Portuguesa entra em cena no domingo, no último dia de provas
Por: Lusa
Foto: Getty Images
A portuguesa Maria Martins
admitiu que quer ir "prova a prova"
na estreia em Jogos Olímpicos, numa participação inédita no ciclismo de pista
em Tóquio'2020, uma disciplina repleta de "adrenalina" em que compete
no omnium.
A partir das 10:00 locais
(2:00 em Lisboa), no Velódromo de Izu, a jovem de 22 anos corre scratch, tempo,
eliminação e pontos na última manhã de competição, no dia em que a Cerimónia de
Encerramento coloca um ponto final no evento.
"Estar
nos Jogos é sempre um orgulho. Olhando para trás e ver o processo que tive até
aqui, o quão difícil eu sei que foi qualificar-me para Tóquio, é especial. Era
um sonho que eu queria realizar, mas nunca pensava que fosse alcançar tão
cedo", conta à Lusa a ciclista, também campeã
nacional de fundo na estrada.
'Tata'
Martins terá a honra de encerrar na pista a participação lusa em Tóquio'2020,
com uma inédita presença no ciclismo de pista para o país. A portuguesa,
essencialmente a mulher que fez história no ciclismo de pista feminino em
Portugal, tem uma série de primeiros pódios de sempre de Portugal em
competições e traz para o omnium uma série de resultados favoráveis na prova,
série de quatro provas de pista.
Já este ano, venceu a prova de
omnium da Taça das Nações de pista de São Petersburgo, na Rússia, em que
conquistou também a corrida de eliminação, uma das duas vertentes em que parece
mais confortável, depois de ter sido bronze nos Europeus de Elite de 2020 e
segunda nos Europeus sub-23.
A outra é o scratch, onde, no
ano transato, fez história ao conquistar uma medalha no campeonato do mundo, o
bronze, já depois de em 2019 ter sido também terceira no campeonato da Europa.
A aventura na bicicleta
começou "desde pequenina",
quando ia passear com o tio, "muito em ambiente de passeio", e esses
trilhos levaram a jovem de Santarém a filiar-se no BTT, com "oito ou nove anos". "Só passados uns cinco ou seis anos é que comecei a
experimentar a pista e a estrada. Depois, a partir daí, tive de optar, porque
fazer as três vertentes era complicado, a nível de calendário e físico. Optei
pela estrada e pela pista", conta.
No velódromo, a paixão vem "muito por causa da adrenalina",
pelo "espetáculo que aquilo tem num
espaço pequeno" "São
250 metros e a ação que acontece ali. É a velocidade, adrenalina, todos esses
pontos que viciam um bocado as pessoas na pista. Depois, o ambiente que também
se vive nas competições", diferente da estrada e do BTT,
comenta.
Agora, vai fazer algo que
ainda há poucos anos parecia impensável, para a própria e para o país, que é
levar a bandeira ao ciclismo de pista dos Jogos Olímpicos, e a experiência até
aqui "tem sido muito boa"
por Izu.
"Gosto
muito aqui da zona e tenho aproveitado para descobrir esta zona do Japão.
Obviamente é diferente de estar na Aldeia Olímpica, mas o pessoal todo da pista
está aqui, acabamos por ter alguma gente. A nível do país, as pessoas têm sido
muito acolhedoras e simpáticas. Os treinos têm corrido bem, a pista é
fantástica, muito rápida, enorme, e tem tudo para serem uns Jogos Olímpicos
muito bonitos", resume.
Depois de "um bom tempo de adaptação", à
temperatura, ao fuso horário, e à pista "os
treinos vão bem", sente-se "feliz"
por estar em Tóquio'2020, e a "desfrutar
um bocado da experiência".
Para a corrida, a ideia é "ir prova a prova". "A
vantagem do omnium é que há quatro oportunidades para fazermos as coisas bem, e
é o que quero. Terminar a corrida com sentimento de satisfação e orgulho e
poder representar a minha bandeira no meu melhor nível", frisou, sem
definir um objetivo fixo de lugares dada a "concorrência
muito elevada e muitas atletas no mesmo nível".
Fonte: Record on-line
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