Foto: jadcab / Flickr
A cidade conhecida pelo uso de
bicicletas, vai agora tomar uma medida em relação ao estacionamento destas nas
pontes. Tudo para proteger as vistas para os seus famosos canais.
Amesterdão orgulha-se de ser
uma das cidades mais amigas do ambiente em todo o mundo, pois a população (e os
visitantes da cidade) têm o hábito de percorrer as ruas de bicicleta. Contudo,
esta situação pode estar a causar alguns constrangimentos e por isso a capital
dos Países Baixos resolveu arranjar uma forma de conter o estacionamento de
bicicletas nas pontes. Através do uso de flores.
Devido à grande movimentação
de bicicletas na cidade, muitas das vezes as pessoas acabam por estacionar as
suas bicicletas nos sítios mais inoportunos. Isto acontece com muita frequência
nas famosas pontes de Amesterdão, situação que não agrada ao município, que
considera que desta forma as vistas dos mais belos canais do mundo estão a ser
“destruídas”.
Para resolver o problema, os
governantes locais resolveram colocar plantas de madeira e cestos de flores nas
pontes dos canais que são mais movimentados. Esta é uma tentativa de persuadir
os ciclistas a encontrar outros locais para estacionar as bicicletas, diz o
jornal britânico The Guardian.
Um porta-voz do município
referiu que “devido ao elevado número de bicicletas estacionadas junto às
grades das pontes, as pessoas que por lá caminham não conseguem caber nos
pequenos espaços que restam e acabam por andar na via, o que pode ser
perigoso”.
Amesterdão é conhecida por ter
mais bicicletas do que pessoas, e conta com cerca de 767 km de ciclovias. A
pandemia do novo coronavírus fez com que os habitantes da cidade optassem ainda
mais por este meio de transporte, deixando de lado carro e os transportes
públicos.
Um relatório do instituto de
conhecimento holandês para a política de mobilidade revelou que a distância
média percorrida por cada bicicleta, diariamente, aumentou para 4,1 km em julho
deste ano, número que contrasta com os 3,4 km percorridos no ano passado.
A acumulação de bicicletas nas
pontes da cidade não é o único problema. A associação Algemene Nederlandse
Wielrijders-Bond refere a necessidade de uma melhoria nos padrões de segurança
das ciclovias, pois estas estão cada vez mais cheias.
Frits van Bruggen, diretor da
ANWB, explicou que “antes da crise do coronavírus, já tínhamos ciclovias
completamente cheias, por isso este problema não é de agora”.
“Tenho 100% de certeza de que
teremos mais vítimas e acidentes nos próximos tempos porque a população opta
cada vez mais por este meio de transporte. Depois da pandemia não ousamos mais
usar transportes públicos”, rematou Bruggen.
Fonte: ZAP
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