Por:
Lusa
Foto:
Filipe Farinha
O
ciclista português Amaro Antunes (CCC) vai estrear-se em 'grandes voltas' na
Volta a Itália, que arranca no sábado para a 102.ª edição, mas chega a Bolonha
condicionado por problemas físicos sentidos nas últimas semanas.
"Era
uma corrida que estava delineada para mim como um dos objetivos, mas,
infelizmente, uma lesão perto da corrida deixou-me um pouco debilitado. Por um
lado, sinto-me 'super' feliz de poder estar no início da corrida, mas por outro
lado sinto uma ligeira revolta porque não consegui treinar como pretendia, e
acabo por saber que vou numa condição que não é aquela que desejaria",
explicou o ciclista de 28 anos à Lusa.
A
estrear-se em 'grandes voltas' logo na "mais dura das três", a lesão
poderá levar a uma reconfiguração do calendário para o resto de 2019, e "a
Volta a Espanha poderá ser uma das corridas" que passem a constar do
calendário.
Para
já, no 'Giro', terá de apostar numa tática "defensiva e de gestão de
esforço" e esperar que o corpo possa reagir da melhor forma, numa prova em
que será o único luso.
Amaro
Antunes chega à 'corsa rosa' depois de abrir a temporada na Volta à Comunidade
Valenciana, com um 28.º lugar final, antes de chegar à 'sua' Volta ao Algarve,
onde já venceu uma etapa, em 2017, e que corre na região de onde é natural.
Foi
quinto no segundo dia e 10.º no último, na chegada ao Malhão, que havia vencido
dois anos antes, para acabar em oitavo da geral, o melhor resultado até agora,
antes de correr o Paris-Nice (29.º) e a Volta ao País Basco (73.º).
Na
Volta a Itália, o registo de bons resultados portugueses é curto, sendo que
Acácio da Silva, vencedor de cinco etapas nos anos 80 do século passado, tendo
chegado a liderar a geral por dois dias, apresenta o melhor registo.
Em
2001, José Azevedo, agora diretor desportivo da Katusha-Alpecin, acabou a prova
no quinto lugar final, enquanto José Gonçalves, que corre na equipa suíça, foi
14.º em 2018, num dos melhores resultados recentes na corrida.
Olhando
para o lote de favoritos da 102.ª edição da corrida, Antunes recorda, antes de
elencar um 'escolhido', a ausência do colombiano Egan Bernal (Sky), lesionado,
olhando depois para a "grande forma" do esloveno Primoz Roglic
(Jumbo-Visma), mas também o italiano Vincenzo Nibali (Bahrain Mérida), vencedor
em 2013 e 2016.
A
102.ª edição da Volta a Itália arranca no sábado, com um contrarrelógio
individual de 8,2 quilómetros em Bolonha, terminando 21 etapas depois, em 02 de
junho, com novo 'crono' em Verona.
Fonte:
Record on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário