quinta-feira, 11 de setembro de 2025

“João Lopes: um triatleta com medula de ouro”


O triatlo tem histórias únicas de resiliência. São essas narrativas que queremos desenvolver, daqui para a frente, num espaço editorial a que vamos dar o nome de: “O triatlo mudou a minha vida”.

A história de João Lopes é a primeira que iremos contar. Aos 48 anos, a vida levou-o a enfrentar uma das provas mais duras de sempre: um transplante de medula, depois de lhe ser diagnosticada uma aplasia medular severa em dezembro de 2016, consequência de uma hepatite autoimune. Após um tratamento sem sucesso, seguiu-se, um ano depois, o transplante.

“A minha medula deixou de produzir células. Foi preciso transplantar. Esse foi o meu grande desafio antes de qualquer linha de partida”, confessa,

Antes desta nova realidade que foi obrigado e enfrentar, João era ciclista amador, tanto em estrada como em BTT, e participava regularmente em corridas de 10 km. O triatlo ainda não fazia parte da sua vida. Mas em 2022 tudo mudou, ao apoiar o amigo transplantado Christian Bayon na prova de São Martinho do Porto: “Ao almoço, ele lançou-me o desafio: ir aos Jogos Mundiais de Transplantados em Perth. Aceitei. Fiz logo o Triatlo de Sesimbra e o da Quinta do Lago. Estava dentro!”

Com apenas dois triatlos sprint no currículo, João cumpriu o requisito para alinhar em Perth, na Austrália, em abril de 2023. A estreia internacional trouxe-lhe um 6.º lugar no escalão 50-59 anos.

Seguiram-se os Jogos Europeus, em Lisboa (2024), onde arrecadou bronze no triatlo virtual (com os segmentos disputados separadamente). Mais recentemente, em Dresden, nos Jogos Mundiais, alcançou o 4.º lugar no triatlo, a apenas um passo do pódio. Pelo caminho, foi somando várias participações em provas nacionais, consolidando o gosto pela modalidade.

Para João Lopes, cada competição tem um significado que vai muito além do resultado:

“O desporto para transplantados é uma excelente forma de nos mantermos saudáveis e cuidarmos do nosso transplante. Temos limitações, claro, mas o exercício é sempre benéfico.”

A experiência dos Jogos Mundiais impressionou-o particularmente:

“Em Dresden éramos cerca de 1800 atletas. É uma família enorme. Revemo-nos, celebramos a vida e construímos amizades fantásticas. Mais do que competir, é a prova de que estamos vivos.”

A história completa da sua doença e da primeira participação pode ser lida no artigo “Medalha de prata, medula de ouro”, publicado em TopCycling.pt.

Se conheceres alguma história que se enquadre no espaço “O triatlo mudou a minha vida”, envia informação para comunicacao@federacao-triatlo.pt

Fonte: Federação Triatlo Portugal


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