Por:
Lusa
Foto:
Filipe Farinha
O
movimento por um ciclismo credível (MPCC) pediu esta quarta-feira a demissão do
presidente da Agência Mundial Antidopagem (AMA), Craing Reedir, acusado de ser
responsável de uma situação que "descredibiliza o conjunto do mundo
desportivo".
Em
carta aberta, a assembleia-geral do MPCC aponta várias insuficiências a Craing
Reedir, entre as quais a de não incluir o Tramadol na lista de substâncias
proibidas, apesar dos pedidos nesse sentido de várias organizações desportivas.
"O
MPCC defende a proibição desta substância por razões éticas, mas também em
virtude da saúde e segurança dos atletas. Deixar as coisas como estão, ameaça a
saúde dos nossos atletas", defendem.
O
organismo, criado em 2007, deplora ainda a decisão da AMA de levantar a
suspensão à Agência Russa Antidopagem (RUSADA), que tinha sido punida pela
participação num esquema de doping institucional, praticado entre 2011 e 2015.
O
antigo diretor do laboratório de Moscovo Grigory Rodchenkov, um dos principais
denunciantes do esquema de dopagem institucionalizado na Rússia, com
conhecimento e apoio estatal, qualificou então a decisão da AMA como "a
maior traição jamais feita contra a história olímpica e os atletas
honestos".
O
MPCC lembra que as duas condições importas para o levantamento da suspensão --
o reconhecimento das conclusões do relatório McLaren e o acesso aos
laboratórios anti-doping --, estão ambas por cumprir.
Além
disso, o MPCC põe em causa a forma como a AMA lidou com o caso de doping
envolvendo Chris Froome - o ciclista britânico quatro vezes vencedor da Volta à
França, testou positivo, numa análise, à substância salbutamol, um broncodilatador.
"Tratou-se
de um fiasco para a AMA (...) colocando a AMA em contradição com as suas
próprias regras, lançando o descrédito sobre a luta anti-doping",
escrevem.
"O
MPCC apela a que se retirem consequências de uma situação que descredibiliza o
conjunto do mundo desportivo e põe em causa o fundamento das regras
internacionais, pedindo a demissão do presidente da AMA", assinalam.
Fonte:
Record on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário