quarta-feira, 15 de abril de 2020

“COVID-19: Volta a França reforça lista da centena de eventos desportivos afetados”

107.ª edição da prova mais emblemática do calendário velocipédico internacional estava prevista entre 27 de junho e 19 de julho e foi reagendada.

Foto: AFP

O inédito adiamento da Volta a França em bicicleta passou hoje a integrar uma lista com mais de 100 eventos desportivos que foram condicionados em diversas latitudes desde janeiro devido à pandemia da covid-19.

A 107.ª edição da prova mais emblemática do calendário velocipédico internacional estava prevista entre 27 de junho e 19 de julho e foi reagendada de 29 de agosto a 20 de setembro pela promotora Amaury Sport Organization, dois dias após o Presidente francês, Emmanuel Macron, ter prolongado o período de isolamento social até 11 de maio.

Se alguns espaços públicos serão reabertos a partir dessa data, os eventos com grande concentração de pessoas estão proibidos até meados de julho, contexto que levou à prorrogação do ‘Tour’, imitando a conjuntura da Volta a Itália, a primeira das três ‘Grandes Voltas’ do ano, que deveria arrancar em 09 de maio e ainda espera por nova data – a União Ciclista Internacional avançou hoje que decorrerá depois dos Mundiais, agendados de 20 a 27 de setembro, e antes da Vuelta, que também viu as suas datas originais (de 14 agosto a 06 de setembro) alteradas.

Desfecho idêntico receberam os Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados por um ano para 23 de julho a 08 de agosto de 2021, provocando uma situação inédita na história do evento multidesportivo, que se junta aos três cancelamentos anteriores causados pelas duas Grandes Guerras Mundiais, nas edições de 1916, 1940 e 1944.

Com cerca de 40% das vagas por definir, a pandemia afetou datas e localizações de várias qualificações e confinou grande parte dos atletas a treinos caseiros, levando algumas federações internacionais e comités nacionais a solicitarem ao Comité Olímpico Internacional que repetisse o adiamento de grandes competições, como no futebol.

A UEFA e a Conmebol transferiram para 2021 as fases finais do Euro2020 e da Copa América, originalmente marcadas entre 12 de junho e 12 de julho, e suspenderam as provas continentais de clubes, seguindo uma tendência iniciada por diversos campeonatos, que revelaram atletas, treinadores e presidentes infetados.

A paralisação global também foi decretada nas principais modalidades de pavilhão, com destaque para a suspensão por tempo indeterminado da Liga norte-americana de basquetebol (NBA) em 11 de março, logo após o poste francês Rudy Gobert, dos Utah Jazz, ter acusado positivo nos testes de despistagem ao novo coronavírus.

Em virtude do adiamento de Tóquio2020, a Federação Internacional de Basquetebol arrastou o Europeu masculino de 17 de agosto a 01 de setembro de 2021 para o período entre 01 e 18 de setembro de 2022, tal como a World Athletics, que prorrogou os Mundiais ao ar livre de 06 a 15 de agosto de 2021 para 15 a 24 de julho de 2022.

No início do ano, o novo coronavírus já tinha empurrado até ao próximo ano os Mundiais de atletismo de pista coberta, previstos entre 13 e 15 de março, adiando mais tarde duas das seis principais maratonas planetárias, em Boston (de 20 de abril para 14 de setembro), nos Estados Unidos, e Londres (de 26 de abril para 04 de outubro).

A par das três principais provas por etapas do ciclismo, os ‘monumentos’ Milão-São Remo (21 de março), Volta a Flandres (05 de abril), Paris-Roubaix (12 de abril) e Liège-Bastogne-Liège (26 de abril) também devem ser remarcados.

Nos desportos motorizados, a Fórmula 1 cancelou os Grandes Prémios da Austrália e do Mónaco e vai recalendarizar sete corridas, ao passo que o MotoGP retirou a prova inaugural no Qatar e já adiou outros nove eventos, tendo o Mundial de ralis anulado a etapa no Chile e prorrogado mais três provas.

Aportando consequências sem precedentes na história do desporto, o surto viral detetado em dezembro na China também ditou impactos em metade dos ‘Grand Slam’ de ténis, desde logo impondo o prolongamento da 124.ª edição do torneio francês de Roland Garros de 24 de maio a 07 de julho para 20 de setembro a 04 de outubro.

Já o evento inglês de Wimbledon caminhava para a 134.ª edição e deveria ocorrer entre 29 de junho e 12 de julho, mas foi cancelado pela primeira vez desde a II Guerra Mundial, representando o epílogo da época de relva e da suspensão de todas as provas dos circuitos profissionais masculino (ATP) e feminino (WTA).

Em relação aos quatro ‘majors’ de golfe, o PGA Championship (de 06 a 09 de agosto), o Open dos Estados Unidos (de 17 a 20 de setembro) e o Masters (de 12 a 15 de novembro) estão adiados e o The Open Championship (de 16 a 18 de julho) cancelado, enquanto o European Tour adiou sete etapas e suspendeu outra prova.

O torneio das Seis Nações de râguebi e as Taças do Mundo de ginástica artística e rítmica permanecem suspensos, os Mundiais de equipas de ténis de mesa (de 27 de setembro a 04 de outubro) e os Europeus de judo (de 08 a 10 de novembro) voltaram a ser recalendarizados e quatro eventos da Taça do Mundo de tiro foram anulados.

Fonte: Sapo on-line

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