Fotos: João Calado
Uma, duas...e para já é só.
Iúri Leitão ganhou pelo segundo dia consecutivo na 38ª Volta ao Alentejo/1º
Grande Prémio CMTV. O final da terceira etapa com ligeira inclinação mesmo
discutido ao sprint não era perfeito para as caracteristicas do jovem corridor,
mas foi ele claramente quem foi superior em Mora
na tirada que fez a transição entre o litoral e o interior alentejano.
"É
muito bom para mim voltar a vencer aqui, depois da vitória de ontem. A minha
equipa teve um trabalho muito difícil, controlou toda a etapa, acreditaram
muito em mim, arriscaram tudo e abdicaram da própria ambição para confiarem em
mim nesta chegada, sabendo que não era muito ao meu jeito por ser tão
inclinada, ainda assim não se recusaram e deixaram tudo na estrada por mim,
estou muito feliz e agradecido a eles",
disse o vencedor.
Este foi um dia de muito
calor! O termómetro chegou a marcar 41 graus na etapa! Os 173,1 quilómetros
entre Alcácer do Sal e Mora não foram fáceis para ninguém, na véspera da dupla
jornada que poderá ser decisiva na luta pela geral.
No entanto, esta sexta-feira
foi mais um dia para os sprinters. A fuga até demorou um pouco mais a formar-se
do que nas primeiras etapas, mas depois da meta volante em Grândola, aos 22
quilómetros, finalmente deu-se a movimentação que viria a decidir o trio que
enfrentou o calor na frente da corrida.
Rúben Silva (Fortunna-Maia)
garantiu que mais uma vez uma equipa de clube portuguesa estivesse representada
na cabeça da corrida. Mas a sul-africana ProTouch colocou dois ciclistas: Callum
Ormiston - que já tinha andado na frente no primeiro dia - e Tiano da Silva.
Desta feita, a
Tavfer-Measindot-Mortágua teve de assumir o controlo no pelotão, em defesa da
Camisola Amarela Sociedade Ponto Verde do seu líder, Iúri Leitão. A diferença
nunca ultrapassou muito os seis minutos.
A primeira meta volante, em Grândola, foi ganha por Manuel Penalver (Burgos-BH), mas as duas restantes e o prémio da montanha, foram discutidos entre o trio da frente. Tiano da Silva ganhou em Alcáçovas, Ormiston em Montemor-o-Novo, enquanto os pontos máximos da montanha foram para o jovem português da Fortunna-Maia.
Rúben Silva foi o primeiro a
ceder, depois da marca dos 100 quilómetros. A dupla da ProTouch bem se esforçou
para tentar surpreender. Ormiston acabou por ficar sozinho durante alguns
quilómetros. Porém, a cerca de 30 quilómetros da meta, o pelotão começou a
reduzir a diferença de pouco mais de quatro minutos, principalmente quando a
Caja Rural se aliou à Tafver-Measindot-Mortágua.
O Final
Esperado
A expectativa de um sprint
final concretizou-se. Iúri Leitão é o primeiro a admitir que não é o tipo de
chegada que mais lhe agrada, mas até deu tempo para um festejo mais calmo e a
mostrar bem o nome da equipa que está em destaque nesta alentejana.
Mikel Aristi (Euskaltel-Euskadi)
voltou a ser segundo e Luís Mendonça (Efapel), vencedor da Volta ao Alentejo em
2018, foi terceiro. Não havendo bonificações, Leitão mantém a amarela com o
mesmo tempo que Mikel Aristi e David Gonzalez (Caja Rural-Seguros RGA), o terceiro
classificado da geral. A Camisola Verde Crédito Agrícola também é do ciclista
de Viana do Castelo, de 22 anos.
Quanto às restantes camisolas,
o japonês Masahiro Ishigami (Nippo-Provence-PTS Conti) mantém a Camisola Preta
E-Redes (Montanha) e Alex Molenaar a Branca FGil.pt (Juventude).
Dia de
Decisões
O fim de semana da alentejana
começa com etapa dupla. A quarta tirada arranca às 10h15 (partida simbólica) e
a chegada deverá acontecer às 12h30. De manhã serão 85 quilómetros entre
Monforte e Castelo de Vide. Haverá três contagens de montanha: uma segunda
categoria em Cabeço do Mouro e duas terceiras em Monte Paleiros e Senhora da
Penha. É uma etapa importante para ajudar a definir o vencedor, mas pode não
ser decisiva porque durante a tarde haverá mais ação, o contrarrelógio (quinta
etapa) de 8,4 quilómetros, que começa pelas 16 horas.
Fonte: Podium
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