Bragança
Bragança conserva um património ímpar num centro histórico compacto, que
facilmente se percorre a pé. As suas pedras gastas são testemunhas de uma
História atribulada, que remonta à Idade do Bronze, conta com a presença de
romanos, suevos e visigodos, prosseguindo com combates que ajudaram a
estabelecer as linhas de fronteira e a importância estratégica do burgo.
A Torre de Menagem quatrocentista destaca-se num dos mais harmoniosos e bem
preservados castelos do país, que abriga um conjunto monumental digno de nota
pela sua originalidade. É o caso da enigmática Domus Municipalis, edifício que
se acredita ter acumulado as funções de cisterna com a de local de reunião dos
“homens bons” do concelho. A seu lado ergue-se a elegante Igreja de Santa
Maria, cuja frontaria barroca, de tipo retabular, traduz no granito a talha
dourada dos altares. Formando uma união singular entre épocas bem distintas, o
pelourinho medieval está incrustado num berrão, estátua zoomórfica com origem
em povos castrejos da proto-história.
Para lá das muralhas, as ruas empedradas guiam o viajante por um rosário de
templos, em que se destacam o Convento de S. Francisco, as igrejas de S.
Vicente e da Misericórdia, e a Sé, com um claustro renascentista e sacristia
merecedores de visita atenta. O mesmo percurso está recheado de magníficos
solares, edificados entre os séculos XVI e XVII, que hoje albergam instituições
públicas.
Mas os tesouros monumentais não se limitam ao coração da cidade. Nas redondezas
encontram-se joias como o Mosteiro de Castro de Avelãs, cuja cabeceira de
planta circular revestida a tijolo é exemplar único em Portugal do estilo
românico-mudéjar, ou a majestosa Igreja de Santo Cristo do Outeiro, com um
esplêndido interior em talha barroca e assinalável pintura sacra.
Igualmente importante é
o património cultural preservado nas aldeias do concelho, onde perduram
tradições ancestrais, numa ruralidade tranquila feita de hábitos comunitários.
É assim em Montesinho, aldeia aprazível de casas de pedra aninhadas num vale
frondoso, em Rio de Onor, invulgar povoação pousada sobre a fronteira, e em
todos os lugares onde há sempre a porta aberta de um sorriso para o receber.
Chegada:
Montalegre (Serra do Larouco)
Montalegre é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Vila Real, à
Região Norte, à sub-região do Alto Trás-os-Montes e à antiga província de
Trás-os-Montes e Alto Douro, com cerca de 1.800 habitantes (2011).
É sede de um município raiano com 805,46 km² de área e 10.537 habitantes
(2011), subdividido em 25 freguesias. O município é limitado a norte pela
Espanha (municípios de Lobios, Muíños, Calvos de Randín, Baltar, Cualedro e
Oímbra), a leste por Chaves, a sueste por Boticas, a sul por Cabeceiras de
Basto, a sudoeste por Vieira do Minho e a oeste pelas Terras de Bouro.
O concelho de Montalegre
é, com Boticas, um dos dois concelhos do Barroso. Um pouco mais de 26,25% da
superfície do concelho faz parte do Parque Nacional da Peneda-Gerês, sendo dos
concelhos que o integram aquele que contribui com maior área para o Parque
(21.174 ha).
Fonte: Podium
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