Por: Lusa
Foto: Reuters
O percurso das 21 etapas será
largamente o mesmo, salvo "algumas pequenas alterações", mas
"todas as comunidades contactadas" espalhadas pelo país, que
receberão partidas ou chegadas, manifestaram vontade de continuar a receber a
'Grande Boucle'.
"O espírito do Tour será
o mesmo, as grandes dificuldades as mesmas. Não será um Tour em 'saldos'.
Tivemos provas nos últimos tempos de que o mundo do ciclismo tem apenas uma
esperança, que a Volta a França exista. Toda a gente precisava de saber para
ajustar datas. Os corredores precisavam de um objetivo, e agora estarão mais
serenos e poderão treinar e participar em provas antes disto", explicou o
diretor da corrida francesa.
Segundo Prudhomme, esta será a
edição mais tardia de todas as 107 da corrida, mas isso "não impedirá a
prova de ser um sucesso popular", mesmo que "a caravana vá ser
afetada pelas previsíveis dificuldades económicas", que podem levar a uma
contenção de custos.
Existirão "menos
veículos" na caravana publicitária e "talvez uma área técnica menos
significativa, em termos de quantidade de televisões", e o diretor não
deixou quaisquer garantias sobre as restrições de entrada em França para
ciclistas de outros países, ainda que o vencedor de 2019, Egan Bernal, seja
colombiano e corra pela britânica INEOS.
O dirigente da ASO garante
ainda que a alteração teve em mente também a União Ciclista Internacional
(UCI), que hoje anunciou a decisão tomada, mas também "representantes das
equipas e ciclistas".
A necessidade de adiar o Tour,
que iria originalmente decorrer entre 27 de junho e 19 de julho, tornou-se
quase uma certeza no início desta semana, quando o Governo francês proibiu a
realização de eventos de massas até meados de julho, devido à pandemia de
covid-19.
Em comunicado, a UCI dá conta
de um novo prolongamento da suspensão do calendário velocipédico para todas as
provas até 01 de julho e para as provas do WorldTour até 01 de agosto.
Com o calendário ainda em
aberto, serão reorganizados os cinco 'monumentos', ou seja, a Milão-Sanremo, a
Volta a Flandres, o Paris-Roubaix, a Liège-Bastogne-Liège e a Volta a
Lombardia, com os Mundiais de Aigle-Martigny, na Suíça, ainda marcados para de
20 a 27 de setembro, e a Volta a Itália e a Volta a Espanha a seguirem-se aos
campeonatos do mundo.
O novo coronavírus, responsável
pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 124 mil mortos e infetou quase
dois milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Depois de surgir na China, em
dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização
Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia
Fonte: Record on-line
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