Nelson Oliveira foi o melhor dos corredores nacionais, na 44.ª posição
Por: Lusa
Foto: Federação Portuguesa de
Ciclismo
O selecionador José Poeira
reconheceu este domingo que Portugal queria "mais"
na prova de fundo dos Mundiais de ciclismo de estrada, na qual
Nelson Oliveira foi o melhor dos corredores nacionais, na 44.ª posição.
"Queremos
sempre mais. Sei que o percurso não nos favorecia muito e, com o azar que
tivemos pelo meio, acabámos por não conseguir o resultado que desejávamos.
Queríamos e acreditávamos que conseguiríamos fazer melhor, mas acho que, tendo
em conta as circunstâncias da corrida, foi o resultado possível",
concedeu o selecionador português, citado em comunicado da Federação Portuguesa
de Ciclismo.
O experiente Nelson Oliveira
foi o melhor dos representantes nacionais na prova de fundo dos Mundiais de
Wollongong (Austrália), chegando no 44.º lugar, a 3.01 minutos do belga Remco
Evenepoel, o novo campeão mundial, enquanto João Almeida, 'chefe de fila' da
seleção, foi apenas 60.º, a 5.16.
"Também
acredito que o problema de saúde que o João Almeida teve e que o impediu de
participar no contrarrelógio também fez com que hoje não estivesse tão forte.
Esta era uma prova muito longa e difícil e o facto de ter estado algum tempo
sem treinar devido a esse problema poderá ter influenciado a sua
prestação", estimou José Poeira, referindo-se aos
problemas gastrointestinais e febre que o quinto classificado da Vuelta
apresentou à chegada à Austrália.
Depois de conseguir colocar
Nelson Oliveira e Ivo Oliveira no grupo da frente, na primeira movimentação 'orquestrada' pela França, a grande 'dinamizadora' da jornada, Portugal 'falhou' o bem-sucedido ataque do grupo
onde seguia Evenepoel, a cerca de 70 quilómetros da meta.
"Quando
se deu esse ataque, ainda era muito cedo e chegámos a pensar que a fuga poderia
não ter êxito. Além disso, no momento em que se deu o ataque, não conseguimos
estar no sítio certo para responder", disse Poeira.
O selecionador revelou que,
nessa altura, a equipa nacional já tinha perdido Rui Oliveira, que "teve uma avaria na bicicleta quando estava num
grupo que tentou sair do pelotão atrás do grupo onde seguia o Remco".
"Este
problema surgiu numa altura complicada da corrida, em que existiam muitas
movimentações, perdeu terreno quando teve de mudar a roda e nunca mais
conseguiu recolar. Sei que no 'sprint' final o Rui poderia ter feito um bom
resultado, mas as circunstâncias da corrida e este percalço que ele teve não o
permitiram estar lá", pontuou.
Rui Oliveira não terminou a
prova, ao contrário do seu irmão Ivo, que foi 83.º, a 9.31 de Evenepoel.
O ciclista belga Remco
Evenepoel sagrou-se hoje campeão mundial de fundo, ao cortar isolado a meta no
final da 'prova rainha' dos Mundiais de ciclismo de estrada, que
decorreram em Wollongong, na Austrália.
O belga de 22 anos isolou-se
nos derradeiros 25 quilómetros dos 266,9 da prova de fundo e cortou a meta com
o tempo de 6:16.08 horas, deixando o pelotão, comandado pelo francês Christophe
Laporte, prata, e o australiano Michael Matthews, bronze, a 2.21 minutos.
O vencedor da Volta a Espanha,
que sucede no palmarés dos Mundiais ao francês Julian Alaphilippe, seu colega
de equipa na Quick-Step Alpha Vinyl, junta a camisola arco-íris em elites ao
título mundial que conquistou em júnior, em 2018, tornando-se no segundo
ciclista a fazê-lo depois do norte-americano Greg LeMond.
Fonte: Record on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário