Percurso renovado com o mesmo conceito de sempre
Por: José Carlos Gomes
A 48.ª edição da Volta ao Algarve, na estrada
entre 16 e 20 de fevereiro, conta com um percurso profundamente renovado, mas
com o mesmo conceito: etapas para todos os perfis de corredores. Só as chegadas
à Fóia e ao Malhão se mantêm relativamente à edição de 2021, mas com
aproximações diferentes às subidas finais.
A cidade de Portimão volta a receber o grande
início da competição, no dia 16 de fevereiro. A zona ribeirinha acolherá a
apresentação das equipas e as primeiras pedaladas, que levarão os corredores a
percorrer 199,1 quilómetros até Lagos, onde se espera uma emocionante disputa
ao sprint, à semelhança do que aconteceu entre 2017 e 2020, quando venceram
Fernando Gaviria (2017), Dylan Groenewegen (2018) e Fabio Jakobsen (2019 e
2020).
A segunda etapa é aguardada como um dos
primeiros embates entre os candidatos à classificação geral. Começa em
Albufeira e termina, depois de cumpridos 182,4 quilómetros, na Fóia, ponto mais
alto do Algarve, no concelho de Monchique. A meta coincide com um prémio de
montanha de primeira categoria. A subida final terá uma aproximação diversa do
que tem sucedido. Em vez da Pomba, os corredores terão de escalar a Picota (2.ª
categoria, 9,3 km com inclinação média de 5,5 por cento). O alto da Picota
dista 7,4 quilómetros do sopé da Fóia (7,1 quilómetros de extensão e inclinação
média de 6,8 por cento). Nos últimos anos impuseram-se neste local Luis León
Sánchez (2016), Daniel Martin (2017), Michal Kwiatkowski (2018), Tadej Pogačar
(2019), Remco Evenepoel (2020) e Ethan Hayter (2021).
A terceira etapa é a mais longa da competição.
Arranca no Alentejo, em Almodôvar, e estende-se por 209,1 quilómetros, até
Faro. A capital do Algarve já não recebia uma chegada da Volta ao Algarve desde
2008, ano em que o alemão Robert Förster se impôs ao sprint. Em 2022 a viagem
está desenhada para premiar, novamente, os homens rápidos do pelotão.
A maior novidade da 48.ª Volta ao Algarve é a
quarta etapa, por ser o contrarrelógio mais extenso dos últimos anos e por
marcar o regresso ao percurso da corrida de Vila Real de Santo António, que já
não recebia uma partida de etapa desde 2009.
O contrarrelógio de 2022 terá 32,2 quilómetros, unindo Vila Real de Santo António a Tavira. Pela extensão, permite que os contrarrelogistas puros possam gerir a corrida – incluindo as etapas de montanha – de molde a colocarem-se entre os favoritos ao triunfo na geral. Nas últimas vezes que Tavira foi palco de um contrarrelógio os vencedores da etapa foram Stijn Devolder (2008), Alberto Contador (2009) e Tony Martin (2013).
As decisões ficam guardadas para a quinta e
última etapa, 173 quilómetros entre Lagoa e o alto do Malhão, Loulé. Num
percurso rompe-pernas, assistir-se-á ao regresso da dupla escalada no Malhão, a
primeira a 24 quilómetros do final e a segunda coincidindo com o final da
etapa. Este local está no percurso da Volta ao Algarve, ininterruptamente,
desde 2009. Os últimos cinco vencedores no Malhão foram Amaro Antunes (2017),
Michal Kwiatkowski (2018), Zdenek Štybar (2019), Miguel Ángel López (2020) e
Élie Gesbert (2021).
Percurso
16 de fevereiro: 1.ª etapa: Portimão – Lagos,
199,1 km
17 de fevereiro: 2.ª etapa: Albufeira – Fóia
(Monchique), 182,4 km
18 de fevereiro: 3.ª etapa: Almodôvar – Faro,
209,1 km
19 de fevereiro: 4.ª etapa: Vila Real de Santo
António – Tavira, 32,2 km (CRI)
20 de fevereiro: 5.ª etapa: Lagoa – Malhão
(Loulé), 173 km
Equipas
A Volta ao Algarve será disputada por 25
equipas. Dez formações são de categoria WorldTeam e cinco ProTeam, às quais se
juntam as dez equipas continentais portuguesas inscritas na UCI para 2022:
WorldTeams:
Astana Qazaqstan Team, Bora-hansgrohe, Cofidis,
Groupama-FDJ, INEOS-Grenadiers, Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux, Quick-Step
Alpha Vinyl Team, Team Jumbo-Visma, Trek-Segafredo e UAE Team Emirates.
ProTeams:
Alpecin-Fenix,
Caja Rural-Seguros RGA, Euskaltel-Euskadi, Human Powered Health e Team
Arkéa-Samsic
Continentais:
ABTF-Feirense, Atum General-Tavira-AP Maria
Nova Hotel, Aviludo-Louletano-Loulé Concelho, Efapel Cycling,
Glassdrive-Q8-Anicolor, Kelly-Simoldes-UDO, LA Alumínios-Credibom-Marcos Car,
Rádio Popular-Paredes-Boavista, Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados e W52-FC Porto
Últimos vencedores
2021 – João Rodrigues (W52-FC Porto)
2020 – Remco Evenepoel (Deceuninck-QuickStep)
2019 – Tadej Pogačar (UAE Team Emirates)
2018
– Michal Kwiatkowski (Team SKY)
2017
– Primož Roglič (Team Lotto NL-Jumbo)
2016
– Geraint Thomas (Team SKY)
2015
– Geraint Thomas (Team SKY)
2014
– Michal Kwiatkowski (Omega Pharma-QuickStep)
2013
– Tony Martin (Omega Pharma-QuickStep)
2012 – Richie Porte (Team SKY)
Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo
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