domínio do pelotão.
Ainda assim, a experiência da
formação britânica pode ‘pesar’,
com Thomas a prever surpresas na primeira semana, devido aos ventos dinamarqueses,
país onde decorrem as três primeiras etapas, e ao ‘pavé’ que
transformará a quinta tirada numa mini-Paris-Roubaix.
“Talvez
essa semana me seja mais favorável do que aos outros candidatos à geral. A
sorte terá um papel importante, assim como a meteorologia”,
defendeu.
Num dia em que as conferências
de imprensa dos principais nomes se multiplicaram, também Aleksandr Vlasov, a
competir sob bandeira neutra devido à invasão russa da Ucrânia, analisou as
suas chances de subir ao lugar mais alto do pódio em 24 de julho, em Paris.
“Evidentemente,
Pogacar é o tipo mais forte aqui. Será difícil batê-lo, mas a prova é longa e,
se correr de forma inteligente, penso que terei uma pequena possibilidade”,
defendeu o líder da BORA-hansgrohe.
Visto como um dos potenciais ‘outsiders’ na
luta entre Pogacar e a Jumbo-Visma, Vlasov, de 26 anos, notou que “algumas
equipas não esperam” que possa ganhar a Volta a França.
“Mas
acredito que posso meter-me na luta pela vitória. Como vimos nas últimas
corridas, estou em boa forma. Participo para ganhar. Veremos dia-a-dia na
corrida, no entanto um ‘top 5’ no meu primeiro Tour será um bom resultado”,
reiterou, dizendo ser inspirado pela vitória no Giro do seu companheiro Jai
Hindley, “uma força de motivação suplementar”.
A 109.ª edição da Volta a
França começa na sexta-feira em Copenhaga, na Dinamarca, e termina em 24 de
julho, em Paris.
Fonte: Sapo on-line
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