Por:
Ana Paula Marques
Foto:
Filipe Farinha
Tem
a noção do orçamento das equipas do World Tour que estão na Volta ao Algarve?
Vai de 10 a 25 milhões de euros...por anos. E é só o valor de uma delas. E sabe
quanto gasta uma das formações de topo do ciclismo português? A rondar os 400
mil euros... ou seja, um, a dois ciclistas, das melhores equipas do mundo pagam
o orçamento total de uma das formações nacionais. Diferenças de verbas
abismais, mas que em outros detalhes o pelotão português procura equiparar-se
com os melhores.
É o
caso das infraestruturas de apoio à equipa. Estamos a falar de carros,
camiões-oficina e até de autocarro para transportar os ciclistas para as etapas
e de volta ao hotel. São já algumas as equipas portuguesas que têm este tipo de
'luxos'.
"Ter
este tipo de infraestruturas de apoio é muito importante, essencialmente por
dois motivos. Dá outro tipo de visibilidade aos patrocinadores, outra imagem à
equipa, e ainda no caso concreto do autocarro, é importante também para o
conforto dos ciclistas, que após uma etapa chegam cansados e neste tipo de
veículo conseguem logo relaxar, descansar e até tomar banho", explicou-se
Rúben Pereira, um dos elementos do staff da Efapel, que conseguiu então ombrear
no parque das equipas por ocasião do contrarrelógio individual com a 'vizinha'
Sky neste tipo de apoio. "Mas em tudo o resto há uma grande diferença. O
orçamento da nossa equipa, 400 mil euros, deve ser o que ganha por ano o
ciclista mais barato deles".
A
Efapel, ainda de acordo com Rúben Pereira, caminha então para poder dar o salto
no pelotão internacional, ou seja, passar do terceiro para o segundo escalão.
"Acredito que somos das equipas portuguesas com mais capacidades de
passarmos a equipa Continental Profissional. Já estamos, como se pode ver, mais
apetrechados ao nível das infraestruturas. No geral e em dois anos duplicamos a
nossa estrutura".
É
preciso referir que uma equipa do World Tour tem entre 25 a 30 ciclistas, 9/10
mecânicos, outros tantos massagistas, e 10/14 carros de apoio. São só alguns
números. As equipas portuguesas trabalham na sua maioria com 10/12 ciclistas,
dois massagistas, dois mecânicos e dois carros de apoio.
Fonte:
Record on-line
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