Por: SIF // AJO
O ‘patrão’ da
Deceuninck-QuickStep confirmou hoje que o ciclista português João Almeida não
vai renovar contrato e vai abandonar a equipa no final de 2021, no dia em que
foi quarto classificado no arranque da Volta à Itália.
Numa coluna que assina no
jornal Het Nieuwsblad, Patrick Lefevere confirmou que o português “vai deixar a
equipa no final da época”, apontando o dedo ao agente, que mostrou “pouco
respeito nas negociações”.
“Disse-me: ‘Patrick, juro nos
meus filhos que’... sou alérgico a isto. Quem é honesto não precisa de usar
essa linguagem”, criticou.
João Almeida registou hoje o
quarto melhor tempo no contrarrelógio individual que abriu o Giro, conseguindo
a melhor marca entre os candidatos à vitória final, num ano em que regressa a
Itália depois do quarto lugar final de 2020, com 15 dias seguidos como líder.
Este ano, tem a companhia do
‘prodígio’ belga Remco Evenepoel, a regressar à competição após ausência
prolongada, e muito se tem especulado sobre a verdadeira liderança da equipa.
“São as pernas que decidirão
[a estratégia da equipa]. (...) Não quero saber se ganho o Giro com um belga ou
um português, a equipa é mais importante. O João é o líder, o Remco tem
liberdade. Se o Remco for mais forte dos dois e o João não quiser fazer o que
esperamos, arrumamos-lhe a bicicleta e abandona a corrida”, escreveu.
De resto, essa situação é
“exatamente igual no caso oposto”, frisando que o coletivo é o mais forte, no
dia do arranque da 104.ª edição, com Almeida, a correr no segundo ano na
formação belga, e no WorldTour, em quarto e Evenepoel em sétimo.
Na liderança da geral está o
italiano Filippo Ganna (INEOS), que repetiu o feito de 2020 ao vencer a
primeira etapa na especialidade em que é campeão do mundo.
Fonte: Lusa
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