Por:
Lusa
Foto:
Lusa/Arquivo
As
principais equipas portuguesas partem como favoritas para a conquista da 37.ª
edição da Volta ao Alentejo em bicicleta, com Luís Mendonça, agora na Rádio
Popular-Boavista, a defender o título conquistado em 2018.
Montemor-o-Novo
dá na quarta-feira a partida para os 802,1 quilómetros da 'Alentejana' de 2019,
com Luís Mendonça a sair com o dorsal número um, depois da surpreendente
vitória no último ano, então ao serviço da Aviludo-Louletano.
Mendonça
interrompeu em 2018 uma série de sete triunfos de ciclistas de equipas
estrangeiras e é o único que pode imitar Carlos Barbero e vencer duas edições
da corrida.
A
W52-FC Porto surge como a grande candidata entre as equipas portuguesas, num
ano em que subiu ao escalão de continental profissional, e terá no espanhol
Raul Alarcón, vencedor das duas últimas Voltas a Portugal, o seu principal
favorito, secundado por nomes como o compatriota Gustavo Veloso ou português
João Rodrigues, nono na última Volta ao Algarve.
Regressado
ao pelotão português, Tiago Machado deverá ser a aposta do Sporting-Tavira,
que, de acordo com a lista de pré-inscritos, terá também na sua equipa os
experientes Rinaudo Nocentini e Alejandro Marque.
Terceiro
na última Volta a Portugal, o espanhol Vicente García de Mateos poderá manter a
vitória na Aviludo-Louletano, enquanto a Efapel, sem Jóni Brandão, deverá
apostar nos portugueses Henrique Casimiro e Sérgio Paulinho.
Além
de Luís Mendonça, a Rádio Popular-Boavista terá no seu conjunto João Benta,
sexto na Volta a Portugal de 2018.
Em
relação às equipas estrangeiras, destaque para a espanhola Euskadi-Murias, que
é, a par da W52-FC Porto, a única equipa do escalão continental profissional e
que traz ao Alentejo os seus ciclistas mais bem colocados no 'ranking' mundial,
embora fora do 'top-400'.
A
Lokosphinx, que conseguiu grandes resultados em Portugal em 2018, ou a Team
Wiggins, que liderou a Volta ao Alentejo em 2018 durante três etapas, parecem
ser as únicas capazes de contrariar os conjuntos lusos.
As
decisões da 'Alentejana' devem estar reservadas para sábado, num dia com duas
etapas, a primeira de manhã, com 74,3 quilómetros entre Ponte de Sor e
Portalegre, nos quais a passagem pelo Cabeço do Mouro, curta, mas difícil,
subida de segunda categoria a menos de seis quilómetros da meta, pode fazer
diferenças.
À
tarde, haverá uma repetição do contrarrelógio de 2018, em Castelo de Vide, com
um percurso de 8,4 quilómetros, que contempla uma desafiante passagem pela
Ermida da Senhora da Penha.
A
37.ª edição da prova começa com a etapa mais longa, entre Montemor-o-Novo e
Moura, com 208,1 quilómetros, antes de a segunda tirada ligar Mértola a
Odemira, na extensão de 182,8 quilómetros, ambas em terreno plano.
As
primeiras diferenças poderão surgir na sexta-feira, com a chegada a Mora, 176,5
quilómetros após a saída de Santiago do Cacém, a ter dois quilómetros finais em
ligeira subida.
Já
depois do dia decisivo de sábado, a 'Alentejana' termina com a ligação de duas
capitais de distrito, Portalegre e Évora, onde o vencedor será coroado na Praça
do Giraldo, após 152 quilómetros.
Se
as decisões parecem reservadas para sábado, nunca se pode descartar uma
surpresa na Volta ao Alentejo, em cujas planícies, o vento e os eventuais
'abanicos' podem mudar o rumo de uma corrida, tal como aconteceu em 2018.
Na
última edição, a corrida ficou 'partida' logo na primeira etapa, com a W52-FC
Porto a aproveitar um 'abanico' para reduzir a luta pela decisão final a menos
de duas dezenas de corredores, mas, na etapa seguinte, Veloso e Alarcón também
perderam tempo e ficaram fora da discussão.
Fonte:
Record on-line
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