Por:
Lusa
Foto:
Filipe Farinha
O
português Joaquim Silva assumiu que está a viver um sonho após o salto para a
equipa espanhola Caja Rural, na qual espera poder ter oportunidades para lutar
por corridas.
A
correr a 44.ª Volta ao Algarve, Joaquim Silva, de 25 anos, admitiu à agência
Lusa que "está a ser um salto espetacular" a mudança da W52-FC Porto
para a equipa espanhola Caja Rural, da categoria profissional continental
(segundo escalão).
"Está
a ser um sonho tornado realidade e estar numa equipa como a Caja Rural é muito
gratificante, por todo o meu esforço e por todo o esforço dos meus familiares e
de toda a gente que me apoia e está do meu lado. Acho que é uma recompensa para
todos nós", afirmou.
O
início da sua experiência em Espanha "está a correr bem", com
"boas pernas", como comprovou o facto de ter sido o melhor português
(14.º) na subida à Foia, em Monchique, na segunda etapa da Algarvia.
"Chegar
num grupo de 16 ciclistas... olha-se para a classificação e é tudo do
WorldTour. Chegar no meio deles é muito bom", admitiu.
Conhecido
pelo seu muito e bom trabalho para os colegas na W52-FC Porto nos últimos anos,
Joaquim Silva acredita que esta não será a sua tarefa na Caja Rural.
"Acho
que vou ter oportunidades aqui. Fazemos muitas corridas e nem sempre os líderes
estão. Isso abre-me possibilidade para tentar a minha sorte e tentar fazer um
bom lugar, como está a acontecer aqui, em que toda a equipa está à minha volta
e a ajudar-me, e o resultado está em ter chegado na frente [na Foia]",
afirmou.
Participar
na Volta a Espanha, "única grande" para a qual a equipa espanhola foi
convidada, seria para o penafidelense "um sonho dentro de outro
sonho".
"Não
gosto muito de pensar muito à frente. É dia a dia, mês a mês. Vou continuar a
trabalhar como até aqui, com humildade, com os pés no chão e trabalhar não só
para mim, mas também para a equipa, para agradecer a oportunidade que me deram
para assinar este ano. Depois tudo o que vier de bom será muito bom. A Vuelta
seria outro sonho tornado realidade", admitiu.
A
subida de um escalão profissional obriga a que a evolução venha
"obrigatoriamente".
"Corremos
todo o ano, em todas as corridas temos 10 ou 11 equipa World Tour, ou 13 como
aqui, ou 18. A evolução tem de vir naturalmente, porque o ritmo é outro e
vai-se todo o dia a andar muito. A evolução que espero é como a da subida à
Foia. Estar num grupo tão restrito, é gratificante", referiu.
Joaquim
Silva que partir para a quinta e última etapa da Volta ao Algarve, entre Faro e
o Malhão, em Loulé, como segundo melhor português, na 25.ª posição, apenas
atrás de Nelson Oliveira (Movistar), terceiro.
Fonte:
Record on-line
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