O português João Almeida (UAE Emirates), outro candidato, foi 14.º, a quatro segundos, e ocupa o mesmo posto, a 14 da camisola rosa
O ciclista neerlandês Mathieu
van der Poel (Alpecin-Fenix) confirmou hoje o favoritismo que todos lhe
apontavam ao vencer a primeira etapa da Volta a Itália, juntando a ‘maglia rosa’ à
amarela do Tour de 2021.
Van Der Poel, que em 2021
também liderou a Volta a França, cumpriu os 195 quilómetros entre Budapeste e
Visegrád em 4:35.28 horas, batendo sobre a meta o eritreu Biniam Ghirmay
(Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux), segundo, e o espanhol Pello Bilbao
(Bahrain-Victorious), terceiro.
Na geral, o neerlandês
aproveita as bonificações da chegada para liderar com quatro segundos para
Girmay e seis para Bilbao, com vários corredores a 10, incluindo o favorito à
vitória final Richard Carapaz (INEOS), sexto na tirada. O português João
Almeida (UAE Emirates), outro candidato, foi 14.º, a quatro segundos, e ocupa o
mesmo posto, a 14 da camisola rosa.
Depois do arranque na capital
húngara, e perante milhares de pessoas na estrada, vestidas de rosa ou a fazer
coreografias alusivas à prova, a primeira fuga deste Giro pertenceu a dois
italianos da Drone Hopper-Androni Giocattoli, Mattia Bais e Filippo Tagliani,
que chegaram a ter mais de 10 minutos de vantagem e foram alcançados nos
últimos 14 quilómetros.
Sem grande história até lá, os
últimos 5.500 metros concentravam as atenções, dado que o perfil ‘escarpado’ fazia
antever uma batalha entre ‘puncheurs’ e homens rápidos, com teórica desvantagem para os
‘sprinters’.
Se o francês Arnaud Démare
(Groupama-FDJ) confirmou as suspeitas, o australiano Caleb Ewan (Lotto Soudal)
ia desafiando o esperado ao surgir ao lado dos mais fortes na ascensão final.
Ainda assim, o australiano
falhou a luta por nova vitória numa etapa da ‘corsa
rosa’ ao seguir direto contra Girmay, ficando arredado do
‘sprint’ devido a queda.
Depois de seguir na roda do
eritreu, Van Der Poel acabou por se impor nos últimos 50 metros, mas teve de ‘suar’ para
vencer o surpreendente africano, vencedor da Gent-Wevelgem, e confirmar o que
todos esperavam.
Ainda assim, o 17.º vencedor
de uma etapa do Giro pelos Países Baixos juntou a ‘maglia rosa’, de líder, à amarela que tinha logrado no
Tour, em que também se estreou com a liderança, então conseguida à segunda
tirada.
O vencedor da Volta a Flandres
em 2020 e 2022 fica num grupo restrito de ciclistas que lograram liderar as
duas provas à primeira participação, ao lado de lendas como Fausto Coppi,
Jacques Anquetil ou Bernard Hinault, mas também do colombiano Fernando Gaviria
(UAE Emirates), também presente mas longe da discussão da tirada, e é o
terceiro neerlandês a consegui-lo após Wim van Est e Erik Breukink.
“É
incrível vestir a rosa depois da amarela, vamos ver o que o ‘crono’ trará.
[...] Sabia que seria difícil deixar para trás os ‘sprinters’, mesmo com uma
subida dura. Tinha boas hipóteses, mas custou”,
admitiu, no final da prova.
O ciclista de 27 anos disse
mesmo que o ‘sprint’ foi “muito
justo, com as pernas muito pesadas”, mas que está “muito feliz” com
a vitória, que além da rosa lhe dá as camisolas dos pontos e da montanha.
Só não tem a de melhor jovem,
uma tabela liderada por Girmay e na qual João Almeida é quarto, após cortar a
meta em 14.º e ceder quatro segundos para alguns dos favoritos.
Um deles é Richard Carapaz, em
sexto, bem como os neerlandeses Wilco Kelderman (BORA-hansgrohe) e Bauke
Mollema (Trek-Segafredo), um dia antes da sua especialidade, o ‘crono’.
Colegas de equipa e
compatriotas de Almeida, Rui Costa chegou em 108.º, a 2.19 minutos do vencedor,
e Rui Oliveira em 150.º, a 5.11, depois do trabalho em prol dos líderes.
No sábado, a segunda de três
etapas na Hungria é um contrarrelógio individual de 9.200 metros em Budapeste,
com uma subida categorizada de quarta categoria no final.
Fonte: Sapo on-line
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